sexta-feira, 29 de junho de 2012

CONTINUA A POLÊMICA DEMORA DO FUNCIONAMENTO DO SAMU NO SUDOESTE


Recentemente em artigo publicado  em jornais da região  questionamos algumas situações que  decorrem da implantação  do SAMU no   sudoeste  do Paraná  sob a  administração do  Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgências do Sudoeste do Paraná – CIRUSPAR.
Além do afogadilho para a execução do concurso alertávamos que existia  vícios de origem na elaboração do edital do concurso  no quem diz  respeito à alocação de recursos  humanos por  setores  ou  área  como  queiram os administradores   regionais  do SAMU.
No caso a  região  de Palmas parece ser sensivelmente prejudicada na composição das equipes visto que no edital do concurso não constam  médicos e enfermeiros.
Agora um  problema  grave aparece  por conta  da inexperiência demonstrada  pelos pretensos administradores. Promoveram um festival de pirotecnia em torno do SAMU e agora a situação demonstra  que a administração amadora de   ONGs  ou   coisas  parecidas  tem tudo  para não  funcionar corretamente.

Segundo informações os administradores dessas  ONGs  encasteladas  e supridas com verbas  públicas  são comissionados,  com a  função de comando para gerenciar  concursados.

Isto  se traduz  em mais um vício de origem e é como  se construíssemos uma  grande embarcação para transportes  de passageiros  e  entregássemos o comando a um  capitão  que não consegue nadar numa   bacia d`água,  em outras  palavras, colocam na direção de um serviço  de tamanha  envergadura e importância pessoas  sem a  mínima  noção de gestão  ou da  área de assistência médica ou emergência e urgência.

O concurso  para preenchimento das vagas também deixou uma  margem de suspeita. Divulgaram o resultado, o mesmo  foi homologado e posteriormente começam  as boatarias  de que muitos  aprovados nao podem  ser contratados  por que tem outra função pública, como por exemplo: um médico, sócio de um hospital privado,  também  administrador comissionado em hospital público e de quebra quer assumir uma vaga no SAMU.

Na metafísica, impenetrabilidade é o nome dado à qualidade da matéria pela qual dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço ao mesmo tempo

No caso do SAMU um  corpo  pode penetrar e  ocupar espaços  em dois  ou tres  lugares  ao mesmo  tempo.

Uma  pergunta  precisa de resposta.  Uma situação destas   estava bem  delineada no edital  do concurso?
Quanto ao treinamento das  equipes até agora não tem data  prevista  para começar, aliás, se  não existe   sequer   estruturas  adequadas para instalações do SAMU,  quem serão os instrutores que ministrarão as aulas ou treinamentos?
Vamos ao caso  das  ambulâncias  que foram  alocadas   para a região a mais de um ano e  até agora não temos  nada   funcionando.  Quantas são as viaturas e estariam  todas  elas   equipadas completamente  para as operações  de socorro. 
Com todo este  tempo paradas essas  viaturas  estão prontas  para o serviço? A manutenção delas está em dia?  De que modo é feita   manutenção de primeiro  escalão?  Pneus de veiculos parados expostos ao  tempo na se danificam  e qual o período de vida útil de pneus numa situaçao  dessas?
Assim como em Salvador  viaturas do SAMU  estao  paradas em pátios  espalhados por todo o Brasil
Recentemente  O Ministro da Saúde Alexandre Padilha falou em Salvador sobre as denúncias da situação do SAMU. 
Dizia ele  na entrevista:
"A partir dessa denúncia nós podemos apertar ainda mais a fiscalização para verificar se as ambulâncias paradas de fato estavam paradas ou por necessidade de renovação da frota ou porque o funcionamento não estava acontecendo. Inclusive o Ministério da Saúde colocou à disposição dos municípios a disponibilidade de dobrar o recurso que nós passamos para cada unidade do SAMU, ou seja, o Ministério está disposto a dobrar o recurso desde que se coloque em funcionamento adequado o SAMU"
http://www.revistaemergencia.com.br/site/content/noticias/noticia_detalhe.php?id=A5yJJjjj&pagina=128

