Por
diversas vezes recebemos informações que o administrador
público chegou a mencionar que não
é favorável a
implantação de Parques Eólicos,
por eles
não geram retorno de ICMS. Isto é pura e simplesmente uma demonstração
de visão míope
sem a mínima noção de gestão estratégica.
A
princípio os parques a serem implantados
gerarão energia que será transmitida
via linhas até a subestação
COPEL. Se houver demanda local ela poderá ser consumida no município, mas para isso
seria necessário que existisse uma
área industrial com empresas
que demandassem a energia
produzida. Se assim não for,
a energia será
canalizada para o Operador
Nacional do Sistema que fará a
distribuição de acordo com a demanda
e o retorno de ICMS gerado será
onde houver o consumo.
Neste
caso o que falta é uma visão estratégica que possibilite a implantação de uma área
industrial e que exista incentivos à
implantação de empresas, e, até mesmo
desenvolver um Programa de
Incubadoras Industrias (Empresas)
O que não
fica bem claro nas manifestações dos administradores públicos e ONGs ambientalistas é quem eles querem
preservar ou beneficiar. É logico
que um projeto de Parques Eólicos
tem uma magnitude ampla invisível ao olhos
míopes. Não falamos aqui do
ICMbio que atua como agente orientador e
fiscalizador.
Por outro lado, não
conseguimos entender como separar o homem das questões ambientais,
preocupando-se com a extinção de animais, violação do habitat. Isso tudo
não faz parte de um conjunto, onde o homem deve interagir?
Aqueles que morrem
em filas de hospitais, sem atendimento, os que morrem em assaltos não fazem
parte do meio. Para nós, o homem deve interagir com o meio ambiente
e dele retirar o seu sustento, para que não tenha que abandonar seus
filhos. E por fim, a subalimentação e a fome fazem parte de um
sistema complexo constituído por numerosos componentes de ordem social,
agrícola, econômica e ecológica.
A fome ocorre
porque a alguns falta o poder aquisitivo para adquirir o que outros têm em
excesso: a fome é um problema de distribuição e justiça social, um problema do
meio em que vivemos.
A necessidade da
geração de energia elétrica para a sustentação da base produtiva no Brasil, na
década de 70, período do Milagre Econômico, constituía-se ponto de honra para a
redução de um dos pontos de estrangulamentos da economia.
Desse período a
ideia contemplada em política e planejamento econômico, em que o
Estado devia projetar e construir grandes
obras, até para que se amenizasse um problema
que vinha se agravando pouco a pouco, o desemprego.
Concebeu-se a
construção de Itaipu, como alternativa para fazer frente ao gargalo do
desenvolvimento da indústria. Com o início dos trabalhos, os
problemas foram surgindo, impactos ambientais, desapropriação de terras, êxodo
rural, o surgimento de favelas, deslocamento de contingentes enormes de trabalhadores
em busca de um lugar ao sol.
Na busca pela
industrialização, correndo atrás dos ricos, os países Menos Desenvolvidos, (ditos de Terceiro Mundo), centros e periferias,
acaba alcançando um modelo onde se agrava as diferença de níveis de rendas.
Essas diferenças
despertaram a atenção de estudiosos, como STRAHM,
Rudolf H. (1992) em sua obra,
Desenvolvimento - Por que somos tão
pobres? “No plano geográfico, os centros representam as
aglomerações, no plano econômico as regiões industrializadas, e no plano social
as camadas superiores da sociedade. Por periferia se entende as regiões
marginalizadas, as favelas que circundam as cidades, assim, como o interior
dos países”.
O citado autor
aprofunda ainda mais seu estudo, e, dá ênfase à questão, reforçando o conceito
de periferia, nos países em desenvolvimento, são as regiões pobres do interior,
as favelas, os grupos marginais e os desempregados atraídos pelas cidades. Para
ele, no plano econômico, as periferias dependem dos centros. Elas fornecem
mão-de-obra barata (migração, êxodo rural). As ditas periferias fornecem
também matérias-primas baratas e compram nas cidades os produtos caros.
Para Charles Darvin, em a
Origem das Espécies, publicado em
1859, esboça-se uma visão mais
fértil como ponto de partida para
o desenvolvimento de estratégias de
negócios; “ Alguns cometem o erro fundamental de considerar as condições físicas
de um a região como a s mais importantes
para seus habitantes, pensamos entretanto
que não se pode pôr em
dúvida que a natureza dos demais habitantes
com os quais cada uma tem que competir é normalmente um elemento
muito importante para o sucesso”.
Uma coisa lamentável aconteceu nesta
sexta feira dia 30 de janeiro de 2015,
Audiência Pública, sobre
o Projetos de Parques Eólicos nos
Campos de Palmas.
Lamentável e triste visto que o tema
em debate é de fundamental importância para o desenvolvimento da região,
mas uma grande parte
dos participantes assistiram
somente a primeira parte quando
houve a exposição do Estudo de
Impacto Ambiental (EIA).
Quando encerrada a primeira
parte o coordenador
convidou os presentes para o Coffee Break, os presentes se dirigiram para a ala
superior da Casa
da Cultura e depois deste
aperitivo, quando deveriam
retornar para o salão principal
a maioria foi
embora deixando transparecer que
estavam lá só para
a os comes e bebes e que o
debate sobre o
futuro da região, do
cidadão, das comunidades,
do meio ambiente não são de interesse
geral.
Mais lamentável foi a ausência
de representantes do executivo e legislativo
nesta segunda parte.
Somente um vereador permaneceu nos
debates.
Invariavelmente, de nossa
parte quando ministramos
sobre Gestão Estratégica
Municipal, Plano Diretor, Implantação da
Áreas Industriais, Incubadoras
Empresariais, enfatizamos a
necessidade do legislativo de modo
geral se inteirar dos projetos e problemas
para poder formular seus
projetos, requerimentos e indicações.
De parte do executivo não percebemos a participação
da Pessoal Administração, Meio
Ambiente, Indústria e Comércio, e,
muito menos da Tributação que
seria o primeiro setor a perceber
os benefícios no caixa.
Aliás, essa ausência
tem acontecido nos grandes
eventos como Conferencias Estaduais das Cidades.
Esta demonstração de falta
de interesse já ocorreu
em outros dois eventos dos quais atuamos como
Coordenador e num
deles como palestrante.
Em maio de 2013 na ACIPA -
Seminário "
Desenvolvimento Sócio Econômico" com
palestra inicial Educação
Ambiental - Profa.
Msc. Joice Ronquim do IFPR; Diferencial e Inovação -
Prof. Dr. Edmundo Poses IFPR
e Gestão do Plano Estratégico Municipal -
Prof. Dr. Luiz M. Silva
Em agosto de 2014 -
Seminário - Desenvolvimento Regional Sustentável
e Energias Renováveis. com Luiz
Yoshio Suzuki - Assistente
de Dir e Coord. da Itaipu Binacional.
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