Não existe uma receita
mágica para solução de problemas sociais e econômicos a não ser medidas políticas com projetos de lei que
facilitem e ou impulsionem e que tenham
reflexos positivos de natureza
social e econômica.
O adágio popular diz: O que passou não volta mais.
Temos então uma verdade, mas o que não passa são os problemas não resolvidos e
que gritam por soluções, agora imediatas pelo longo tempo de espera já passado.
Como buscar a melhoria
das condições de vida da população, como trabalho, habitação, indústria,
comércio, serviços e outros sem a definição das funções e objetivos com base em
diagnósticos e diretrizes para o desenvolvimento da cidade e adotar-se somente
o empirismo.
Vamos a um exemplo bem simples.
De repente em dias de
chuvas intensas uma pequena ponte tem dificuldades ou cai. Ao invés de se
buscar uma saída técnica profissional apelamos para o empirismo (conhecimento
de tempos passados com ponte de varas) e pensarmos que poderemos resolver este caso com a simples colocação de tubos de concretos
sem considerar a possibilidade de um
aumento da vazão. Quantos e onde estão os
casos de empirismo hoje?
Dizíamos nos meados de
1991 que durante a pesquisa da base produtiva tínhamos cento e trinta indústrias
de diferentes setores, mais de três centenas de estabelecimentos comerciais e
quase dois centos de prestadores de serviços. Ainda que com os números
apresentados na época a preocupação era exatamente por que se discutia que o
aparelho produtivo era tímido em reação ao crescente aumento da demanda de
empregos e o aprofundamento da miséria.
De todo esse potencial
inúmeras pequenas empresas do setor da
madeira simplesmente foram obrigadas
a paralisar atividades por diferentes motivos, entre eles
a dificuldade de obtenção da matéria prima
e falta de mão de obra.
Hoje com a crescente demanda por moradias
dentro do projeto Minha Casa Minha Vida não
temos mão de obra para suprir
esta lacuna e inúmeros
são os casos de dificuldades encontrados.
Atualmente se propala tanto
a geração de emprego e renda e que para isso vamos buscar empresas que tenham
disposição para investir no município, oferecer apoio, incentivos fiscais,
etc., todavia de concreto nada mais temos.
Poderíamos buscar um empreendedor lá
fora e quando ele chegar aqui
mostrar para ele um terreno naquele lugar que muitos costumam de chamar área industria
um fundo de vale onde os dejetos
e restos podem prejudicar o meio ambiente ou oferecer um
terreno que dependa de
milhares de metros cúbicos de aterro.
Já temos problemas
suficiente com moradias ao redor de
empresas que certamente trará conseqüências negativas futuras. São
situações onde não se respeitam legislação ambiental e o que contempla o Uso do
Solo e Zoneamento onde se delimita as
áreas residenciais e industriais e pouco
se preocupam com o predomínio de ventos
ao se instalar empresas.
Ainda
assim com problemas desta natureza ainda se construiu um conjunto residencial
no São Francisco e como se equacionar este caso? E mais, onde vai parar o
esgoto destas moradias no Manancial do Rio Caldeira? São inúmeros casos de
residências construídas no entorno de
empresas.
Somente ai tem inúmeros
problemas a serem equacionados. Não há como se oferecer incentivos e atrair novas
empresas de fora sem estudar e apoiar as que já estão funcionando e enfrentando
dificuldades. Muitas sequer têm folga para capital de giro e muito menos ainda
orientação sobre como administrar e obter esse tipo de apoio. Outras estão com
capacidade de produção estrangulada devido a espaço físico insuficiente.
Passamos tempos
difíceis e eis que chega a hora para
decisões importantes, basta ver que os caminhos até trilhados nos mostraram
desajustes graves como a queda no setor
da indústria da madeira com o
desaparecimento de empresas que
até pouco mais de 10 anos empregavam boa parcela da força de trabalho, queda na produção da maçã
com produtos enfrentando dificuldades
e buscando saída
e casos de produtores que
chegaram a abandonar o cultivo.
Este tipo de entrave
causa diferentes tipos de movimentos na
população e podem ser definitivos ou
temporários.
Na época de safras, a exemplo,
período da extração da erva mate um grande
contingente da força de trabalho
de uma área produtora para outra e da mesma forma no trabalho em pomares de maçã.
Este tipo de movimento ainda
tem um problema sério que a falta
de condições ideais de trabalho,
descanso, alojamentos com refeitórios e
sanitários onde o elemento humano pouco ou nada tem, chegando muitas vezes despertar atenção dos fiscais do ministério do trabalho para situações
análogas a trabalho escravo.
No passado,
alertávamos para a necessidade buscar-se um levantamento de
vazios econômicos e
a partir daí
estabelecer convênios com SEBRAE, SESI, SENAI, SENAC e
instituições de ensino para
preparo de mão de obra.
O SENAI, SESI e
SENAC ai estão, mas com projetos próprios, todavia, prioritariamente o
município não tem um
projeto exclusivo para qualificação de mão de obra, como
por exemplo para a área rural
por que o município não perdeu
a vocação econômica voltada para a agropecuária, mas a tecnologia avançou
e colocou no mercado máquinas e
equipamentos que operadores
devem ter um preparo mínimo.
Temos agora uma
instituição federal de ensino que pode e tem
potencial enorme para contribuir
com o desenvolvimento não só da Capital da Cultura, mas de toda a região,
basta tão somente uma mente aberta e buscar entendimento até hoje relegado ao fundo do baú.
Não querendo buscar em IES, bastaria recorrer ao SEBRAE
que tem excelentes cursos e
consultores para em pouco tempo preparar e repassar conhecimentos e técnicas
para evitar que futuros administradores façam voos
cegos.
Interessante lembrar que cada secretaria ou diretoria
tem uma missão que deve nortear, dar direção e controle ao
trabalho, sendo esta missão ampla o suficiente para basear projetos voltados aos interesses e bem público e para evitar
a miopia dos trinta dias e fila
de caixa de bancos.
E quanto ao potencial turístico ou
na questão ambiental, como já deve ser do conhecimento geral nos planos
federal e estadual e até ONGs
é possível se obter financiamentos
desde que estes setores não estejam
vinculados a outros como por
exemplo a questão ambiental, onde existe
linhas de crédito nas o
setor de Meio Ambiente não pode ter vínculos com agropecuário (questões burocráticas na mesma pasta).
Quem
quiser conferir basta ver um exemplo: No
antigo restaurante localizado as
margens da BR 280 foram depositados
lá lixos de um estabelecimento agropecuário, inclusive
com sacos de fertilizantes e embalagens
de defensivos. Impossível
obter-se financiamento para
recuperação de meio ambiente ou parques ambientais se existem agentes
poluidores.
O Turismo da mesma forma as linhas de créditos para esta
área não são vinculadas ao setor de indústria e
comércio e se quisermos ter projetos aprovados e liberados é preciso rever esta postura.
Quanto a este setor o potencial
turístico existente é impressionante, somente perto de uma dezena
veio pelas mãos dos homens, o restante
a natureza oferece gratuitamente.