No Complexo de Saúde em Pau Miúdo, onde fica a coordenação do Samu, outras oito ambulâncias estão paradas em um pátio.
"A coordenação do Samu diz que hoje Salvador tem 79 ambulâncias e que mais 24 ambulâncias reserva teriam sido compradas em 2011. Diz também que não é apenas por problemas mecânicos que as ambulâncias deixam de funcionar. "No momento nós temos 36 ambulâncias em funcionamento. Esse número se deve não só a problemas mecânicos, que estamos resolvendo, nós temos uma oficina onde temos em torno de 20 ambulâncias em reparo, só que algumas são de 2004 e levam algum tempo para serem reparadas, e outras ambulâncias aguardando o processo final da licitação, para que nós possamos levar a uma outra oficina para serem consertadas. O outro problema é a falta de pessoal", afirma Jorge Serra, coordenador em exercício do Samu.
"A coordenação do Samu diz também que faltam médicos para trabalhar nas ambulâncias. Hoje são de dois a três médicos por dia em Salvador. O Ministério da Saúde diz que deveria ser pelo menos oito médicos trabalhando nas unidades móveis.

Segundo a coordenação do Samu, a falta de médicos não é por causa de ausência de concursos públicos. De acordo com o coordenador em exercício, o profissional começa a trabalhar no Samu e, depois de qualificado, acaba preferindo trabalhar em locais com um salário maior".
As  instalações do SAMU  tem  seus  prédios   com  projetos   adequados  devidamente estruturados  ou neste  caso também  teremos   surpresas quando o serviço   efetivamente  começar?
Em algumas cidades sequer existem instalações adequadas para acolher as viaturas, equipamentos e equipes.  Talvez, por ser SAMU pode ser jogado em qualquer canto por que não faz parte do esquema e o administrador, pensa, já que não posso fazer  ingerência sobre  o serviço e colocar  lá meus afilhados  que seja  como deus quiser. (esse deus – grifo nosso) deve ser o deus de todos aqueles que pensam no interesse particular e não no povo.
Parece que como serviço  de emergência e  urgência o SAMU   tem tudo para figurar  no improviso característico da administração  pública  e o pior  é que não  tem como  justificar  a má gestão dos   serviços  e tampouco  lançar  a  culpa   no administrador  anterior, como  transferindo   responsabilidade  pela inoperância, por que o serviço  sequer  começou.  
A  velha prática de reclamar e  justificar  que o gestor  anterior  criou problemas  e  que é  preciso  um ano  para  arrumar a  casa   não  cabe  e  não se  justifica mais. Trata-se  de coisa nova  e para   tanto havia  necessidade  de um pequeno  detalhe não usual,  a  tal gestão estratégica do serviço.  Gestão  estratégica   tem a  ver  com não  dar um salto no  escuro ou fazer um voo  cego.   De longe a  ideia de que com andar da carroça as aboboras se ajeitam.
Gestão estratégica  tem a  ver com visão  administrativa de resultados  para  não ser apanhado de surpresa. Neste caso  é preciso ter uma visão clara da missão  e os objetivos  do SAMU.  Não é possível se iniciar um  trabalho de tal envergadura  sem  planejamento correto  e ao  que parece  faltou   tudo isso   na definição da  implantação  dos serviços.
Sugerimos por diversas vezes  e  em situações deferentes que os administradores  públicos busquem estabelecer contatos  ou convênios  com instituições de ensino  visando um avanço na administração  pública. Em toda a região temos cursos de administração que podem contribuir imensamente com a administração  pública, resta  saber se é do  interesse  dos administradores buscarem  este  apoio ou   se  eles   são   de outras  escolas  que  não sejam Taylor, Faiol ou o fordismo.
No caso do SAMU no  sudoeste a implantação do serviço  está se configurando um animal com duas cabeças ou um  monstrenco com dificuldade para sobrevivência,  visto que administraçoes parceiras devem contribuir com a  manutenção do serviço e quais parceiras estão realmente dispostas a  cumprir o compromisso  assumido?
Do jeito que está caminhando terá dificuldades no  funcionamento.
A afirmacao acima se  dá por conta de que parece não existir comando único  e  todo  mundo necessita  posar para fotos e receber louovores pela  implantação de um servico que está  contemplado  como   princípio constitucional. Um princípio que cabe bem para o SAMU é: 
"Um só chefe  e um só programa   para um conjunto de operaçoes que visem o mesmo  objetivo"  Henri Fayol
De  acordo  com Vicente Falconi,
um produto ou serviço com qualidade é aquele que atende sempre perfeitamente e de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente”.

