sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O município que temos e o município que sonhamos



Ao pensar  no  que tratarmos neste  artigo vieram  a nossa  memória algumas idéias, alguns problemas  já passados e alguns problemas  recentes.

É impossível acreditar  que alguém em sã consciência  aposte no  fracasso de uma administração  como se de alguma  forma isto trouxesse resultado benéfico  coletivo. Ao agir e pensar  assim o individuo mostra que não  passa de um  desvairado ou desequilibrado  a  ponto de preferir  que o negativo interfira e  redunde em prejuízos para trombetear aos  quatro cantos  amaldiçoando uma  gestão.

O que certa e urgentemente precisamos é romper com o atraso, com a reprodução da  miséria e ignorância e buscar um cenário de crescimento via integração competitiva e modernidade que possibilite alternativas e conseqüências. Isto  certamente nos levará em busca de um desenho novo  voltado para  tecnologia de ponta, novas plantas industriais com avanço e modernização  aproveitando o potencial que hoje  o  IFPR  e outras  instituições oferecem.   Bom lembrar que  além do Curso de Engenharia do IFPR  temos  também laboratórios que poderiam  ser melhores  empregados se assim interessar ao administrador público.  Não  conhecemos  nenhuma  IES que seja  voltada  tão somente  para o público interno.

Afora esse  potencial  temos  ainda uma  unidade do exército que nunca foi  consultada  para ver a possibilidade  de contribuir para o desenvolvimento do município, pelo  contrario privilegia-se e  faz-se  camaradagens contratando e  terceirizando   serviços. E pelo sabemos o EB  tem um programa de ACISO (Ação Cívico e Social) que já foi  colocado em prática em diversos pontos  do Brasil.

Vamos a um caso em específico que a Companhia de Engenharia poderia trabalhar e  resolver  a  lagoa da Hípica  que precisa de limpeza e tratamento e a preparação ou construção de para um parque ambiental.

E ainda, precisamos dar uma maior atenção a economia informal ou alternativa, incentivando, treinando, reciclando para alcançarmos melhores resultados.  Pouco se tem feito em termos de treinamento de mão de obra e isto podemos ver na construção civil onde ouve um avanço significativo  nos últimos três anos e a dificuldade maior  é encontrar recursos humanos capacitados.   

Já abordamos em outras  oportunidades   a necessidade de rompimento com  o cenário anterior, da mentira, da enganação, do paternalismo, do populismo  antagônico  e ao invés de promover-se pequenas  doações com ranço de caridade, dar  melhores condições de vida,  de renda  para a população.

Uma pergunta deve ser feita. Até que ponto é benéfico fazer doações?  De que adianta uma vez por mês reunir uma parcela da população em volta de um caminhão e distribuir sacos  de alimentos. Essa  fatia da população nunca será emancipada?  Nunca será liberta?

Quem assim age distribuindo caridades como se fosse a solução dos problemas da população está contribuindo muito fortemente para a permanência deste estado pernicioso de reprodução da miséria.  Sem avanços nesta área criam-se privilégios espaciais para uma parcela da população e empobrecimento real ou relativo dos outros aproximadamente trinta por cento.  

Se não existe uma melhoria distribuição de renda por conta destas caridades, nunca teremos o crescimento econômico, considerando que uma  população sem poder aquisitivo não  tem poder de consumo.

Desta forma resta rompimento ou substituição do cenário anterior do paternalismo, populismo por um cenário da modernização estratégica com a implantação de uma ou mais áreas industriais de diferentes segmentos com indústria de ponta seletiva em função da capacitação tecnológica com apoio de IFPR, basta tão somente buscar  convênios com a IES e  com outras  instituições como SENAC e  SENAI.

De fundamental importância discutir-se a recuperação da terra, a diversificação da atividade agrícola, produtividade no campo e industrialização da agropecuária.

O que temos hoje é um quadro um tanto critico de má distribuição de renda que não permite o fortalecimento do mercado, não oferece novas oportunidades de empregos com novas perspectivas, falta da segurança para as pessoas alheias ao  mercado de trabalho e sem perspectivas de diminuição dos privilégios e eliminação da marginalidade e também com relação a melhoria da qualidade de vida.

O que prevalece é a postura de resistência e boicotes, acirramentos dos conflitos e revoltas e difícil, porém não impossível uma nova reposição, aceitando os resultados das urnas, assumindo nova estratégia de negociação e pressão em termos de se buscar nova mentalidade urbana, tamanho da cidade e condições de vida.

Por outro lado, é preciso uma carga de trabalho mais intensa por parte dos Conselhos Setoriais com uma efetiva  metodologia participativa, organização e nova articulação das lideranças e instituições estratégicas.

 “ Não há algo mais difícil, nem de êxito duvidoso ou perigoso, do que iniciar-se uma nova ordem de coisas, por que o reformador tem inimigos em todos aqueles a quem a ordem antiga beneficiava e  somente tímidos defensores naqueles que poderão tirar proveito da nova ordem”.
“Esta fraqueza nasce parcialmente do medo dos adversários parcialmente da incredulidade dos homens que não acreditam verdadeiramente em algo novo senão depois de uma firme experiência”.          Maquiavel (1469 – 1527)

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