sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A situação do prefeito de Palmas e o berne no ouvido


Quando eu ainda era aluno de primeiro ano de graduação em economia, lembro-me de uma história contada por um professor de sociologia.
Dizia ele na época, quando alguns acadêmicos ainda não sabem bem o que fazer no futuro, que existiam algumas historias  interessantes  a  respeito de profissões (testes  vocacionais).  A cada dia de aula ele era instado a contar mais uma  historia. Um dia contava sobre o administrador   filho de vendedor de pasteis e   a  crise,  outro   contava  do  médico     novo  e  o pai, etc..
Esta  do médico  novo  é  interessante, então  vejamos:
Certa   vez um   médico bem  conceituado,  mandou o filho  estudar (...)   passados  5 ou  6 anos   lá vem o  médico  recém  formado  e  o  pai   todo  satisfeito,   diz:
Filho  querido,  agora  que você  está  pronto  para trabalhar  eu  vou  tirar   férias  enquanto você  vai   cuidar  do nosso  consultório.   Daqui uns dois ou  três meses  eu  volto.
Dito e  feito, o médico  viajou   e o filho  assumiu.
Dois dias  depois, chegou no  consultório  um  homem  aos gritos. Socorro! Socorro! , não  agüento mais esta  dor e o  médico  novo mandou que entrasse e  deitasse na  maca. Passou a  examiná-lo   enquanto ele   gritava   e  dizia: a  dor é no  meu  ouvido, no  ouvido.
O doutor ajustou a  iluminação e  viu que o  problema  não  era  difícil.   Pegou uma  pinça  e  tirou  um  berne  e parou a dor  no  ouvido.   O paciente satisfeito, levou a  mão ao  bolso,   perguntou quanto  era  a  consulta, e o  médico  diz:   que é   isso?  Não custa nada, era só um berne.   O homem agradeceu e foi embora.
Passados alguns meses, o pai voltou e pergunta para o  filho  todo empolgado  com o   trabalho.   Como estão as coisas?   Tudo bem?    E o filho cheio de razão, diz:     Tudo bem!   Tenho uma coisa para contar.    Lembra-se daquele homem que gritava com problemas de dor de ouvido?   Pois é!   Eu o tratei.  Resolvi o problema.  Era só um berne.
E o pai só  faltou  estrangulá-lo e  dizendo um  palavrão exclamou:
Filho querido!  Com este berne eu formei você e  no  primeiro momento   você joga  tudo  fora?
Parece que da mesma forma  anda  o  caso  do  prefeito de Palmas.   Parece que lá  em Brasília  tem  algum  especialista em  cuidar de bernes. Até  que apareça um novato   cheio de vontade resolver o  problema   e descobre  que trata-se de um  simples  berne  e saca  tudo  fora   de uma  vez  só.  
   


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Um negro pobre e um negro rico colocam o STF e STJ numa sinuca de bico

Ao reproduzir a matéria abaixo procuramos levantar uma série de situações de infrações cometidas por pobres da raça negra que de certa forma foram exemplarmente punidos.  O  maior  volume  vem  de uma  publicação de Paulo Lopes  um estudioso destes  problemas.
http://www.paulopes.com.br/2008/09/casos-de-juzes-implacveis-com-pobres.html#ixzz1bvXDiYyi

Enquanto isso temos um ministro envolvido numa avalanche de denúncias no Ministério de Esportes e o processo de blindagem por partes de correligionários do PCdoB foi intenso e ainda assim o ministro não resistiu a pressão e a cobrança para explicar tantos desvios e até mesmos como sua esposa e cunhado teriam recebido verbas em ONG de Campinas SP.

Observe-se que não estamos julgando o Ministro Orlando Silva mas pretendemos que alguém à luz da sabedoria jurídica explique para pobres mortais esse tratamento diferenciado proporcionado para um negro rico e os rigores da lei destinados ao um pobre.