Na prática  o que parece  acontecer  no setor público é que  não  existe  uma  administração por objetivos na busca  de resultados  concretos  que beneficiem a  sociedade   e que tão somente existe uma  preocupação com marketing,  venda de ilusão e  no fundo, a teoria  de quanto  pior melhor é a que prevalece,  basta  ver  o IDH (índice de desenvolvimento  humano), a concentração de renda, a insegurança  que campeia em toda a região  e algumas cidades  onde  10% da população  mora em favelas.

É nas  favelas que reside a  garantia  que é preciso a situação assim e manter isso  como   forma de alienar ou escravizar o povo para  a perpetuação no poder.  As maiores demandas  de um SAMU   não  virão  de traumas,  de acidentes, de tentativas  de homicídios? 

domingo, 17 de junho de 2012

Empresa ligada a advogado de Perillo ganhou verba em GO

Uma curiosidade que chama a atenção deixa um  rastro de dúvidas sobre a administração de Perillo refere-se ao fato de que na mesma  semana  que ele é convocado  para ser ouvido na CPMI sobre o escândalo  de corrupçao que enlameou governos  estaduais, federal com a  manipulação de verbas entre  DENIT,  Delta e o congresso, a imprensa   divulga nota  sobre a  participação do advogado de Perillo em empresa detentora de concessões para exploração de radares e lombadas eletrônicas em Goiás.  

O esquema de corrupção armado com  radares e lombadas eletrônicas mostrou mais um governador envolvido com  situações duvidosas.  O governador Marconi Perillo (PSDB-GO)  torna-se mais uma  vez alvo de investigações.   O interessante de tudo isso é que uma   figura  aque está envolvida nesta recente confusão é nada mais nada menos que seu advogado, aquele que o orientou quando o governador foi ouvido na CPMI.  

Este  fato que surge  nesta situação é determinante para   se instalar mais um procedimento investigativo por se configurar  em mais um foco de corrupção. 

Essas  arapucas   (radares e lombadas) armados como  máquinas caça-niqueis são instaladas  por  toda a parte e o volume arrecadado não é empregado em projetos de educação de trânsito. Se não   é empregado em educação de trânsito  e muito menos em conservação de rodovias seria interessante que os Tribunais  de Contas dos estados procedessem  uma  varredura  nestes  esquemas  que servem de fundos para enriquecimento de uma meia  dúzia de espertalhões  e o usuário das rodovias   fica com o  custo financeiro e as penalidades  de acordo  com  o código  de trânsito. Os governos que mantém convênios  com  estas  arapucas devem fazer uma demonstração (estatistica) dos valores arrecadados e a destinação.    

A indústria da  multa está nas rodovias e nas  cidades em vias de grande fluxo.
Interessante lembrar  é que quando a  indústria da multa  é instalada e o MPE, (rodovias estaduais) MPF ( rodovias federais) parecem não  saber nada a  respeito  da arrecadação de destinaçao dos recursos. Desta forma, o rateio dos recursos permite  aos donos das arapucas se apropriarem do maior percentual da arrecadação e desta forma  manter lastro  para financiar  campanhas politicas.
A  Folha de Sao Paulo  publicou no domingo 17/06/2012


Uma empresa que tem como sócio o irmão do advogado do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) obteve uma liberação de R$ 3,3 milhões do governo goiano no dia 11, véspera do depoimento do tucano na CPI do Cachoeira.
O próprio advogado de Perillo, Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, detinha, até duas semanas atrás, 7,5% das ações da Data Traffic S/A, empresa que atua na área de radares e lombadas eletrônicas.

Ele disse à Folha ter vendido sua participação --avaliada em balanço da empresa em R$ 2,5 milhões-- para o irmão Marcos de Almeida Castro, que detinha outros 7,5%. Além deles, Cezar Rubens de Figueiredo, amigo e sócio do advogado em um empreendimento imobiliário, também tem 7,5%, informa reportagem de Breno Costa, publicada na Folha desta sexta-feira.

Perillo é um dos alvos da CPI, que investiga sua relação e a de membros do governo com o grupo de Cachoeira. No mesmo caso, Kakay também defende o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).

Antonio Cruz - 16.fev.12/Agência Brasil
Tucano recrutou mensageiro para solicitar a integrantes da comissão uma conversa privada
Perillo é um dos alvos da CPI, que investiga relações de membros do governo com o grupo de Cachoeira

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Para um povo de memória curta

O povo  tem memória curta, esquece rapidamente das armações e falcatruas de políticos e somos obrigados arquivar  e/ou dando  o devido crédito  para os autores do artigo.


