Recentemente em artigo publicado em jornais da região questionamos algumas situações que decorrem da implantação do SAMU no sudoeste do Paraná sob a administração do Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgências do Sudoeste do Paraná – CIRUSPAR.
Além do afogadilho para a execução do concurso alertávamos que existia vícios de origem na elaboração do edital do concurso no quem diz respeito à alocação de recursos humanos por setores ou área como queiram os administradores regionais do SAMU.
No caso a região de Palmas parece ser sensivelmente prejudicada na composição das equipes visto que no edital do concurso não constam médicos e enfermeiros.
Agora um problema grave aparece por conta da inexperiência demonstrada pelos pretensos administradores. Promoveram um festival de pirotecnia em torno do SAMU e agora a situação demonstra que a administração amadora de ONGs ou coisas parecidas tem tudo para não funcionar corretamente.
Segundo informações os administradores dessas ONGs encasteladas e supridas com verbas públicas são comissionados, com a função de comando para gerenciar concursados.
Isto se traduz em mais um vício de origem e é como se construíssemos uma grande embarcação para transportes de passageiros e entregássemos o comando a um capitão que não consegue nadar numa bacia d`água, em outras palavras, colocam na direção de um serviço de tamanha envergadura e importância pessoas sem a mínima noção de gestão ou da área de assistência médica ou emergência e urgência.
O concurso para preenchimento das vagas também deixou uma margem de suspeita. Divulgaram o resultado, o mesmo foi homologado e posteriormente começam as boatarias de que muitos aprovados nao podem ser contratados por que tem outra função pública, como por exemplo: um médico, sócio de um hospital privado, também administrador comissionado em hospital público e de quebra quer assumir uma vaga no SAMU.
Na metafísica, impenetrabilidade é o nome dado à qualidade da matéria pela qual dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo
No caso do SAMU um corpo pode penetrar e ocupar espaços em dois ou tres lugares ao mesmo tempo.
Uma pergunta precisa de resposta. Uma situação destas estava bem delineada no edital do concurso?
Segundo informações os administradores dessas ONGs encasteladas e supridas com verbas públicas são comissionados, com a função de comando para gerenciar concursados.
Isto se traduz em mais um vício de origem e é como se construíssemos uma grande embarcação para transportes de passageiros e entregássemos o comando a um capitão que não consegue nadar numa bacia d`água, em outras palavras, colocam na direção de um serviço de tamanha envergadura e importância pessoas sem a mínima noção de gestão ou da área de assistência médica ou emergência e urgência.
O concurso para preenchimento das vagas também deixou uma margem de suspeita. Divulgaram o resultado, o mesmo foi homologado e posteriormente começam as boatarias de que muitos aprovados nao podem ser contratados por que tem outra função pública, como por exemplo: um médico, sócio de um hospital privado, também administrador comissionado em hospital público e de quebra quer assumir uma vaga no SAMU.
Na metafísica, impenetrabilidade é o nome dado à qualidade da matéria pela qual dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo
No caso do SAMU um corpo pode penetrar e ocupar espaços em dois ou tres lugares ao mesmo tempo.
Uma pergunta precisa de resposta. Uma situação destas estava bem delineada no edital do concurso?
Quanto ao treinamento das equipes até agora não tem data prevista para começar, aliás, se não existe sequer estruturas adequadas para instalações do SAMU, quem serão os instrutores que ministrarão as aulas ou treinamentos?
Vamos ao caso das ambulâncias que foram alocadas para a região a mais de um ano e até agora não temos nada funcionando. Quantas são as viaturas e estariam todas elas equipadas completamente para as operações de socorro.
Com todo este tempo paradas essas viaturas estão prontas para o serviço? A manutenção delas está em dia? De que modo é feita manutenção de primeiro escalão? Pneus de veiculos parados expostos ao tempo na se danificam e qual o período de vida útil de pneus numa situaçao dessas?
Com todo este tempo paradas essas viaturas estão prontas para o serviço? A manutenção delas está em dia? De que modo é feita manutenção de primeiro escalão? Pneus de veiculos parados expostos ao tempo na se danificam e qual o período de vida útil de pneus numa situaçao dessas?
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Assim como em Salvador viaturas do SAMU estao paradas em pátios espalhados por todo o Brasil |
Recentemente O Ministro da Saúde Alexandre Padilha falou em Salvador sobre as denúncias da situação do SAMU.
Dizia ele na entrevista:
"A partir dessa denúncia nós podemos apertar ainda mais a fiscalização para verificar se as ambulâncias paradas de fato estavam paradas ou por necessidade de renovação da frota ou porque o funcionamento não estava acontecendo. Inclusive o Ministério da Saúde colocou à disposição dos municípios a disponibilidade de dobrar o recurso que nós passamos para cada unidade do SAMU, ou seja, o Ministério está disposto a dobrar o recurso desde que se coloque em funcionamento adequado o SAMU"
http://www.revistaemergencia.com.br/site/content/noticias/noticia_detalhe.php?id=A5yJJjjj&pagina=128
"A coordenação do Samu diz também que faltam médicos para trabalhar nas ambulâncias. Hoje são de dois a três médicos por dia em Salvador. O Ministério da Saúde diz que deveria ser pelo menos oito médicos trabalhando nas unidades móveis.