Há quem diga que o judiciário tem problemas sérios para tratar a ponto da corregedora nacional de Justiça da ministra Eliana Calmon, fazer duros ataques a seus pares ao criticar a iniciativa de uma entidade de juízes de tentar reduzir o poder de investigação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). 27 de Setembro de 2011 - 16:11

Ministra acusa: Justiça sofre com "bandidos de toga" 

Este ano, houve uma guerra velada que colocou em lados opostos Eliana Calmon e o presidente do CNJ e do STF, ministro Cezar Peluso. O CNJ começou a funcionar em 2005 e já condenou 49 magistrados. Recentemente, porém, ministros do Supremo concederam liminares suspendendo decisões do CNJ que determinavam o afastamento de magistrados.
http://www.adjorisc.com.br/jornais/obarrigaverde/atualidade/ministra-acusa-justica-sofre-com-bandidos-de-toga-1.942857

O advogado Eduardo Varela diz:

Eduardo Varela - Advogado 
O judiciário está,lento,concursos viciados que perpetuam as famílias no poder.Um Ministério público, que não tem subordinação e faz o que quer e uma O.A.B. omissa que cobra uma fortuna dos associados "reféns" para ser uma fogueira das vaidades e nada faz para mudar toda sorte de crimes praticados no judiciário.Vejam o ministro que soltou o banqueiro em 48 horas, durante o fim de semana.



http://www.paulopes.com.br/2008/09/casos-de-juzes-implacveis-com-pobres.html#ixzz1bvXDiYyi

A disparidade é tanta e nos assombra esse tratamento diferenciado para com os pobres que numa pesquisa encontramos situações extremamente incompreensíveis como o caso abaixo, característica de crime famélico.

No país do mensalão, mulher está presa por furtar um pote de manteiga 

Doméstica presa há 4 meses por roubar um pote de manteiga! Esse país tem jeito?


Gente, esse país tá perdido mesmo...

Uma empregada doméstica está presa há 4 meses por tentar roubar um pote de manteiga de um supermercado, no valor de R$3,10...

Será que vão esperar acontecer como com a outra mulher, que foi presa por roubar um shampoo, e ficou 6 meses na cadeia, sendo agredida e vindo a perder um olho?!!

Enquanto isso se discute que sabor é a pizza do mensalão...

A notícia:

http://noticias.terra.com.br/brasil/...EI5030,00.html  



Esse país tem ou não tem jeito?

O que leva uma promotoria a pedir reiteradamente a prisão de uma pessoa assim?

O que leva um juíz a manter uma pessoa assim presa?

Se ela tivesse pego uma arma, dado um tiro na cara do caixa do supermercado, de repente já ia estar na rua (tendo um bom advogado...)

Esse mundo tá virado ou eu que estou?

http://www.htforum.com/vb/showthread.php/26357-Dom%C3%A9stica-presa-h%C3%A1-4-meses-por-roubar-um-pote-de-manteiga!-Esse-pa%C3%ADs-tem-jeito 

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Adiantaria alguma coisa o povo sair às ruas pedir reforma política