Troca de “ameaças” entre PT e PSDB paralisa investigação da Delta

http://www.gazetadopovo.com.br/vidapublica/conteudo.phtml?tl=1&id=1265374&tit=Troca-de-ameacas-entre-PT-e-PSDB-paralisa-investigacao-da-Delta

Governistas da CPMI barram pedido para ouvir o dono da empreiteira. E o PSDB apresenta requerimento para Dilma se explicar. Suposto objetivo dos tucanos seria evitar a convocação de José Serra

Pela segunda vez  o deputado Vacarezza  é flagrado passando mensagens para pessoas  de fora  da CPMI
Publicado em 15/06/2012 | Das agências    Gazeta do Povo
Depois dos depoimentos mornos dos governadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Agnelo Queiroz (PT-DF) – quando ambos foram poupados de questionamentos mais incisivos, num suposto acordo entre petistas e tucanos –, a CPMI do Cachoeira chegou ontem a um novo impasse que impede que a investigação prospere.

Desta vez em torno da empreiteira Delta. A oposição tentou levar as relações da construtora com o governo federal para o centro da investigação. Os governistas impediram. Nos bastidores, comenta-se que a tentativa da oposição foi uma jogada para evitar a convocação do tucano José Serra, que firmou contratos com a Delta quando foi governador de São Paulo e prefeito da capital paulista.

Especula-se que a empreiteira tenha o bicheiro Car­­linhos Cachoeira como sócio oculto. Governistas tentam tirar a empreiteira do foco da investigação porque ela é uma das principais responsáveis por obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Já a oposição teme que os contratos da Delta com o governo tucano de São Paulo venham a ser investigados. Na base da ameaça mútua de um partido apurar suspeitas envolvendo o outro, a investigação fica parada.
Gurgel terá de explicar demora na investigação
Conselho do MP quer saber por que o procurador demorou três anos para apurar a ligação de políticos com o bicheiro Cachoeira

Deputado denuncia “tropa do cheque” para evitar convocações
Agência O Globo

O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), integrante da CPMI do Cachoeira, pediu ontem que a comissão investigue os rumores de que haveria uma “tropa do cheque” para evitar a convocação de Fernando Cavendish, sócio da Delta, e de Luiz Antônio Pagot, ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (Dnit). A “tropa do cheque” seria um grupo que estaria pagando parlamentares para evitar a convocação dos dois.

Teixeira ainda pediu a apuração de um possível encontro de parlamentares com Cavendish. O encontro, segundo o deputado, teria acontecido em Paris (França), depois que os parlamentares fizeram uma visita oficial a um país da África. Antes de voltar ao Brasil, o grupo teria passado pela capital francesa, onde teria se encontrado com o sócio da Delta. Teixeira disse que o objetivo da investigação seria verificar se isso de fato ocorreu, e se entre esses parlamentares, estariam incluídos integrantes da CPMI.

Caso isso se confirme, segundo ele, é preciso verificar se os votos desses parlamentares podem ter evitado a convocação de Cavendish em votação realizada ontem, que teve placar de apertado – 16 votos pelo adiamento da decisão e 13 pela convocação imediata.
Convocações
Sem consenso para ouvir “figurões”, CPMI chama personagens “secundários”

Das agências
Sem conseguir consenso para convocar “figurões”, a CPMI aprovou ontem requerimentos para ouvir personagens “menores” do caso Cachoeira. Foram dez convocados, entre eles a mulher do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Andressa Mendonça. No balanço do dia, porém, quem mais “perdeu” foi o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que viu seis pessoas ligadas a ele serem convocadas.

Um dos depoentes será o jornalista Luiz Bordoni, que diz ter recebido de uma empresa do esquema de Cachoeira o pagamento por trabalhos prestados à campanha eleitoral do tucano, em 2010.
A lista inclui ainda Lúcio Fiúza, ex-assessor especial do governador de Goiás; Alexandre Milhomem, arquiteto que reformou uma casa do governador; Aredes Correia Pires, ex-corregedor-geral da Secretaria de Segurança Pública de Goiás; João Furtado de Mendonça Neto, atual secretário de Segurança Pública de Goiás; e Ana Cardozo de Lorenzo, que seria sócia de uma empresa de opinião contratada pela campanha de Perillo ao governo em 2010.