Segundo a coordenação do Samu, a falta de médicos não é por causa de ausência de concursos públicos. De acordo com o coordenador em exercício, o profissional começa a trabalhar no Samu e, depois de qualificado, acaba preferindo trabalhar em locais com um salário maior".
No Complexo de Saúde em Pau Miúdo, onde fica a coordenação do Samu, outras oito ambulâncias estão paradas em um pátio."A coordenação do Samu diz que hoje Salvador tem 79 ambulâncias e que mais 24 ambulâncias reserva teriam sido compradas em 2011. Diz também que não é apenas por problemas mecânicos que as ambulâncias deixam de funcionar. "No momento nós temos 36 ambulâncias em funcionamento. Esse número se deve não só a problemas mecânicos, que estamos resolvendo, nós temos uma oficina onde temos em torno de 20 ambulâncias em reparo, só que algumas são de 2004 e levam algum tempo para serem reparadas, e outras ambulâncias aguardando o processo final da licitação, para que nós possamos levar a uma outra oficina para serem consertadas. O outro problema é a falta de pessoal", afirma Jorge Serra, coordenador em exercício do Samu.
"A coordenação do Samu diz também que faltam médicos para trabalhar nas ambulâncias. Hoje são de dois a três médicos por dia em Salvador. O Ministério da Saúde diz que deveria ser pelo menos oito médicos trabalhando nas unidades móveis.
Segundo a coordenação do Samu, a falta de médicos não é por causa de ausência de concursos públicos. De acordo com o coordenador em exercício, o profissional começa a trabalhar no Samu e, depois de qualificado, acaba preferindo trabalhar em locais com um salário maior".
As instalações do SAMU tem seus prédios com projetos adequados devidamente estruturados ou neste caso também teremos surpresas quando o serviço efetivamente começar?
Em algumas cidades sequer existem instalações adequadas para acolher as viaturas, equipamentos e equipes. Talvez, por ser SAMU pode ser jogado em qualquer canto por que não faz parte do esquema e o administrador, pensa, já que não posso fazer ingerência sobre o serviço e colocar lá meus afilhados que seja como deus quiser. (esse deus – grifo nosso) deve ser o deus de todos aqueles que pensam no interesse particular e não no povo.
Parece que como serviço de emergência e urgência o SAMU tem tudo para figurar no improviso característico da administração pública e o pior é que não tem como justificar a má gestão dos serviços e tampouco lançar a culpa no administrador anterior, como transferindo responsabilidade pela inoperância, por que o serviço sequer começou.
A velha prática de reclamar e justificar que o gestor anterior criou problemas e que é preciso um ano para arrumar a casa não cabe e não se justifica mais. Trata-se de coisa nova e para tanto havia necessidade de um pequeno detalhe não usual, a tal gestão estratégica do serviço. Gestão estratégica tem a ver com não dar um salto no escuro ou fazer um voo cego. De longe a ideia de que com andar da carroça as aboboras se ajeitam.
Gestão estratégica tem a ver com visão administrativa de resultados para não ser apanhado de surpresa. Neste caso é preciso ter uma visão clara da missão e os objetivos do SAMU. Não é possível se iniciar um trabalho de tal envergadura sem planejamento correto e ao que parece faltou tudo isso na definição da implantação dos serviços.
Sugerimos por diversas vezes e em situações deferentes que os administradores públicos busquem estabelecer contatos ou convênios com instituições de ensino visando um avanço na administração pública. Em toda a região temos cursos de administração que podem contribuir imensamente com a administração pública, resta saber se é do interesse dos administradores buscarem este apoio ou se eles são de outras escolas que não sejam Taylor, Faiol ou o fordismo.
No caso do SAMU no sudoeste a implantação do serviço está se configurando um animal com duas cabeças ou um monstrenco com dificuldade para sobrevivência, visto que administraçoes parceiras devem contribuir com a manutenção do serviço e quais parceiras estão realmente dispostas a cumprir o compromisso assumido?
Do jeito que está caminhando terá dificuldades no funcionamento.
Do jeito que está caminhando terá dificuldades no funcionamento.
A afirmacao acima se dá por conta de que parece não existir comando único e todo mundo necessita posar para fotos e receber louovores pela implantação de um servico que está contemplado como princípio constitucional. Um princípio que cabe bem para o SAMU é:
"Um só chefe e um só programa para um conjunto de operaçoes que visem o mesmo objetivo" Henri Fayol
De acordo com Vicente Falconi, “um produto ou serviço com qualidade é aquele que atende sempre perfeitamente e de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente”.
Na prática o que parece acontecer no setor público é que não existe uma administração por objetivos na busca de resultados concretos que beneficiem a sociedade e que tão somente existe uma preocupação com marketing, venda de ilusão e no fundo, a teoria de quanto pior melhor é a que prevalece, basta ver o IDH (índice de desenvolvimento humano), a concentração de renda, a insegurança que campeia em toda a região e algumas cidades onde 10% da população mora em favelas.
É nas favelas que reside a garantia que é preciso a situação assim e manter isso como forma de alienar ou escravizar o povo para a perpetuação no poder. As maiores demandas de um SAMU não virão de traumas, de acidentes, de tentativas de homicídios?
É nas favelas que reside a garantia que é preciso a situação assim e manter isso como forma de alienar ou escravizar o povo para a perpetuação no poder. As maiores demandas de um SAMU não virão de traumas, de acidentes, de tentativas de homicídios?