Um acordo espúrio entre burocratas do até então respeitável Tribunal Superior Eleitoral – TSE  mostra a que nível chegou o menosprezo e o  desrespeito ao cidadão  brasileiro.   È difícil de se acreditar  que o TSE  considerado guardião da democracia tivesse  negociado  com o Serasa dados pessoais dos 141 milhões de eleitores brasileiros.
Tudo  deve ter uma motivação e resta   saber por que  esta negociata? Uma coisa não ficou  bem clara neste  trambique e  dizem que  o TSE seria recompensado com a cessão de quatro “assinaturas digitais”, instrumento eletrônico que permitiria a alguns funcionários da corte o acesso a dados cadastrais centralizados pelo Serasa. E pelo prazo de apenas dois anos.
Para a segurança  do povo brasileiro ainda temos  um  imprensa livre, sabe-se lá até quando por que a  cada dia  que passa   atentados são  cometidos  e  muitas  vezes jornalista  assassinados  ou ameaçados de processos.
Quando o jornal O Estado de São Paulo denunciou muitos disseram terem sido  pegos de surpresa  com  esse  atentado a privacidade e  liberdade de direitos  cometido por meia dúzia de mal intencionados do TSE. A própria presidente do TSE, ministra Carmen Lúcia, condenou a medida e, em seguida, a corregedora-geral da Justiça Eleitoral, ministra Laurita Vaz, determinou a imediata suspensão do acordo esdrúxulo.
O curioso de tudo isso é que O Estado de São Paulo corre o risco de ser censurado como o clã  Sarney   fez com  o Estadão.
Esta armação  coloca  em dúvida  mais uma  vez a  atuação do TSE  nas eleições tão apregoadas  como  exercício  da democracia.  Nada mais criminoso que quebrar  sigilo  de 141 milhões de brasileiros  sem  autorização judicial  e mais, partindo de dentro  do próprio TSE. Não dá para aceitar  que uma instituição da credibilidade do TSE, tenha firmado esse tipo de acordo  espúrio, dispondo-se a fornecer meios de acesso a dados de todos os cidadãos brasileiros detentores de títulos eleitorais, isto é, todas as pessoas acima de 18 anos de idade, e parte dos jovens com 16 e 17 anos. Não apenas se estaria perpetrando uma violação ao princípio constitucional que protege a privacidade individual como também, para dizer o mínimo, estaria se desrespeitando até mesmo o Código do Consumidor, que não permite a venda, sem autorização, de dados pessoais que não sejam de interesse público – exatamente o que estava prestes a acontecer.
De posse  deste  precioso bancos de dados poderíamos  antever  qual seria o comportamento  do Serasa  diante   do quadro eleitoral?    A quem  eles  venderiam as informações  cadastrais?    Adiantaria alguma  coisa o povo  sair  às  ruas  pedir  reforma política se eles  já arrumaram uma  nova forma de fraudar  o sistema  ou  comprar  votos?
Este caso nos permite levantar mais uma questão quanto ao Sistema Eleitoral empregado e o uso de urnas eletrônicas tão debatidos nestes últimos  dias este sistema  é uma fraude. Depois dos pianistas  do congresso e de ACM e  Arruda que monitoravam as votações eletrônicas secretas dos outros políticos no congresso ou senado não dá para duvidar de mais nada.
Por outro lado profissionais respeitados  na área de Sistema de Informações  tem questionados a confiabilidade  da urnas eletrônicas adotadas no sistema eleitoral brasileiro  como é ocaso do professor do Instituto de Computação da Universidade de Campinas (Unicamp) Jorge Stolfi em audiência pública sobre o assunto realizada, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Na avaliação do especialista da Unicamp, o sistema totalmente digital é "inaceitável", porque apresenta "riscos inerentes que são muito sérios e incontornáveis. Riscos de fraudes feitas por pessoas internas ao sistema, que não podem ser detectadas antes, durante ou depois da eleição".

Uma demonstração  realizada por um jovem hacker de 19 anos, identificado apenas como Rangel por questões de segurança, mostrou como — através de acesso ilegal e privilegiado à intranet da Justiça Eleitoral no Rio de Janeiro, sob a responsabilidade técnica da empresa Oi – interceptou os dados alimentadores do sistema de totalização e, após o retardo do envio desses dados aos computadores da Justiça Eleitoral, modificou resultados beneficiando candidatos em detrimento de outros – sem nada ser oficialmente detectado.

Pelo depoimento de Rangel   durante na sua demonstração ficou  claro  que o acesso ao sistema é fácil e  rápido e é possível  alterar dados  sem que operadores do sistema percebam.

Um novo caminho para fraudar as eleições informatizadas brasileiras foi apresentado ontem (10/12) para as mais de 100 pessoas que lotaram durante três horas e meia o auditório da Sociedade de Engenheiros e Arquitetos do Rio de Janeiro (SEAERJ), na Rua do Russel n° 1, no decorrer do seminário “A urna eletrônica é confiável?”, promovido pelos institutos de estudos políticos das seções fluminense do Partido da República (PR), o Instituto Republicano; e do Partido Democrático Trabalhista (PDT), a Fundação Leonel Brizola-Alberto Pasqualini.
“A gente entra na rede da Justiça Eleitoral quando os resultados estão sendo transmitidos para a totalização e depois que 50% dos dados já foram transmitidos, atuamos. Modificamos resultados  mesmo quando a totalização está prestes a ser fechada”, explicou Rangel, ao detalhar em linhas gerais como atuava para fraudar resultados.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Uma visão deturpada da Teoria Democrática do Poder


Muito embora tenhamos uma Constituição Federal de 1988 que contemple no artigo 5° que somos todos iguais perante a lei, alguns insistem em serem mais iguais e tentam impor suas vontades em detrimento do restante da população.
   
Não queremos aqui no ater a situações de cunho religioso ou de comportamento, mas no aspecto  que trata  das  questões de interesses de toda  a  comunidade.

É impossível aceitar  que a população pague tantos impostos  e não  tenha a  contrapartida  em melhores  serviços de saúde,  de educação, de segurança,  de saneamento  básico  entre os demais.

