Passamos tempos difíceis e eis que chega a hora para decisões importantes, basta ver que os caminhos até trilhados nos mostraram desajustes graves como a queda no setor da indústria da madeira com o desaparecimento de empresas que até pouco mais de 10 anos empregavam boa parcela da força de trabalho, queda na produção da maçã com produtos enfrentando dificuldades e buscando saída e casos de produtores que chegaram a abandonar o cultivo.
Este tipo de entrave causa diferentes tipos de movimentos na população e podem ser definitivos ou temporários.
Na época de safras, a exemplo, período da extração da erva mate um grande contingente da força de trabalho de uma área produtora para outra e da mesma forma no trabalho em pomares de maçã.
Este tipo de movimento ainda tem um problema sério que a falta de condições ideais de trabalho, descanso, alojamentos com refeitórios e sanitários onde o elemento humano pouco ou nada tem, chegando muitas vezes despertar atenção dos fiscais do ministério do trabalho para situações análogas a trabalho escravo.
O êxodo rural que até meados dos anos 70 eram na ordem de 35% hoje tende a se agravar ainda mais por que a produção de madeira e o grande número de serrarias na região era o motivo maior de fixação da população no interior, sendo que pouco dependiam da cidade por que havia casos onde os empresários mantinham, pequenos armazéns, escolas e até mesmo capelas.
Não havendo preocupação com o futuro e esse estágio da economia com uma curva em declínio uma grande parte da população rural deslocou-se para a área urbana causando um desequilíbrio no que tange as condições de moradia, de trabalho, de assistência médica, social e educação. Com uma área urbana desestruturada tornou-se normal o surgimento das primeiras favelas, composta por uma força de trabalho sem qualificação para buscar outras alternativas.
A situação da população agrava-se a cada ano, basta analisarmos dados do IPARDES e IBGE que mostram que em média 10% da população mora em favelas e 12% desta população sobrevive com até um salário mínimo.
No passado, alertávamos para a necessidade buscar-se um levantamento de vazios econômicos e a partir daí estabelecer convênios com SENAI, SENAC e instituições de ensino para preparo de mão de obra. O SENAI e SENAC ai estão, mas com projetos próprios, todavia, prioritariamente o município não tem um projeto exclusivo para qualificação de mão de obra, como por exemplo para a área rural por que o município não perdeu a vocação econômica voltada para a agropecuária, mas a tecnologia avançou e colocou no mercado máquinas e equipamentos que operadores devem ter um preparo mínimo.
Temos agora uma instituição federal de ensino que pode e tem potencial enorme para contribuir com o desenvolvimento não só da Capital da Cultura, mas de toda a região, basta tão somente uma mente aberta e buscar entendimento até hoje relegado ao fundo do baú.
Por outro lado, é necessário uma corrida atrás de caminhos alternativos para o futuro, sob pena de não o fazendo termos o agravamento da concentração de rendas, redução de privilégios espaciais para próximo de 30% da população, empobrecimento real ou relativo de boa parcela desta população com o aumento do índices de cadastros em programas sociais do governo como o bolsa família e ainda o agravamento da renda de uma parte da população entre ela os beneficiários do INSS hoje extremamente comprometidos com empréstimos de longo prazo.
Nesta corrida por caminhos alternativos certamente os administradores públicos devem deveriam pautar suas administrações na busca de resultados, com uma administração profissional, com competência em cada setor, a pessoa certa para o lugar certo ao invés da pessoa errada para o lugar certo.
Na região, as instituições de ensino tem cursos de administração onde se preparam profissionais altamente capacitados, conhecedores de linha de pensamento de Taylor e Fayol, e ainda, A gestão da qualidade total (em língua inglesa "Total Quality Management" ou simplesmente "TQM") consiste numa estratégia de administração orientada a criar consciência da qualidade em todos os processos organizacionais.
Não querendo buscar em IES, bastaria recorrer ao SEBRAE que tem excelentes cursos e consultores para em pouco tempo preparar e repassar conhecimentos e técnicas para evitar que futuros administradores façam voos cegos.
Falando em voos cegos como no Consórcio CIRUSPAR responsavel pela implantação do SAMU, ainda que tenha ocorrido a convocação de parte dos aprovados no concurso permanece a dúvidas quanto a montagem das equipes, treinamentos e instalaçoes adequadas. Enquanto isso nao ocorre as ambulâncias estao paradas.
Ao que parece falta empenho e vontade política em alguns municipios onde sequer existe instalações adequadas destinadas a esse fim.
Nas respostas que obtivemos junto a coordenação de SAMU em Brasilia os equipamentos não utilizados deverão ser devolvidos e o prejuízo será da população.
Interessante lembrar que cada secretaria ou diretoria tem uma missão que deve nortear, dar direção e controle ao trabalho, sendo esta missão ampla o suficiente para basear projetos voltados aos interesses e bem público e para evitar a miopia dos trinta dias e fila de caixa de bancos.