No requerimento, de autoria do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), consta que Ana recebeu dois cheques de R$ 56 mil da empresa Alberto e Pantoja, um mês após ter prestado o serviço para a campanha do tucano. A Alberto e Pantoja é, segundo a Polícia Federal, uma empresa de fachada usada no esquema de Cachoeira.

A CPMI convocou ainda Hilner Ananias, ex-assessor especial de Demóstenes Torres; Rubmaier Ferreira de Carvalho, contador das supostas empresas de fachada de Cachoeira; e Alcino de Souza, policial civil aposentado que abriu uma empresa que teria sido usada pelo esquema de Cachoeira. A comissão ainda vai definir a data dos depoimentos.

A CPMI quebrou ainda os sigilos da Excitante, empresa que pagou com cheques uma  casa vendida pelo governador supostamente paga com dinheiro do esquema; de Lúcio Fiuza, assessor especial de Perillo; e de duas empresas: Faculdade Padrão, cujo dono se diz o comprador da casa do governador, e Mestra Administração, que aparece como dona do imóvel no registro feito em cartório.

Andressa Mendonça: mulher de Cachoeira foi convocada

José Cruz/ABr
José Cruz/ABr / Andressa Mendonça: mulher de Cachoeira foi convocada Ampliar imagem
R$ 400 mil
é quanto Agnelo Queiroz declarou ter pago por uma casa em 2007. Mas, um ano antes, ele havia declarado à Receita Federal ter um patrimônio de apenas R$ 224 mil. A quebra do sigilo bancário do governador pode explicar o caso.
Dê a sua opinião
Você acredita que a CPMI do Cachoeira conseguirá apurar alguma novidade? Por quê?
Dilma e Serra
A CPMI suspendeu ontem a apreciação da convocação do ex-presidente da Delta Fernando Cavendish, por 16 votos a 13. E o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), recusou-se a aceitar o requerimento do PSDB que pedia explicações a Dilma sobre as obras da Delta com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

A base aliada do governo protestou acusando os tucanos de usar o requerimento para constranger o governo. Vital foi aplaudido por deputados e senadores da base ao anunciar que nem sequer receberia o requerimento por ser “uma afronta à Constituição”.

Nos bastidores, o pedido contra Dilma é visto como um “antídoto” para tentar impedir a convocação de tucanos e pessoas ligadas ao PSDB de São Paulo.

Na pauta da reunião de ontem da CPMI havia um pedido de convocação, não apreciado, do ex-governador paulista José Serra. O pedido foi apresentado pelo deputado Dr. Rosinha (PT-PR). Para Rosinha, é necessário que Serra esclareça a razão do crescimento dos contratos feitos com a Delta no período entre 2005, quando o tucano foi prefeito de São Paulo, a 2010, quando ele deixou o governo do estado de São Paulo para disputar as eleições presidenciais.

Outro personagem ligado a Serra que poderia vir a ser convocado pela CPMI seria Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, estatal paulista responsável pela manutenção de rodovias. O ex-diretor do Dnit Luiz Antonio Pagot acusou Paulo Preto de ter feito caixa dois para as campanhas de José Serra à Presidência e de Geraldo Alckmin ao governo de São Paulo.

Pagot também afirmou recentemente que a campanha de Dilma Rousseff à Presidência, em 2010, pediu que ele entrasse em contato com empreiteitas para pedir financiamento de campanha. O ex-diretor do Dnit ainda alega que foi perseguido pela Delta e pelo grupo de Cachoeira quando estava à frente do órgão.

Pagot vem afirmando que quer falar à CPMI. Mas, diante da possibilidade de que seu depoimento prejudique tanto o governo federal quanto o de São Paulo, os parlamentares da comissão estão evitando ouvi-lo. Na sessão de ontem da CPMI foi decidido adiar a votação do pedido de convocação de Pagot. A decisão foi tomada com 17 votos contrários à convocação e 13 a favor.

Comissão quebra o sigilo dos governadores Agnelo e Perillo
Das agências
A CPMI do Cachoeira formalizou ontem a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT).