Não  dá  para entender  por que  pagamos tarifas de coleta de esgotos  e lixo  os rios  estão  completamente   comprometidos com  despejo de  esgotos  domésticos e  lixos.

Parece que ao invés de avançar   voltamos  aos  tempos da democracia  ateniense 594 a.C.,  quando a  prática de governo  impunha o devotamento  dos  cidadãos, coisa   similar  à  escravidão  imposta  pelos  que doam cesta básica.  Neste  período o  cidadão  se entregava de corpo e alma, ao ser viço público, dando o sangue na guerra e o serviço em tempo de paz,   devendo se esquecer dos interesses  próprios.
A politização  era  tão dominante que  inevitavelmente aprofundava  o desequilíbrio  social,  a hipertrofia política e  a hipertrofia econômica.  À  medida  que a  democracia  avançava os cidadãos  ficavam cada vez mais pobres.
Quando o estado entrava  em crise   financeira ou  perturbação econômica  a saída era o confisco de riquezas, para  compensar a  produção insuficiente de bens.   Estes problemas levaram a   democracia a sua própria destruição pela   luta de classes entre ricos e pobres.

Hoje o  que se  vê  nesta fadada   democracia  é a perpetuação  do sistema de capitanias   hereditárias  onde um grupo  ou família   toma   conta  de espaço  territorial e  aponta a dedo aas pessoas  que devem ser perseguidas,  presas, julgadas  e condenadas, nos mesmos  moldes   dos donatários  dos  tempos do império. Isto decididamente  não é democracia!

Atualmente, no setor público temos mentes conturbadas que praticam coisas   terríveis, inimagináveis, nem que para isso  seja preciso impor  prejuízos e atrasos a  um estado, município ou até mesmo no plano  federal,  dentro de um  conceito  de quanto pior melhor.  

Façamos uma analogia  com  essas  práticas nocivas impostas  pelos  donatários, quando ele  pensaria  assim:

Na primeira ele diz: tomara que o mundo acabe em fogo  que   daí eu pego   tudo que sobrar  e  vendo. Fazendo isso eu ficarei bem de vida.   Vou vender tudo o que eu pegar e comprar mansões, fazendas, casas na praia.   O camarada é tão idiota que não se lembra do pensamento inicial.

Quero que o mundo  acabe  em fogo  que   daí eu pego   tudo que sobrar  e  vendo”.  

Ora se ele quer que acabe tudo em fogo para quem ele vai  vender  e  o que vai sobrar para ele  vender?

Assim agem alguns políticos, eles colocam fogo no mato e perdem até a roça.

Esse tipo de gente não deixa o povo crescer enquanto isso a  sua produção também  não  cresce ou deixa  muito a desejar. Ele quer parecer  um rei embora  seus  súditos  se empilhem  em favelas,  um  verdadeiro  rei de favelados.   
O muito que ele  consegue é passar  noites  e  noites  em claro   sonhando  como derrubar o oponente  para que futuramente  ele possa   reinar  sozinho.  
A  ambição é tanta  que chegam a contrair males  que lhe fazem definhar, ou  muitas vezes  até a instituição familiar perece.

No segundo caso quando tem a oportunidade eles impõem a teoria do “Elefante de  Circo”, por que eles creem que o povo  não sabe o poder  que tem,  não sabe a  força  que tem, então  fica   fácil  de aliená-los,  escravizá-los com uma  cesta  básica, batizando um  filho  e coisas  desse tipo.

O Elefante de Circo não sabe a força que tem e o adestrador ou treinador   coloca uma corrente  na pata  quando o elefante ainda é  novinho,   finca uma   pequena estaca  no chão  e  coloca  o elefante  para   girar  em torno da estaca.   Resultado disso é que o elefante chega a afundar o chão em volta da  estaca.  Da mesma forma  acontece  com o povo  que  se entrega  para um  dominador, um adestrador  um treinador de elefante,  ele   afunda  o carreador atrás  de pequenos  favores.
Quando o povo não quer se libertar o muito que ele espera é ser tratado como elefante  de circo.

Todo o político  que assim age demonstra ter como livro de cabeceira o livro  A arte da  guerra  de Sun Tzu II  da editora Record.

