Muito embora não haja concordância de uma boa parte de empresários ou administradores nas questões relacionadas ao meio ambiente colocamos aqui alguns pontos para serem analisados, debatidos e quem sabe se chegue a um bom termo sem causar prejuízos para ambos os lados.
O Lajeado da Cidade que nasce além da BR 280, passa pelas Serrarias Campos de Palmas e no centro encontra com o riacho que nasce nas proximidades do estádio dos Veteranos e desce pelo Parque da Gruta. Todo esse percurso ele está prejudicado pelo desaguamento de esgoto domestico.
Lembro-me de meus tempos de criança ou adolescência quando morava em Ponta Grossa nos Campos Gerais e costumávamos passar finais de semana pescando e nadando no Rio Pitangui.
Confiram no link abaixo uma parceria altamente significativa entre a UEPG e o Lions Club com o Projeto de Revitalização do Rio Pitangui.
Com apoio financeiro de SYNGENTA outros parceiros juntaram-se ao projeto como a COPEL, SANEPAR, Força Verde, Corpo de Bombeiros, IAP, 13° BIB-EB e outros.
“O Rio Pitangui está morrendo, se unirmos nossas forças poderemos salvá-lo! Conheça-o e entre nesta luta!
Exposição mostra resultados da poluição no rio Pitangui
Pesquisadora aponta degradação do Pitangui
No caso específico de Palmas como se trabalhar as situações de fundos de vales onde passam riachos ou tem as chamadas vertentes ou nascentes. É possível se preservar as nascentes e as correntes de água? Sim! É possível desde que se empregue projetos bem delineados e se permita a vazão.
Lamentavelmente a ganância avançou sobre aquilo que hoje chamam de área de preservação e lugares com inclinações até trinta graus, nas margens do rio as lavouras foram surgindo e construções aconteceram.
Hoje, o Rio Pitangui que era limpo e fértil em termos de produção de peixes e abastece a cidade com água estava com um processo assoreamento e poluição, controlado em virtude do projeto acima e com um afluente o Rio Verde também comprometido por causa de conjuntos habitacionais nas vizinhanças.
Ao aterrar um fundo de vale estamos simplesmente decretando a morte de rios visto que é ali estão as pequenas vertentes onde nascem os mesmos.
Algumas mentes brilhantes do ponto de vista puramente de interesse econômico pensam em aterrar fundos de vales e transformá-los em loteamentos para a exploração imobiliária. Ainda temos o problema de empresas no perímetro urbano que possuem tanques de decantação e lançam as águas em pequenos córregos ou no solo com o risco de uma possível contaminação do lençol freático.
Outros nem tanto, mas aproveitando o momento político da tal corrida atrás de votos sinalizam com mais uma obra dita de interesse social e partem para aterramento de áreas onde possivelmente possam ser construídas escolas, creches e centros sociais.
Não estamos fazendo imposições ou querendo demarcar limites conforme legislação até por que Palmas tem um Plano Diretor e temos uma legislação ambiental federal que dita regras sobre esse tema.
Desta forma citamos, o fundo de vale existente no bairro Divino, com as águas contaminadas por não existir rede de esgoto tratado nas partes altas e na parte aterrada poderia ter ali um Parque Ambiental com lago e pista de caminhada, com quiosques para lazer e quem sabe até mesmo para comércio. Basta tão somente uma visão empreendedora por parte dos proprietários da área e do administrador público.
Neste mesmo local a visão de empreendimento poderia se desenvolver projeto de loteamento sem prejudicar o meio ambiente, como por exemplo um condomínio onde as construções sejam afastadas 50 m do leito do riacho.
Ainda assim seria necessário que se fizesse um estudo para possivelmente para ver a possibilidade de se construir drenagem tipo espinha de peixe para evitar a morte das pequenas vertentes ou nascentes.
Atrevemos-nos a dar algumas sugestões que podem e devem ser mais bem estudadas pelos setores competentes a respeito de fundos de vales, como o São José, Divino, Lagoão em três pontos, a saber: Campinho, Hípica e na Rua Bituruna.
1. São José os casos de alagamentos já ocorridos deixaram lições amargas para os moradores e a solução ainda não aconteceu por falta de recursos? Qual a dificuldade de se construir uma galeria 6m² (2x3) na avenida em frente ao Chico Puton e Colégio HBC?
2. No Divino os três interessados, proprietários e terrenos na área poderiam de comum acordo com o setor publico desenvolver um projeto de Parque Ambiental, para implantar ali uma pista de 400m, para caminhadas em forma oval com quiosques, arborização e aproveitando para fazer ali um piscinão (termo bastante usado em cheias) para controlar a vazão.
3. Lagoão na área entre a Hípica e o conjunto habitacional a lagoa ali existente está prejudicada e pode ser um foco de infecções para as crianças que ali se banham no calor. Neste local também pode ser implantada uma pista de caminhada, arborização e quiosques.
Não seriam os primeiros projetos de Parques Ambientais a serem implantados na região ou no estado. Para isso basta tão somente uma coisa chamada vontade política.
A exemplo das parcerias firmadas em Ponta Grossa onde a UEPG e o Lions lideraram os passos iniciais, com adesão de outras instituições, aqui poderia ocorrer uma parceria do IFPR que possui laboratórios, O IAP através da Estação Experimental inclusive por que dentro própria área eles tem um problema de contaminação de águas de tanques por esgotos provenientes das moradias vizinhas. Aliás, nas duas margens do Aeroporto Municipal a falta de rede apresenta problemas sérios de águas de esgotos despejadas a céu aberto. No Lagoão temos dois casos de águas que passam por tanques decantadores e são lançadas em pequenos córregos.
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