Os parlamentares da CPMI também decidiram que a quebra dos dados sigilosos dos dois se estenderá de 2002 a 2012. Ambos os governadores são suspeitos de terem ligação com o esquema de corrupção do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Na quarta-feira, Agnelo se dispôs, em depoimento à comissão, a abrir seus sigilos. “Sei que não é usual uma testemunha fazer o que vou propor agora, mas não posso conviver com desconfiança e coloco aqui, à disposição da CPI, meu sigilo bancário, fiscal e telefônico”, disse Agnelo anteontem em um depoimento de mais de dez horas à CPMI. O gesto do petista levou o tucano Marconi Perillo a fazer o mesmo – o governador de Goiás havia se negado a abrir seus dado em depoimento à CPMI na terça-feira.

Integrantes da oposição na CPMI do Cachoeira, porém, acusaram Agnelo de autorizar a quebra dos sigilos bancários, fiscal e telefônicos já quebrados por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em decisão proferida pelo ministro do STJ César Asfor Rocha, em novembro de 2011, ficou determinado que os sigilos de Agnelo seriam quebrados pelo período entre 2005 e 2010. A medida foi tomada com base em um inquérito que trata do suposto desvio de recursos do Ministério do Esporte quando o petista esteve à frente da pasta, entre 2003 e 2006.

“Olha só a coincidência: o ministro Asfor Rocha quebrou por cinco anos. Ou seja, ele [Agnelo Queiroz] quebrou um sigilo já quebrado determinado por um ministro do STJ. Que fato novo ele apresentou aqui? Não se quebra sigilo de sigilo já quebrado”, questionou na quarta-feira o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), integrante da CPMI.

A nova quebra de sigilo, porém, vai se estender a um período maior, de dez anos. E pegará o período em que Agnelo está governando o Distrito Federal (desde 2010). Assessores do governador petista são suspeitos de terem favorecido empresas do esquema de Cachoeira no governo do Distrito Federal.

Os dados abertos também permitirão investigar se houve irregularidade na compra, em 2007, de uma casa por Agnelo. Há a suspeita de que a compra foi feita por um preço abaixo do declarado oficialmente (R$ 400 mil).
 O preço reduzido seria uma “facilidade” supostamente oferecida pelos antigos proprietários em troca de um possível favorecimento da parte de Agnelo a empresas ligadas a eles. Na época, o petista era diretor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os donos do imóvel tinham interesses na Anvisa.

sábado, 9 de junho de 2012

Casa própria um sonho prestes a se tornar realidade ou pesadelo?

Boa parte da população passa  uma  vida toda sonhando com melhores  dias, com serviços públicos eficientes, com  alocação adequada de recursos e de  repente  surge no horizonte uma luz  que parece trazer uma   resposta  à esperanças deste  povo constata-se que aquilo que parecia ser a  solução começa a  despontar  como  prenúncio de pesadelo.
Quem gostaria a de comprar   para pagar  em vinte anos ou mais e descobrir que adquiriu  um  amontoado de problemas?    
O paternalismo aliado ao populismo barato  leva a  nação ao desastre  muito embora muitos sejam adeptos deste  tipo de coisa.  Uma prova  está neste   projeto.
Neste caso observa-se que a  parede da área está fora de prumo e a janela   nao tem a  mesma altura  do arco da porta.

Verifica-se que a parede da área está fora de prumo e o revestimento tem uma curva,  pela sombra acima do arco de porta e janela aparece uma diferença de nivelamento.
A estrutura  metalica da porta  foi assentada fora de esquadro e com um  diferença de altura com a  janela
o levantamento da  parede da area está fora de esquadro, de prumo  e o revestimento  sem recorte de régua. 
Desta forma o Projeto Minha Casa  Minha  Vida no Residencial  São Francisco segue rumo ao incerto.
Um sem números de pessoas  inscritas ou preparando documentação para se habilitar à aquisição da  casa  própria,ansiosas esperando a  conclusão  do projeto  de repente se deparam com a  frustração de  construções mal   feitas,  sem  infraestrutura,  construções atrasadas, trabalhadores reclamando dos constantes  atrasos  de pagamentos.
Estes   problemas vão se avolumando à medida  que aventureiros  sem experiência  e bagagem em grandes  construções e sem equipes de trabalho  se lançam  na aventura de participar de uma  licitação  com uma  empresa  que não tem  capacidade técnica.
O  resultado disso aparece   já nos primeiros meses  quando a  empresa  não cumpre o contrato e o agente financeiro não libera a  primeira parcela  do pagamento.
Como se só isso não  bastasse,  em casos de conjuntos habitacionais as  construções devem ter uma alinhamento pré definido, niveladas corretamente  nas bases  de cada  casa e quando do levantamento das paredes uso adequado de um prumo. O assentamento de tijolos  deve ser feito com  auxilio de um  régua com escala  para que uma fiada não  fique diferente da outra.
Não é bem isso que se constata no São Francisco. As construções não seguem o projeto arquitetônico,  basta   ver as diferenças nos assentamentos de portas,  janelas e bandeirolas de banheiros.
Não dá para entender como a  CEF  que responsável pelo financiamento ainda não embargou   as obras.