Uma das funções mais importantes  da literatura  estratégica em domínio publico hoje em dia, portanto, pode ser ampliar a  compreensão geral do poder  e seus usos e  abusos.
Compreende-se o poder e como funcionam  sua configurações, como massas  de pessoas  influenciadas, como indivíduos  e povos se tornam vulneráveis a contradições internas e agressão externa e  é possível analisar de forma objetiva e verdadeira o funcionamento do mundo em que vivemos e esperamos aprender a evitar os abusos  do poder aos quais as infraestruturas maciças e impessoais da vida moderna estão sujeitas”.   

Quando nos deparamos  com um município  em situação caótica,   travado pela imposição legal sem poder avançar  com projetos que atendam as necessidades da população  ou ainda  por disputas deixa-se transparecer a  existência  ou predisposição ou vontade de se destruir uns aos outros  e  a destruição   coletiva.


Definitivamente não é isso que se espera  de  um   regime  dito  democrático.  

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

PERSPECTIVAS PARA AS ORGANIZAÇÕES COOPERATIVAS E A ESTRUTURA DE PODER


Ao final de 2003 no mês de outubro concluímos um estudo teve por finalidade uma análise do comportamento da organização cooperativa quanto a estratégias utilizadas pela SUDCOOP, frente às variações no padrão de concorrência e ainda, avaliar a estrutura competitiva da organização sob a ótica do modelo de PORTER, bem como, analisar o comportamento da dinâmica organizacional a partir da implementação do planejamento estratégico.

Buscou-se inicialmente identificar as estratégias, adotadas, como a administração profissionalizada, as parcerias, fusões, suporte técnico ao produtor cooperado e ainda, os técnicos e profissionais da cooperativa que passaram a atuar também como produtores. Neste ponto todos os entrevistados consideram de fundamental importância contar com administradores profissionais.

Por outro lado, ao estudar o sistema cooperativo visualiza-se um quadro com perspectivas bastante positivas para o sistema, ao mesmo tempo em que todo o setor produtivo passa por um momento de grandes transformações, em função de uma dinâmica da aldeia global e em conseqüência da necessidade de adequação para sua inserção no mercado mundial e para sobreviverem à guerra da competitividade.

Desta forma, uma cooperativa sente a necessidade um melhor aproveitamento de seu potencial e suas estratégias, bem como a especialização e a profissionalização dos negócios, o ganho em produtividade e a procura por novos nichos de mercado são algumas das principais condições para permanência no mercado e crescimento do sistema cooperativo, deixando claro que a modernização não é simplesmente uma troca de técnicas atrasadas por técnicas modernas, mas uma transformação ampla, contando com apoio do Estado e das empresas agro-industriais.

No passado, quanto ao RECOOP, algumas cooperativas não conseguiram se habilitar no programa, umas devidos as exigências no que tange a garantias reais, outras, por que suas necessidades de inversões não se enquadravam no programa.

“O RECOOP foi criado para ser uma arma contra o desaparecimento das cooperativas, mas nenhum contrato de financiamento foi fechado. Os recursos já estariam disponíveis no Tesouro, mas os bancos, que fariam o repasse às cooperativas, a não se interessaram em retira-los”. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 1.715-2, DE 29 DE OUTUBRO DE 1998.
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/mp1715.htm

Por fim, se hoje fantasmas como a inflação, desemprego, crise, fome, insegurança, ameaçam a estabilidade da economia e apesar dos efeitos da globalização, o cooperativismo desponta como uma alternativa, para o desenvolvimento, se comparado ao capitalismo que não proporcionou condições de melhor distribuir a renda ou os frutos do crescimento econômico e a um socialismo que sequer alcançou riquezas para distribuir.

Ao buscar dados junto a outras cooperativas, contatamos que de modo geral todas estão empenhadas em manter parcerias e sustentam que até mesmo fusões podem ser empregadas como forma de se manter no mercado e alcançar resultados positivos, parcerias estas que passam trabalho de pesquisa, melhoramento genético, produção e distribuição de sementes bem como, na industrialização e distribuição da produção.

Portanto, cremos que cooperados poderiam se associar a cooperativa de crédito que para o financiar seus associados buscam os recursos equalizados do Banco Central e procuram manter o objetivo que é ter recursos diretos do Tesouro Nacional para que não tenha a necessidade de engessar os próprios recursos no custeio agrícola e sim utilizar os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Verifica-se um significativo avanço da Sistema Cooperativo de Crédito que passa a disputar mercado com outras empresas do setor financeiro, atuando no financiamento da produção e oferecendo produtos similares aos dos bancos comerciais.

