Ao pensar no que tratarmos neste artigo vieram a nossa
memória algumas idéias, alguns problemas
já passados e alguns problemas
recentes.
É impossível acreditar que alguém em
sã consciência aposte no fracasso de uma administração como se de alguma forma isto trouxesse resultado benéfico coletivo. Ao agir e pensar assim o individuo mostra que não passa de um
desvairado ou desequilibrado
a ponto de preferir que o negativo interfira e redunde em prejuízos para trombetear aos quatro cantos
amaldiçoando uma gestão.
O que certa e urgentemente precisamos é romper com o atraso, com a reprodução
da miséria e ignorância e buscar um cenário
de crescimento via integração competitiva e modernidade que possibilite
alternativas e conseqüências. Isto
certamente nos levará em busca de um desenho novo voltado para tecnologia de ponta, novas plantas industriais
com avanço e modernização aproveitando o
potencial que hoje o IFPR e
outras instituições oferecem. Bom lembrar que além do Curso de Engenharia do IFPR temos também
laboratórios que poderiam ser
melhores empregados se assim interessar
ao administrador público. Não conhecemos
nenhuma IES que seja voltada
tão somente para o público
interno.
Afora esse potencial temos
ainda uma unidade do exército que
nunca foi consultada para ver a possibilidade de contribuir para o desenvolvimento do município,
pelo contrario privilegia-se e faz-se
camaradagens contratando e
terceirizando serviços. E pelo
sabemos o EB tem um programa de ACISO (Ação
Cívico e Social) que já foi colocado em
prática em diversos pontos do Brasil.
Vamos a um caso em específico que a Companhia de Engenharia poderia
trabalhar e resolver a lagoa
da Hípica que precisa de limpeza e
tratamento e a preparação ou construção de para um parque ambiental.
E ainda, precisamos dar uma maior atenção a economia informal ou
alternativa, incentivando, treinando, reciclando para alcançarmos melhores
resultados. Pouco se tem feito em termos
de treinamento de mão de obra e isto podemos ver na construção civil onde ouve
um avanço significativo nos últimos três
anos e a dificuldade maior é encontrar
recursos humanos capacitados.
Já abordamos em outras oportunidades a necessidade de rompimento com o cenário anterior, da mentira, da enganação,
do paternalismo, do populismo antagônico e ao invés de promover-se pequenas doações com ranço de caridade, dar melhores condições de vida, de renda
para a população.
Uma pergunta deve ser feita. Até que ponto é benéfico fazer doações? De que adianta uma vez por mês reunir uma
parcela da população em volta de um caminhão e distribuir sacos de alimentos. Essa fatia da população nunca será emancipada? Nunca será liberta?
Quem assim age distribuindo caridades como se fosse a solução dos
problemas da população está contribuindo muito fortemente para a permanência deste
estado pernicioso de reprodução da miséria.
Sem avanços nesta área criam-se privilégios espaciais para uma parcela
da população e empobrecimento real ou relativo dos outros aproximadamente
trinta por cento.
Se não existe uma melhoria
distribuição de renda por conta destas caridades, nunca teremos o crescimento
econômico, considerando que uma população
sem poder aquisitivo não tem poder de
consumo.
Desta forma resta rompimento ou substituição do cenário anterior do paternalismo,
populismo por um cenário da modernização estratégica com a implantação de uma
ou mais áreas industriais de diferentes segmentos com indústria de ponta
seletiva em função da capacitação tecnológica com apoio de IFPR, basta tão
somente buscar convênios com a IES e com outras
instituições como SENAC e SENAI.
De fundamental importância discutir-se a recuperação da terra, a diversificação
da atividade agrícola, produtividade no campo e industrialização da
agropecuária.
O que temos hoje é um quadro um tanto critico de má distribuição de renda
que não permite o fortalecimento do mercado, não oferece novas oportunidades de
empregos com novas perspectivas, falta da segurança para as pessoas alheias
ao mercado de trabalho e sem perspectivas
de diminuição dos privilégios e eliminação da marginalidade e também com relação
a melhoria da qualidade de vida.
O que prevalece é a postura de resistência e boicotes, acirramentos dos
conflitos e revoltas e difícil, porém não impossível uma nova reposição,
aceitando os resultados das urnas, assumindo nova estratégia de negociação e
pressão em termos de se buscar nova mentalidade urbana, tamanho da cidade e
condições de vida.
Por outro lado, é preciso uma carga de trabalho mais intensa por parte
dos Conselhos Setoriais com uma efetiva metodologia
participativa, organização e nova articulação das lideranças e instituições
estratégicas.
“ Não há algo mais difícil, nem de êxito duvidoso ou perigoso, do que iniciar-se uma nova ordem de coisas, por que o reformador tem inimigos em todos aqueles a quem a ordem antiga beneficiava e somente tímidos defensores naqueles que poderão tirar proveito da nova ordem”.
“Esta fraqueza nasce parcialmente do medo dos adversários parcialmente da incredulidade dos homens que não acreditam verdadeiramente em algo novo senão depois de uma firme experiência”. Maquiavel (1469 – 1527)
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