domingo, 1 de fevereiro de 2015

Por que somos pobres, a crise de energia ou apagão mental



Por diversas  vezes  recebemos informações que o administrador público chegou a  mencionar  que não  é  favorável  a  implantação de Parques  Eólicos, por  eles  não geram  retorno de ICMS.  Isto é pura e simplesmente uma demonstração de    visão  míope   sem a  mínima  noção de gestão  estratégica.

A princípio os parques a serem implantados   gerarão  energia que será   transmitida  via linhas   até a subestação COPEL.    Se houver demanda local  ela poderá ser consumida no município,  mas para isso  seria  necessário que  existisse uma  área  industrial com  empresas  que demandassem  a  energia  produzida.  Se assim não  for,  a  energia  será   canalizada para o  Operador Nacional do Sistema  que fará a distribuição  de acordo com  a demanda  e o retorno de ICMS   gerado será onde   houver o consumo.

Neste caso o que falta é uma visão estratégica que possibilite a implantação de uma área industrial e que  exista incentivos à implantação de empresas, e, até mesmo    desenvolver um  Programa  de  Incubadoras Industrias (Empresas)   

 O que não fica bem claro  nas manifestações dos administradores públicos  e ONGs  ambientalistas é quem eles querem preservar  ou beneficiar.   É logico que um projeto de  Parques   Eólicos   tem  uma  magnitude ampla invisível  ao olhos  míopes. Não falamos   aqui  do  ICMbio que atua  como  agente orientador  e  fiscalizador.

Por outro lado, não conseguimos entender como separar o homem das questões ambientais, preocupando-se com a extinção de animais, violação do habitat. Isso tudo não faz parte de um conjunto, onde o homem deve interagir? 

Aqueles que morrem em filas de hospitais, sem atendimento, os que morrem em assaltos não fazem parte do meio.  Para nós, o homem deve interagir com o meio ambiente e dele retirar o seu sustento, para que não tenha que abandonar seus filhos.  E por fim, a subalimentação e a fome fazem parte de um sistema complexo constituído por numerosos componentes de ordem social, agrícola, econômica e ecológica.

A fome ocorre porque a alguns falta o poder aquisitivo para adquirir o que outros têm em excesso: a fome é um problema de distribuição e justiça social, um problema do meio em que vivemos.

A necessidade da geração de energia elétrica para a sustentação da base produtiva no Brasil, na década de 70, período do Milagre Econômico, constituía-se ponto de honra para a redução de um dos pontos de estrangulamentos da economia.

Desse período a ideia contemplada em política e planejamento econômico, em  que o Estado  devia  projetar e  construir  grandes obras,   até  para  que se amenizasse um problema  que  vinha  se agravando  pouco a pouco, o  desemprego.

Concebeu-se a construção de Itaipu, como alternativa para fazer frente ao gargalo do desenvolvimento da indústria.    Com o início dos trabalhos, os problemas foram surgindo, impactos ambientais, desapropriação de terras, êxodo rural, o surgimento de favelas, deslocamento de contingentes enormes de trabalhadores em busca de um lugar ao sol.

Na busca pela industrialização, correndo atrás dos ricos, os países Menos  Desenvolvidos, (ditos  de Terceiro Mundo), centros e periferias, acaba alcançando um modelo onde se agrava as diferença de níveis de rendas.
Essas diferenças despertaram  a atenção de estudiosos,  como  STRAHM,  Rudolf H. (1992)  em sua  obra,    Desenvolvimento   -   Por que somos  tão pobres? “No plano geográfico, os centros representam as aglomerações, no plano econômico as regiões industrializadas, e no plano social as camadas superiores da sociedade. Por periferia se entende as regiões marginalizadas, as favelas que circundam as cidades, assim, como o interior dos países”.

O citado autor aprofunda ainda mais seu estudo, e, dá ênfase à questão, reforçando o conceito de periferia, nos países em desenvolvimento, são as regiões pobres do interior, as favelas, os grupos marginais e os desempregados atraídos pelas cidades. Para ele, no plano econômico, as periferias dependem dos centros.  Elas fornecem mão-de-obra barata (migração, êxodo rural).  As ditas periferias fornecem também matérias-primas baratas e compram nas cidades os produtos caros.

Para   Charles Darvin,  em a  Origem das  Espécies, publicado em 1859,   esboça-se uma  visão mais  fértil como ponto de partida  para o desenvolvimento  de estratégias de negócios; “ Alguns cometem o erro  fundamental de considerar as condições  físicas  de um a região  como a s mais importantes para seus habitantes, pensamos entretanto  que não se pode  pôr em dúvida   que a natureza dos demais  habitantes  com os quais cada uma tem que competir é normalmente um elemento muito  importante para  o sucesso”.

Uma  coisa  lamentável aconteceu  nesta  sexta feira dia 30 de janeiro de 2015,   Audiência  Pública,  sobre  o  Projetos de Parques Eólicos nos Campos de  Palmas. 

Lamentável e triste visto que o tema  em debate é de   fundamental  importância para o desenvolvimento da  região,  mas  uma grande   parte   dos  participantes     assistiram  somente a primeira parte quando  houve a   exposição do  Estudo de  Impacto Ambiental   (EIA).
 
Quando encerrada  a  primeira  parte o coordenador   convidou   os presentes  para o Coffee Break,  os presentes se dirigiram para a  ala  superior   da   Casa   da Cultura    e depois  deste  aperitivo, quando deveriam   retornar para  o salão  principal  a  maioria   foi  embora deixando transparecer que  estavam lá  só   para  a os comes  e bebes  e que o  debate   sobre  o    futuro  da região,  do  cidadão, das comunidades,   do  meio ambiente não são  de interesse   geral.  
Mais lamentável foi a ausência de  representantes   do executivo e  legislativo  nesta  segunda  parte.  Somente um vereador permaneceu nos  debates. 

Invariavelmente, de nossa  parte  quando   ministramos   sobre Gestão  Estratégica Municipal, Plano Diretor, Implantação da   Áreas  Industriais,   Incubadoras  Empresariais,  enfatizamos  a  necessidade   do legislativo   de modo  geral    se inteirar   dos projetos e  problemas  para poder    formular seus projetos,  requerimentos e indicações.

De parte   do   executivo não    percebemos a  participação   da   Pessoal  Administração,   Meio  Ambiente,  Indústria e  Comércio, e,  muito  menos da Tributação  que  seria  o  primeiro setor a   perceber  os  benefícios no  caixa.  Aliás,  essa   ausência  tem acontecido  nos  grandes   eventos  como   Conferencias Estaduais das   Cidades.

Esta  demonstração  de falta  de interesse   já   ocorreu  em outros   dois  eventos dos quais atuamos   como  Coordenador   e  num  deles   como  palestrante.
Em maio  de 2013 na ACIPA  -   Seminário   " Desenvolvimento  Sócio  Econômico"   com  palestra inicial  Educação Ambiental   -  Profa.   Msc.  Joice Ronquim do IFPR;   Diferencial e Inovação  -    Prof. Dr.   Edmundo Poses  IFPR  e   Gestão   do Plano Estratégico Municipal   -   Prof. Dr.  Luiz M. Silva 
Em agosto de 2014 -  Seminário  -  Desenvolvimento Regional  Sustentável  e Energias Renováveis.  com     Luiz  Yoshio Suzuki   -  Assistente  de  Dir e Coord. da Itaipu Binacional.


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