Cremos ser perfeitamente possível a interação das cooperativas em questão, bastando que se caminhe numa só direção.
Por conta desta afirmativa, nos apropriamos do ensinamento de Charles Gide, um dos percussores do cooperativismo que dizia:

“Para todo o problema cooperativo há sempre uma solução cooperativa”.
E GIDE, ainda traçou as doze virtudes do sistema cooperativo sendo que descrevemos aqui a 12ª (décima segunda).

“Abolir os conflitos - na cooperativa de consumo, o consumidor toma-se seu próprio fornecedor; na cooperativa de produção o operário toma-se seu próprio patrão; na cooperativa de crédito, o sacador toma-se seu próprio sacado; na cooperativa de habitação o locatário toma-se seu próprio locador, e assim por diante, de modo que toda disputa cessa pela fusão dos inimigos, ou melhor, o combate cessa por falta de combatentes”.

O modelo das cinco forças de Porter é uma ferramenta para auxiliar na estratégia da unidade de negócio e para entender o ambiente externo. Serve também para fazer análise da atratividade de um determinado segmento de um negocio ou de um produto

O Modelo das cinco Forças de Porter / Livro: Michael E. Porter - Competitive Strategy
Vide resumo dos principais pontos do modelo.

Ameaça para entrada de novos competidores:

• Economias de escala, Exigências de capital/investimento,custos de substituição dos clientes, alcance dos canais de distribuição, alcance da tecnologia, lealdade • Existe probabilidade da retaliação dos competidores existentes no mercado.

A ameaça dos produtos alternativos depende de:

• Qualidade. É um substituto melhor? vontade dos compradores substituírem produtos atuais, o preço e performance dos substitutos.
• Os custos de migração para substitutos. É fácil mudar para um outro produto?
concorrentes pequenos ou que atuem em nichos específicos de mercado.
.A rivalidade será menor se uma indústria tiver uma liderança incontestável de mercado.
.A estrutura de custos da indústria. As indústrias com custos fixos elevados incentivam. concorrentes a operarem a plena capacidade de forma a reduzirem preços e
ganharem mercado.
.Grau de diferenciação do produto. Nas indústrias onde os produtos são comodites (por exemplo aço, carvão) ocorre uma rivalidade maior .
•Custos do substituição. A rivalidade é menor quando os compradores têm custos de
troca elevados.
•Objetivos estratégicos. Se os concorrentes buscarem estratégias agressivas de
crescimento, a competitividade será mais intensa.

.Surge agora mais uma ameaça para o sistema. O poder público através de entes que pensam em beneficiar-se contrariam o disposto no Artigo 5º da Constituição Federal
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Uma gestão estratégica ou ambiente favorável para atrasos


Constantemente  somos surpreendidos com informações ou publicações  que nos  deixam preocupados com o modelo de gestão empregado  no setor  público.

Seguidamente  vemos uma   sucessão de falhas em licitações contrariando a Lei n° 8.666, de 21 de junho de 1993 e estas  falhas levam até mesmo a intervenção  do MP para colocar as  coisas  no eixo.

Quando das campanhas  quantas vezes   ouvimos falar em necessidade de implantar um modelo  batizado de gestão participativa  ou até mesmo de choque de gestão. Bastam alguns meses  para o  contribuinte  verificar   que realmente   começou um  choque com a elevação das  tarifas e  taxas de  impostos e  que a guerra   fiscal  se acentua.

No plano  municipal as dúvidas   que se apresentam tem origens  talvez um  tanto  corriqueiras   estabelecidas  pela   competição ou disputas entre aqueles que compõem a  administração  e  que deveriam  se organizar  em equipes  para no  fim de cada  jornada ter um  resultado  positivo.

Neste aspecto sequer consideramos os exemplos  da natureza,  como  o  caso  dos  gansos  em voos,   que adotam  uma  formação em cunha para melhor  deslocamento  quebrando  a  força  contrária.   Os gansos sempre  tem um líder  a  frente  e  quando ele  cansa outro assume a  ponta  e assim sucessivamente, até  atingir o  objetivo.

O ser humano é completamente ao  contrário, centralizador por excelência,  não  deixa  surgir novas lideranças  sufocando  aquelas  que pressupostamente   se arriscarem a despontar. 

Em diversas oportunidades falamos  da necessidade  de uma  gestão  estratégica  de modo  que não  houvesse  sobrecarga  de trabalho e  concentração  numa  só pessoa.