Observa-se que a veneziana metálica  nao   fecha corretamente

Ao se observar as casas  que já estão  revestidas  verifica-se que as paredes  estão fora de prumo, janela e  portas assentadas   de qualquer   maneira.
Quanto as  paredes   revestidas   e  fora  de prumo  parece  que a  falta de profissionais  de construção levou  a essa  situação.  Parece  que não  se usa prumo, nylon  para alinhar  mestras,  réguas para recortar a  massa  na parede  e  desempenadeira adequada.
Desta  forma as pessoas  que acalentam um sonho de ter a  casa  própria  terão  que se habilitar fazendo um  cadastro e assumindo um  financiamento de vinte anos ou mais na CEF, isto mesmo,  cada  um deles  terá que pagar  para  ter a sua casa. Ninguém vai ganhar casa alguma, todos terão que pagar.
E  se terão que pagar  que seja  por uma casa  bem feita  e não  por aquilo que podemos chamar de acumulado de problemas. Estas casas são um exemplo de como não se deve  tratar  a  coisa pública.
Que nome deveria ser empregado  neste projeto?

Casas  mal construídas, loteamento  sem infraestrutura, a  rigor  poderíamos afirmar que pode ser um foco  de problemas, afinal, casa   financiadas  pela CEF  com verbas federais e não são   seguradas?

A sombra na foto mostra  uma   coluna  torta e paredes   fora  de prumo?
Onde e com quem  reclamar  quando   problemas  surgirem?  
Outra questão, se a fiscalização da CEF decidir pela paralisação da obra por incapacidade técnica das  empresas    quais  seriam os próximos passos?
E os trabalhadores que ficarão  sem pagamentos como   resolver este  problema?
O ministério do trabalho  vai  intervir? 
E as condições de trabalho  no  local?
Alojamentos, refeitórios, sanitários  e outros componentes  da estrutura básica  de uma construção deste porte?
Percebe-se que se vende uma  ilusão  e  o povo entra  na fila  para   adquirir problemas.
O projeto está próximo de completar dois anos e  nao  tem infraestutura -  pavimentos - rede de esgotos e energia


Com a palavra a  fiscalização da CAIXA, MPE, MPT  e demais autoridades.


Aliás, um vereador que até  pouco  tempo  tinha uma  empresa  de construção civil  e    alterou o contrato da mesma recentemente,  poderia, cumprindo sua obrigação constitucional como   fiscal  do trabalho  do executivo  verificar esses  erros  nas  construções,  emitir   seu parecer  e  encaminhar ao governo  federal para a solução destes problemas.

sábado, 2 de junho de 2012

BATE BOCA NA CPMI CACHOEIRA LEVA A QUESTIONAR PARA SERVE ESTAS COMISSÕES


31/05/2012   às 20:03 \ Política & Cia

O deputado Silvio Costa esbraveja contra o senador Pedro Taques (PDT-MT): o senador tem razão -- CPI não é para xingamentos, mas para trabalho sério (Foto: Agência Brasil)


O depoimento do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) hoje da CPI do Cachoeira precisou ser encerrado pelo presidente da Comissão, senador Vital do Rêgo Junior (PMDB-PB), depois de um bate-boca cujo principal protagonista foi um deputado que, até agora, a opinião pública não sabia a que viera: Silvio Costa (PTB-PE).

Furioso com o silêncio mantido por Demóstenes, Costa julgou que deveria fazer alguma coisa, já que perguntas não eram respondidas, e partiu para a ironia e a ofensa contra o colega de Goiás. Foi chamado às falas, muito corretamente, pelo senador Pedro Taques (PDT-MT), discutiu com ele para depois, já encerrada a sessão, passar a xingá-lo também.

