segunda-feira, 18 de março de 2013

O que fazer para romper com cenários anteriores e explorar vazios econômicos


Não existe uma receita mágica para solução de problemas sociais e econômicos a não  ser medidas políticas com projetos de lei que facilitem e ou impulsionem e que tenham  reflexos positivos de natureza  social e econômica. 
O adágio popular diz: O que passou não volta mais. Temos então uma verdade, mas o que não passa são os problemas não resolvidos e que gritam por soluções, agora imediatas pelo longo tempo de espera já passado.
Como buscar a melhoria das condições de vida da população, como trabalho, habitação, indústria, comércio, serviços e outros sem a definição das funções e objetivos com base em diagnósticos e diretrizes para o desenvolvimento da cidade e adotar-se somente o empirismo. 

Vamos a um  exemplo   bem simples.

De repente em dias de chuvas intensas uma pequena ponte tem dificuldades ou cai. Ao invés de se buscar uma saída técnica profissional apelamos para o empirismo (conhecimento de tempos passados com ponte de varas) e pensarmos que poderemos  resolver este caso  com a simples colocação de tubos de concretos sem  considerar a possibilidade de um aumento da  vazão. Quantos e onde estão os casos de empirismo hoje?
Dizíamos nos meados de 1991 que durante a pesquisa da base produtiva tínhamos cento e trinta indústrias de diferentes setores, mais de três centenas de estabelecimentos comerciais e quase dois centos de prestadores de serviços. Ainda que com os números apresentados na época a preocupação era exatamente por que se discutia que o aparelho produtivo era tímido em reação ao crescente aumento da demanda de empregos e o aprofundamento da miséria.

De todo esse potencial inúmeras pequenas empresas  do setor da madeira simplesmente foram obrigadas  a  paralisar  atividades por diferentes motivos, entre eles a dificuldade de obtenção da matéria prima  e  falta de mão de obra.  

Hoje com a crescente demanda por moradias dentro do projeto Minha Casa Minha Vida não  temos mão  de obra para suprir esta  lacuna e  inúmeros  são os casos de dificuldades encontrados.

Atualmente se propala tanto a geração de emprego e renda e que para isso vamos buscar empresas que tenham disposição para investir no município, oferecer apoio, incentivos fiscais, etc., todavia de concreto nada mais temos. 
Poderíamos buscar um empreendedor lá fora e quando ele chegar aqui  mostrar  para ele um  terreno naquele lugar  que muitos costumam de chamar área industria um  fundo de vale onde os  dejetos  e restos  podem prejudicar o  meio ambiente ou oferecer  um  terreno que  dependa de milhares  de metros cúbicos de aterro.
Já temos problemas suficiente com moradias ao redor  de empresas  que certamente trará  conseqüências negativas futuras. São situações onde não se respeitam legislação ambiental e o que contempla o Uso do Solo e Zoneamento onde se delimita  as áreas  residenciais e industriais e pouco se preocupam com o predomínio de ventos  ao se instalar  empresas. 

Ainda assim com problemas desta natureza ainda se construiu um conjunto residencial no São Francisco e como se equacionar este caso? E mais, onde vai parar o esgoto destas moradias no Manancial do Rio Caldeira? São inúmeros casos de residências construídas no  entorno de empresas.

Somente ai tem inúmeros problemas a serem equacionados. Não há como se oferecer incentivos e atrair novas empresas de fora sem estudar e apoiar as que já estão funcionando e enfrentando dificuldades. Muitas sequer têm folga para capital de giro e muito menos ainda orientação sobre como administrar e obter esse tipo de apoio. Outras estão com capacidade de produção estrangulada devido a espaço físico insuficiente.

Passamos tempos difíceis e eis que chega a  hora para decisões importantes, basta ver que os caminhos até trilhados nos mostraram desajustes graves como a   queda no setor da indústria da madeira com o  desaparecimento de empresas  que até pouco mais de 10 anos empregavam boa parcela da força de trabalho,  queda na produção  da maçã  com  produtos enfrentando   dificuldades  e  buscando  saída  e casos de produtores  que chegaram a  abandonar o cultivo.

Este tipo de entrave causa diferentes  tipos de movimentos na população e  podem ser definitivos ou temporários.

Na época de safras, a exemplo, período da extração da erva mate um grande  contingente da  força de trabalho de uma  área produtora  para outra e da mesma  forma no trabalho em pomares  de maçã.

Este  tipo de movimento  ainda  tem um problema sério que a  falta de condições  ideais de trabalho, descanso, alojamentos com  refeitórios e sanitários   onde o  elemento humano pouco ou nada  tem, chegando muitas  vezes despertar atenção dos fiscais  do ministério do trabalho para situações análogas a trabalho  escravo.

No passado, alertávamos  para a  necessidade buscar-se um levantamento de vazios  econômicos  e  a  partir  daí  estabelecer  convênios  com SEBRAE, SESI, SENAI, SENAC  e  instituições de ensino  para preparo de mão de obra. 

O SENAI, SESI  e SENAC ai  estão, mas com projetos  próprios, todavia, prioritariamente o município  não  tem um  projeto  exclusivo para   qualificação de mão  de obra, como  por exemplo para a  área  rural  por que o município não  perdeu a  vocação  econômica voltada  para a agropecuária,  mas a tecnologia   avançou  e colocou  no  mercado máquinas  e  equipamentos que operadores   devem  ter um preparo mínimo.

Temos agora uma instituição  federal  de ensino que pode e  tem  potencial enorme  para contribuir com o  desenvolvimento não  só da Capital da Cultura, mas de toda a  região,  basta tão  somente uma  mente aberta e buscar  entendimento até  hoje relegado ao fundo do baú.

Não  querendo  buscar em IES, bastaria recorrer  ao SEBRAE  que tem excelentes  cursos e consultores   para em pouco  tempo preparar e  repassar conhecimentos e  técnicas  para  evitar que  futuros administradores  façam voos  cegos.

Interessante lembrar  que cada secretaria  ou diretoria  tem uma  missão  que deve nortear, dar direção e controle  ao  trabalho,  sendo esta  missão ampla o suficiente para basear  projetos voltados aos  interesses e bem público e  para evitar  a miopia dos trinta  dias  e fila  de caixa de bancos.

E quanto ao potencial turístico ou  na questão ambiental,  como  já deve ser do conhecimento geral nos planos federal e  estadual  e até ONGs  é possível se obter financiamentos  desde que estes  setores não  estejam  vinculados a  outros como  por  exemplo a questão ambiental, onde existe  linhas  de crédito  nas o  setor de Meio Ambiente  não  pode ter   vínculos com agropecuário (questões burocráticas na mesma pasta). 
Quem quiser conferir basta  ver um exemplo: No antigo   restaurante localizado as margens da BR 280  foram  depositados  lá   lixos  de um estabelecimento agropecuário, inclusive com  sacos de fertilizantes e embalagens de  defensivos.  Impossível  obter-se financiamento para  recuperação de meio ambiente ou parques ambientais se existem  agentes  poluidores.

O Turismo da mesma  forma as  linhas de créditos  para esta  área   não  são vinculadas ao setor de indústria e comércio e  se quisermos ter  projetos aprovados  e liberados é preciso rever esta postura.
Quanto a este  setor o potencial turístico  existente  é impressionante, somente perto  de uma dezena  veio pelas mãos dos homens, o restante  a  natureza oferece  gratuitamente.