Seguidamente
lembramo-nos da parábola “Como mudar o mundo” e ficamos preocupados se realmente o povo quer mudanças. Na parábola o
filho pequenino dá uma lição
no pai dizendo que para consertar o mundo bastaria consertar o homem.
- Pai, você me pediu para consertar o mundo, não foi?Como estava muito difícil de entender aquelas gravuras, resolvi virar as peças do outro lado e percebi que atrás delas havia partes de uma figura de um homem. Achei mais fácil consertar o homem do que o mundo,quando consertei o homem,virei a figura e tinha consertado o mundo,foi fácil pai.
- Naquele momento o pai entendeu que para consertar o mundo,era preciso consertar o homem.Então,concluiu que para transformar o mundo que está a sua volta,é preciso primeiro transformar-se a si mesmo.E assim ,ele pôde concluir a sua tese.
Pois bem, em tempos de
campanha política ouvimos repetidas vezes
falar em gestão participativa, orçamento participativo e outras coisas mais. Todavia, ao vencer a
luta pelo poder aplicam-se o conceito do “ faça o que eu mando e não faça
o que eu faço”.
Desta forma aparece homens com super poderes, tipo Incrível Hulk empunham a espada em direção ao alto e gritam: Eu tenho a força!
O que eles querem dizer
com isso? Acabou a conversa de orçamento participativo, gestão participativa e
agora as coisas serão como eu quero.
Começa a despertar inveja, ciumes e tentativas de impedir surgimento de novas
lideranças. E se alguém tomar a iniciativa e por em marcha algum projeto o Incrível Hulk diz:
por que não falou comigo? Eu tinha que ver isso, eu tinha que saber isso
antes.
Não bastasse estas atitudes
ainda é possível que o Incrível Hulk manipule as
coisas de modo a tirar de seu caminho
essas novas lideranças que estão surgindo como se fossem
ameaças e mesmo que ele já tenha os dias contados ou saiba que não será eterno.
Digo isto por que
atuando desde 1991, com reciclagem e
especialização em gestão estratégica municipal até hoje eu nunca vi tantas
aberrações com temos por aqui no
que diz respeito a sufocar novas lideranças. Sufoca-se novas lideranças nos partidos, na câmara, nos departamentos tudo em nome do Eu Centralizador, ou aqui quem pode aparecer é só Eu.
Na maioria das vezes o centralizador não sabe tudo, mas tem intenção de carregar o piano sozinho ou navegar em águas desconhecidas com os pés em dois ou três barcos ao mesmo até cair nas águas.
Na maioria das vezes o centralizador não sabe tudo, mas tem intenção de carregar o piano sozinho ou navegar em águas desconhecidas com os pés em dois ou três barcos ao mesmo até cair nas águas.
Vamos a casos práticos:
Por que não existe um setor
próprio e autônomo para tratar de
esportes? Esporte não é prioridade? Não seria o esporte uma das alternativas para afastar as crianças, jovens e adolescentes das drogas?
A grande questão é: se
um diretor de esporte precisar desenvolver um projeto na sua área ele terá
autonomia ou deve sempre pedir autorização para outro setor ou chefe?
Se no caso ele conseguir
em nível de estado ou governo federal verbas a quem ele deve se dirigir e pedir
para dar andamento aos projetos?
Outro exemplo, se no
Turismo a pessoa é capacitada, tem vontade de desenvolver excelentes projetos e
buscar apoio em instituições públicas ou privadas quais as chances de seu trabalho
prosperar sem reprimendas, retaliações ou perseguições ou ainda ser substituído
por outra pessoa? Será que valeria a
pena estas tentativas de supressão de valores veladas?
Assim o Esporte e o
Turismo são extremante importante para o bom andamento de uma administração pública
de resultados, como promoção de grandes eventos buscando apoio das Secretarias
Estaduais de Turismo ou no Ministério de Esportes e ainda o Turismo que tem um potencial
enorme a ser explorado e até agora, nada foi feito apesar muitos já terem passado
por este setor.
Resta saber até que
ponto existe interesse que os dois setores se desenvolvam sem ficar debaixo das
asas de setores onde por força de circunstâncias ocorre centralização de
decisões e só se delegam pepinos.
Pelo estado de conservação das placas o visitante pode imaginar a quantos anos a área está abandonada |
É urgente a aquisição e locação de uma nova
área e trabalhar toda a infra-estrutura se é que realmente teremos incentivo para instalações de novas
empresas e apoio as que já estão funcionando, a
exemplo de Móveis Fernando e
Cedro do Líbano que estão com capacidade produção estranguladas por falta
de espaço físico. Importante lembra que
nenhum deles, nem pediu para falamos algo a
respeito.
Digo isso por que ouvimos muito falar em incubadoras empresariais e nada de concreto foi realizado. Há de se convir que este setor é um dos exige uma dedicação mais efetiva
de seus diretores sem esta
idéia de espalhar tudo e não concluir.
Neste caso, ao se
implantar uma área industrial decente com toda a
infra-estrutura certamente o resultado
será amplamente positivo com a implantação de novas a empresas.
Como no resumo da
parábola acima, extremamente difícil mudar a mentalidade humana e, por
conseguinte quem perde com isso é o município que continua nesta rota da
multiplicação da miséria e ignorância e não alcança a emancipação da população carente. População
carente e sem formação só interessa para
políticos mal intencionados.
Por outro lado, é
possível vermos este tipo de situação por conta de que muitas pessoas
gostam de usar outros como
bengalas ou como suportes para se
sustentar, parecem que o brilho dos
outros ofusca o seu.
Quando aquelas pessoas que
tem iniciativa e vontade de trabalhar terão apoio suficiente para desenvolve seus projetos?
O que falamos aqui não
é nenhuma novidade, basta ver a mais de 500 anos Maquiavel descreveu na obra o
Príncipe, de maneira preciosa estas dificuldades.
“Não há algo mais difícil, nem de êxito duvidoso ou
perigoso, do que iniciar-se uma nova ordem de coisas, por que o reformador tem
inimigos em todos aqueles a quem a ordem antiga beneficiava e somente tímidos
defensores naqueles que poderão tirar proveito da nova ordem”.
“Esta fraqueza nasce parcialmente do medo dos
adversários parcialmente da incredulidade dos homens que não acreditam
verdadeiramente em algo novo senão depois de uma firme experiência”.
Maquiavel (1469 – 1527)
Sonhamos tanto em
termos uma administração pública eficiente e sem rateios da capitania hereditária
entre parentes ou para melhor entendimento, livre da maldição do nepotismo
escancarado e vergonhoso, onde o chefe
coloca os seus parentes para maltratar o contribuinte pela falta de preparo, soberba,
arrogância e prepotência.
Um fato nos chama
a atenção, se no ano de 2012 houve concurso, homologado o resultado e classificação
dos aprovados qual a razão para contratação de comissionados
contrariando o principio constitucional.
A
Constituição Federal e as demais Cartas Constitucionais dos Estados, bem como
as Leis Orgânicas dos Municípios brasileiros, expressam em textos cristalinos
que, o acesso ao Serviço Público dar-se-á através de concurso de provas e de
títulos e as nomeações por ordem de classificação.