Maquiavel ( 1469 – 1527 ) -  Na obra  o Principe
 “ Não há algo mais difícil, nem de êxito duvidoso ou perigoso, do que iniciar-se uma nova ordem de coisas, por que o reformador tem inimigos em todos aqueles a quem a ordem antiga beneficiava e, somente tímidos defensores naqueles que poderão tirar proveito da nova ordem”. 
“Esta fraqueza nasce parcialmente do medo dos adversários parcialmente da incredulidade dos homens que não acreditam verdadeiramente em algo novo senão depois de uma firme experiência”.

Do ponto de vista a legal alertamos que existe a  necessidade de criação  dos  Conselhos Setoriais  e  também a   desvinculação  daqueles  que  estão  presos  em  secretarias ou departamentos  completamente saturados  de trabalho, como  é o caso  por exemplo de esportes,  cultura   no   guarda  chuva da educação, meio ambiente preso  na  agricultura  e turismo na secretaria de indústria e comércio.

Explica-se: O Ministério de Turismo tem projetos e recursos (verbas) para investimentos no setor, mas para  tanto os interessados devem apresentar  toda  a documentação  pertinente, projetos e  certidões  encaminhadas   diretamente  pelo setor   responsável  pela  área  de turismo.   Esta  documentação deve ser acompanhada de um  cadastro/ficha de avaliação (para conceitos/pontuação). Se todas as formalidades não forem  cumpridas as  chances de  aprovação/avaliação  serão mínimas.

Outro  detalhe  que deve ser considerado por exemplo  é  o volume de serviço  natural em um setor   como  educação,   com  tempo bastante  tomado  em   atividades  correlatas  a  área  e  a  própria  infraestrutura da escolas.  Então, a  grande desafio é como agilizar  todos os  setores  acabando com a centralização e  alcançar melhores resultados?

Quando  um setor centraliza   tudo  e principalmente a  questão   burocrática   fica prejudicada  pelo  acúmulo de tarefas   a tendência é que  aquilo que  deveria  ser prioritário passe a  segundo plano.  Vamos exemplificar usando  situações reais:  Está  agendada para   o dia   9 de agosto a  Conferência Municipal  de Cultura  conforme os convites já encaminhados    e  neste  caso se  houver necessidade  de  material que deveria ser licitado e  ainda  não aconteceu, de quem  foi a  falha?   Da  secretaria de educação  que não   teve tempo  para  encaminhar  pedido de licitação ou  do  próprio setor  de licitação  que não  consegue   fazer   o trabalho  entregue de última  hora?

Aqui começamos a entender por que   estas  atividades  devem ser setoriais  e  não  vinculadas  a outros  departamentos,  existem  a necessidade de autonomia  no encaminhamento  de documentação e  projetos.

Um caso  interessante e  que nos  chama a  atenção   está  no  Departamento de Agricultura  que  tem  sob  sua  sombra o Meio Ambiente.   Aqui duas  situações distintas   antagônicas  e  que de certa  forma  criam mais  estranhezas e conflitos  perante os agentes  de crédito.

O Ministério de Meio Ambiente possui verbas  para recuperação  de fundos  de vales,   desassoreamento  dos rios,   reflorestamento e matas  ciliares  para proteção de mananciais,  entretanto, os projetos  devem ser encaminhados pelo  setor  competente  ou  seja o Departamento de Meio Ambiente e  não o da Agricultura.

Da mesma  forma  ocorre  com  o Esporte, onde a  autonomia  para desenvolvimento e encaminhamentos de projetos sofre  também  com essa  dependência   do  setor de educação.  

Uma pergunta fica  no ar:   qual a  dificuldade de emancipar  estes  setores  que estão  paralisados   pela  centralização e  dar-lhes   impulso  para  que possam de fato ter   avanços  e  conquistas em todos  os setores? 

Isto posto voltamos ao  inicio da  discussão  quando  falamos  em gestão  estratégica, e  diríamos  que   seria  de fundamental importância   uma  abertura franca para  que de fato tenhamos  uma  gestão participativa, onde a  sociedade (comunidade)  participe  efetivamente  das  discussões  e  colabore nas  definições de prioridades.


A sociedade  pode e  deve  participar  da discussões  dos  problemas  afetos a  todos  sob  pena  de  não  o fazendo ou se omitindo  não  poder  sequer   criticar  as falhas   dos  processos.