sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Parlamentares desconhecem regras de relação de consumo



Seguidamente  ao abordar  a  atuação do legislativo no Brasil afirmamos que enquanto legisladores atuarem como Oficce Boy do executivo  dificilmente teremos   projetos que resultem em benefícios para o  contribuinte.

Ao assistir  uma  sessão da Câmara Federal  temos a sensação de que deputados todos  foram cooptados  para aprovar projeto de iniciativa  do executivo e  raros projetos de lei que tragam benefícios para o contribuinte. 

Um exemplo disso  está na aprovação da correção do salário  mínimo, onde a variação do PIB  mais o INPC dão índice de reajuste,  todavia para aposentados que recebem mais de um salário  estão a mais de 15 anos  amargando  a  simples  reposição da  inflação. As perdas  são em média 3% ao ano e 45% nos últimos 15 anos.

As perdas  neste  caso são grandes e não existe nada que demonstre vontade de corrigir esta  distorção.   A  proposta desse  massacre de aposentados vem do executivo e os deputados votam de acordo com vontade do governo.  

O que vemos com muita freqüência são deputados com  pedidos de alguns trocados  para levar aos seus   currais eleitorais e raramente  apresentam  um  projeto de lei, quando muito,  integram  comissões para  produção de amenidades, ou apresentam  projetos  querendo  trocar  a  expressão  “ Ordem e Progresso”  da bandeira nacional, ou trocar as cores da bandeira   ou construir canal  marítimo até Brasília.  Ademais  gastam tempo e  dinheiro para discutir  amenidades.

No dia 9 de janeiro de 2012 a Gazeta do Povo publicou matéria  extensa que confirma  nossas  criticas quando   dizemos que o legislativo não  cumpre a  obrigação constitucional e  não passa  de apêndice do executivo.

Nove em cada dez projetos de lei são inúteis para consumidor

Os legisladores querem jogar para a platéia para dar a entender que ‘têm a paternidade’ dos projetos e faturar politicamente com isso. O pior é que, muitas vezes, essas propostas são aprovadas com a perfeita consciência de que aquilo é descabido ou inconstitucional.” Claudio Weber Abramo, diretor-executivo da ONG Transparência Brasil.


Credibilidade de políticos sai prejudicada

A falta de qualidade na produção dos Legislativos municipal, estadual e federal extrapola a área do Direito do Consumidor e coloca em risco a credibilidade de um poder essencial para o funcionamento da democracia, afirma Claudio Weber Abramo, diretor-executivo da ONG Transparência Brasil, que fiscaliza a atuação dos parlamentares. Para ele, o despreparo dos parlamentares traz um risco que vai além do já grave descumprimento do papel institucional de criar leis que favoreçam o cidadão.
“Na prática, isso aprofunda a irrelevância do Legislativo. No Brasil, as pessoas não têm dúvida de que o poder reside no Executivo. Ao mesmo tempo, a população não tem a menor noção do papel do Legislativo, que é essencialmente o de fiscalizar o Executivo e legislar”, assinala.

Fonte – Gazeta do Povo

Nenhum comentário:

Postar um comentário