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façamos uma análise do ponto de vista de desenvolvimento sócio econômico.
Ora, se tivermos
um proposta política que beneficie
só um setor
ou um só
grupo isto de fato não é
desenvolvimento social e econômico.
“Não é suficiente conhecer o conjunto das relações enquanto existe em um
dado momento como um dado sistema, mas importa conhecê-los geneticamente
em seu movimento de formação, já que todo indivíduo não é somente a
síntese das relações existentes, mas também é a história destas relações, isto é, o resumo
de todo passado”.
Antonio Gramsci
Nos últimos vinte
anos não tivemos uma política de desenvolvimento, preocupada
com a formação de mão de obra
especializada, tampouco uma política de desenvolvimento industrial
visando a criação, implantação ou expansão de
micro, pequenas, médias e grandes
empresas. Há mais de vinte
anos faz-se necessário uma política de apoio ao empreendedorismo com suporte
técnico e em alguns casos cedência
de barracões para incubadoras
empresariais.
Não existe como se
estabelecer um novo padrão de consumo se a renda per capita é temerária, ou não
permite um avanço no desenvolvimento da economia e ainda com empresas competindo
entre si para conquistar clientes sem a capacidade de pagamento suficiente
para manter a
atividade.
Temos uma grande fatia
de consumidores que neste mercado que
depende do paternalismo
populista, do bolsa família e não existe
nada de concreto que vise
reduzir esse caos social
de 12% da população enterrada em favelas, talvez
não seja interessante preparar
essa fatia da população para
a emancipação por que é
exatamente ai que saem os votos
para quem aspira ao poder
e então é preferível mantê-los
na escravidão da gratidão.
O que temos é uma política
reativa, ou seja, tomamos uma iniciativa
qualquer em razão dos acontecimentos
do momento sem nenhum estudo ou
projeto antecipado que vise a
tomada de iniciativa ou facilite a
tomada decisão. Um conceito muito antigo diz que em medicina ou saúde pública a
tendência deveria ser mais investimento em prevenção e menos em medicina
curativa. Simples isso, se existe prevenção e certo
que diminuirão os tratamentos de doenças.
Considerando que não existe
uma política de desenvolvimento industrial, não existe a menor possibilidade de
doação de terrenos adequados para implantação
de empresas e ainda há pessoas
que acreditam em milagres na área industrial atual onde a
necessidade aterrar banhados para
se estabelecer qualquer
empreendimento, não existe
amparo legal para isenção de impostos municipais, quando ocorre a implantação de uma empresas a dificuldade para extensão de rede elétrica,
de água e telefone no local
é precária e isto por ser confirmado pela incapacidade
do município dar a contrapartida
de qualquer empreendimento e a exemplo citamos o Conjunto Residencial São Francisco
onde a infra-estrutura não existe.
Empresas do setor comercial
são implantadas pela própria vontade do empreendedor e não existe política de incentivos, uma conscientização da população para que prestigie
o comércio local por conta
disso são inúmeros casos de
pessoas que realizam suas compras
em outras cidades numa evasão
de divisas sem precedentes.
Quantas vezes vemos entregadores de outras cidades
transitando por nossas ruas para
entregar mercadorias compradas
em outras cidades. Tudo isso tem
ver com melhoria dos
serviços, qualidade, atendimento, preços e condições de oferta, mas
são problemas de interesse
geral e sozinha uma
empresa pode tentar mas terá
dificuldades para resolver.
Por outro lado, seguimos
uma política reativa, não fornecendo subsídios para constituição de empresa, não
temos demonstrativos ou levantamentos de alternativas e oportunidade de
investimentos, não existe uma preocupação em divulgar as potencialidades e oportunidades
de investimentos, parece que temos um receio enorme de promover encontros, seminários
visando debater os problemas e não termos
respostas concretas.
Os Conselhos Municipais
de há muito não tem uma grande reunião para começar a traçar um novo rumo. Se os conselhos não
funcionam poderíamos tratar os problemas de cada setor em Câmaras Técnicas. Ah!
Não existem Câmaras Técnicas? Que desgraça! Como se discutem os problemas
de cada setor? O
caso do IFPR não seria
de se tramitar numa Câmara Técnica de Educação?
Os Conselhos
Municipais estão acéfalos, Câmaras
Técnicas não existem, não temos
conferências municipais, não participamos das conferências estaduais e muito
menos da federal. Seguindo assim ficaremos a margem do caminho esperando
favores de outros. Na realidade prioridades que deveriam ser discutidas
nos conselhos
Com
toda esta letargia ou morbidão que nos cerca ainda temos sobre o IFPR
a esperança de uma grande
parceria na preparação de mão de
obra e de desenvolvimento de projetos
que alavanquem o desenvolvimento
da região, todavia tem um complicador
instalado chamado falta de vontade
política.
Por falta de vontade política
dizemos em todos os sentidos visto que quando de uma reunião, de um seminário,
um congresso a população
é convidada e
não participa, e, depois
lançamos a culpa
em outros, mas quando não participamos
ou nos omitimos esta é também
chamada falta de vontade política.
Não conseguimos
entender por exemplo um
Conselho ou Câmara Técnica
para discutir prioridades,
potencialidades ou problemas do
comercio sem a participação do
comercio.
Da
mesma forma como
debater em Conselho ou Câmara Técnica
problemas de saúde pública
sem a participação dos profissionais da área e
da população que
enfrenta as filas nos postos de saúde.
Como
discutir potencial turístico em Conselho ou
Câmara Técnica sem a participação de produtores rurais
proprietários de prováveis pontos
turísticos, de hotéis, de restaurantes.
Este tipo de
situação vai se arrastar em todos os setores, como
meio ambiente, agricultura e pecuária, esporte, etc.
“O destino de quem não gosta de política é ser governado por
quem gosta”.
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