Esse tipo de atitude, infelizmente, não é novidade em CPIs. Quando o depoente, usando de seu direito constitucional de manter silêncio — ninguém é obrigado a se autoincriminar –, a frustração e a vontade de aparecer de integrantes dessas comissões levam-nos a extrapolar.

Quando compareceu perante esta mesma CPI, o próprio Cachoeira foi chamado de “marginal” pelo líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), e “profissional da mentira” pelo deputado Fernando Francischini (PSDB-PR).

Hoje, mais uma vez uma sessão não dá em nada diante do silêncio do depoente, tal como ocorreu no dia 22 com o próprio malfeitor Carlinhos Cachoeira, aconselhado que foi por seu advogado, o excelentíssimo senhor doutor Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça do lulalato.

Como já perguntei anteriormente, esse tipo de atitude — não abrir a boca diante de uma CPI — significa a desmoralização do Congresso? Significa que CPI não serve para nada?

De jeito nenhum. Vejam, nos quatro pontos seguintes, como o episódio de hoje NÃO significa, necessariamente, que a CPI está perdendo tempo:

1. Ninguém se autoincrimina em troca de nada. Nenhum réu ou suspeito de ilícitos se autoincrimina, a menos que tenha algo a ganhar (daí a negociação entre acusação e defesa que existe em vários países, e que no Brasil ainda engatinha — mas isso no âmbito do Judiciário, não em uma CPI).

2. Nenhum político experimentado esperava fatos do depoimento de Demóstenes. Seria ingenuidade considerar que o depoimento de Demóstenes fosse esclarecer suas atividades e sua ligação com o malfeitor.

3. CPI não é só ouvir depoimentos — é muito mais. É importante assinalar que depoimentos não são a única nem muitas vezes a principal matéria-prima com que trabalham as CPIs. Há documentos, arquivos, extratos bancários, gravações — o manancial de indícios ou provas é enorme.

4. O trabalho mais difícil, e menos visível, é o que mais rende. Se os integrantes da CPI trabalharem direito nesse lado menos espetaculoso, menos visível e mais árduo da comissão, daí sairá alguma coisa, com certeza.

Para o depoimento de Cachoeira, mesmo com a quase certeza absoluta de que se calaria, o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG), preparou mais de cem perguntas ao malfeitor.

Um bom sinal. Indica que fez a lição de casa, aprofundando-se no caso. Vários outros parlamentares estão fazendo sua lição de casa.

De todo modo, a prática tem demonstrado que o trabalho dos integrantes de CPIs da Câmara ou do Senado, ou das CPIs mistas, precisa de assessoria técnica para além da estrutura com que já conta o Congresso.

O que falta às CPIs, e sobra em outros Legislativos do mundo, como o dos Estados Unidos, é SEREM APARELHADAS com especialistas. Sim, isso atualmente pode ser feito, caso a caso, com contratações temporárias ou o recurso aos laboratórios científicos da Polícia Federal ou outros serviços externos, privados. Mas o Senado e a Câmara dos Deputados poderiam começar a pensar em incluir, em seus quadros, especialistas em investigação criminal.

Especialistas, mesmo, que, além do trabalho de campo, orientassem os senadores e deputados no questionamento de testemunhas com técnicas de advocacia criminal. Com raríssimas exceções, deputados e senadores não sabem perguntar.

Está mais do que comprovado que a grande maioria dos parlamentares NÃO SABE PERGUNTAR. Usam o tempo das CPIs para discursos e até xingamentos, como vimos ainda hoje.

A CPI dos Correios (mensalão) foi um exemplo típico de discurseira amazônica e quase nenhuma objetividade nas perguntas.

Nomeiam-se apadrinhados a torto e a direito no Senado, e, na Câmara dos Deputados, que sempre realizou concursos públicos para preencher seus quadros, faz-se o mesmo para os gabinetes dos parlamentares.

Todos para a burocracia ou o atendimento das atividades políticas dos senadores e deputados, pouquíssimos, para não dizer nenhum, destinados ao trabalho duro e especializado que requer uma CPI.

Isso, naturalmente, não pode servir de pretexto para a CPI do Cachoeira não chegar a lugar algum. Se seus integrantes tiverem vontade política, verdades importantes virão à tona — e os responsáveis por ilícitos e crimes serão expostos e processados pelo Ministério Público.