quarta-feira, 12 de novembro de 2014

As anedotas do governo federal desde Jânio Quadros até Lula e Dilma


Em 1960, reuniu-se em Montevidéu o CIES (Conselho Interamericano Econômico e Social), que aprovou a inútil Carta de Punta Del Este. Só Cuba não assinou. De volta para Havana, o representante cubano, Che Guevara, desceu às 23h30 em Brasília, para reabastecer e dormir. Jânio aproveitou para mandar um recado aos Estados Unidos. 

Na manhã de 19 de agosto, Jânio recebeu e condecorou Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro do Sul, a maior comenda nacional. Os jornais mostraram Jânio de terno preto, gravata, todo solene, condecorando Guevara fardado. A revista Manchete deu capa. Mas ninguém se lembrou de conferir a comenda que Jânio pendurou no pescoço de Che Guevara.


Não pendurou comenda nenhuma. Não havia comenda pronta. Tinha sido uma decisão matinal. À falta da comenda, penduraram uma faixa verde-amarela vazia, que não significava nada, no pescoço de Guevara. O professor Paulo Fernando da Costa, de Brasília, fez uma pesquisa e apurou que Guevara nunca recebeu comenda nenhuma, nem alinhavada nem impressa.
Quatro dias antes de renunciar ao cargo de presidente da República, Jânio Quadros anulou as ilegais autorizações concedidas para a multinacional Hanna Mining Corporation, uma  multinacional americana,  restituindo à reserva nacional o legítimo direito extrativista das ricas jazidas de ferro de Minas Gerais.
Empossado, o trabalhista João Goulart manteve a decisão de Jânio, mas, quando deposto pelo golpe militar em 1964, seus auxiliares reformistas - Celso Furtado, por exemplo - foram substituídos por elementos conservadores umbilicalmente ligados aos grandes interesses econômico-financeiros, como Octávio Gouveia de Bulhões, que atuaram para que a Hanna recuperasse a concessão da exploração das minas de ferro. Artigo publicado na revista Fortune, de abril de 1965, expôs o incontido prazer do imperialista em saquear riqueza alheia ao afirmar: “Para a Hanna, a revolta que derrubou Goulart na primavera passada chegou como um desses resgates de último minuto pelo Primeiro de Cavalaria”.  Convém lembrar que  os  ministros  do   governo Joao Goulart  eram  funcionários de  altos   cargos  na  Hanna.  
Como na natureza nada se cria e tudo se copia atualmente vemos reclamações de alguns dirigentes empresariais sobre o Custo Brasil e neste preâmbulo surgem os parasitas querendo retirar direitos dos trabalhadores alterando a legislação trabalhista.  Isto já aconteceu nos anos 60 no governo Goulart, onde movidos pela ganância do lucro fácil com a selvagem exploração do trabalhador.
Desde o governo Goulart uma verba  usada politicamente para fomentar a desenfreada corrupção quando emprestado a vários municípios para financiar a construção de obras públicas de infraestrutura, o saldo dos recursos do FGTS,  dinheiro  do trabalhador  que as  empresas   depositam mês a mês  vem se depreciando rapidamente como consequência, notadamente, do descasamento entre o indexador financeiro que o remunera e o de preços que refletem a inflação oficial.
No passado ataque aos cofres do FGTS deu-se através da emissão da Resolução nº 578 do seu Conselho Curador autorizando a aquisição de papéis gerados por firmas privadas com graves dificuldades de caixa que afugentam os bancos comerciais na concessão de crédito. Com isso, gastou-se R$ 4,5 bilhões na compra de títulos ilíquidos emitidos por empresas do setor habitacional e cotas de fundos de investimento em recebíveis imobiliários incapazes de gerar qualquer ativo produtivo.
“O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tem sido um cobertor cada vez mais curto para o trabalhador brasileiro. Desde 1999, a Taxa Referencial (TR), índice que serve de correção para o fundo e alguns tipos de investimentos no mercado financeiro, não cobre as perdas causadas pela inflação. Com isso, o dinheiro que o trabalhador “empresta” para o governo — já que o FGTS é usado para financiar habitação, infraestrutura urbana e saneamento básico — está, a cada ano, perdendo seu poder de compra, voltando desvalorizado para o bolso do cidadão.
Segundo cálculos feitos pelo EXTRA e pelo Instituto FGTS Fácil, nos últimos 13 anos e meio, os rendimentos do Fundo de Garantia totalizaram 107%, enquanto, no mesmo período, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulou 162% (veja a tabela abaixo).Em nota técnica publicada em junho, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) destacou que a redução da TR começou em 1999, quando o governo trocou a taxa de câmbio administrada (em que ele fixa a cotação) pela flutuante (em que o mercado é quem a fixa), o que tirou a pressão sobre a taxa de juros básica da economia (Selic)”.Fonte:  http://extra.globo.com/noticias/economia/remuneracao-do-fgts-nao-cobre-inflacao-desde-1999-9339236.html#ixzz3IttlABEZ
O leitor  deve  perguntar por que não citamos   Fernando Collor  o  primeiro presidente a sequestrar a poupança   do povo  brasileiro e  nós   responderíamos  que  Collor foi injustiçado   num   julgamento politico  por que não repartiu    com deputados e senadores  o produto  dos saques, como  ocorre  agora    nos  governos  de Lula e  Dilma.
Collor foi cassado por que com Paulo Cesar Farias levaram para o exterior R$ 20 bilhões e fizeram uma festa a na Casa da Dinda para comemorar esse roubo, denunciado pelo seu irmão Pedro  Collor.   Outro detalhe importante para a CPI que cassou Collor   foi  ele  ter  ganho  um  Fiat   Elba de  uma  empresa  que  tinha relações  comerciais com  o governo.
Enquanto houver essa  repartição   do roubo na Petrobrás  com partidos aliados, com certeza  nenhuma   CPMI    será levada  a  sério  e os   parlamentares  que as compõem  não passam de vaquinhas de presépio.


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