domingo, 6 de maio de 2012

A economia, ecologia e meio ambiente.

Muito embora não haja concordância de uma boa parte de empresários ou administradores nas questões relacionadas ao meio ambiente colocamos aqui alguns pontos para serem analisados, debatidos e quem  sabe se chegue a um bom termo sem causar prejuízos  para ambos os lados. 
O Lajeado da Cidade que nasce além da BR 280, passa pelas Serrarias Campos de Palmas e no  centro encontra com o riacho que nasce nas proximidades do estádio dos Veteranos e desce pelo Parque  da Gruta. Todo esse percurso ele  está prejudicado pelo desaguamento de esgoto domestico.
Lembro-me de meus tempos de criança ou adolescência quando morava em Ponta Grossa nos Campos  Gerais  e  costumávamos passar finais de semana pescando e nadando no Rio Pitangui.
Confiram  no  link  abaixo uma  parceria altamente  significativa entre a UEPG e o Lions Club  com o Projeto de Revitalização do Rio Pitangui. 
Com apoio financeiro de SYNGENTA outros parceiros  juntaram-se ao projeto  como a  COPEL, SANEPAR, Força Verde, Corpo de Bombeiros, IAP, 13° BIB-EB e outros.
“O Rio Pitangui está morrendo, se unirmos nossas  forças poderemos salvá-lo! Conheça-o e  entre nesta  luta!
Exposição mostra resultados da poluição no rio Pitangui
Pesquisadora aponta degradação do Pitangui
No caso específico de Palmas como se trabalhar as  situações de fundos de vales onde passam   riachos  ou tem as chamadas  vertentes  ou nascentes. É possível se preservar as nascentes e as  correntes de água? Sim! É possível  desde  que se empregue projetos bem delineados e se permita a vazão. 
Lamentavelmente a ganância avançou sobre aquilo que hoje chamam de área de preservação  e lugares com inclinações até  trinta graus, nas margens do rio as lavouras  foram  surgindo e  construções aconteceram.
Hoje, o Rio Pitangui que era limpo e fértil em termos de produção de peixes  e  abastece a  cidade com água estava com um processo assoreamento e poluição, controlado em virtude do projeto acima e com um  afluente o Rio Verde também comprometido por causa  de conjuntos habitacionais nas vizinhanças.
Ao aterrar um fundo de vale  estamos simplesmente  decretando a morte de   rios  visto que é ali estão as pequenas vertentes onde nascem os mesmos.
Algumas mentes brilhantes do ponto de vista puramente de interesse econômico pensam em aterrar fundos de vales e transformá-los em loteamentos para a exploração imobiliária.  Ainda temos o problema  de empresas no  perímetro  urbano  que possuem tanques de decantação e lançam as águas em pequenos córregos ou no  solo com o  risco de uma possível  contaminação do lençol freático.
Outros nem tanto, mas aproveitando o momento político da tal corrida atrás de votos sinalizam com mais uma obra dita de interesse social e partem para aterramento de áreas  onde possivelmente  possam   ser construídas  escolas, creches e centros sociais.
Não estamos fazendo imposições ou querendo demarcar limites conforme legislação até por que Palmas tem um Plano Diretor e temos uma legislação ambiental federal que dita regras sobre esse tema.
Desta forma citamos, o fundo de vale existente no bairro Divino, com as águas contaminadas por não existir rede de esgoto  tratado nas partes altas e na parte aterrada poderia ter ali um Parque Ambiental com  lago e  pista de caminhada, com quiosques para lazer e quem  sabe até mesmo  para comércio. Basta tão somente uma visão empreendedora por parte dos proprietários da área e do administrador público.
Neste mesmo local a visão de empreendimento poderia se desenvolver projeto de loteamento sem prejudicar o  meio ambiente, como por exemplo  um  condomínio onde as  construções   sejam afastadas  50 m do leito do riacho.
Ainda assim seria  necessário que se fizesse  um estudo para possivelmente  para  ver a possibilidade de se construir   drenagem tipo espinha de peixe  para evitar a morte das pequenas vertentes  ou nascentes.
Atrevemos-nos a dar algumas sugestões que podem e devem ser mais bem estudadas pelos setores competentes a respeito de fundos de vales, como o São José, Divino, Lagoão em três pontos, a saber: Campinho, Hípica e na Rua Bituruna.
1.   São José os casos de alagamentos  já ocorridos  deixaram lições amargas  para os moradores e a  solução ainda não aconteceu  por falta  de recursos?  Qual a  dificuldade  de se construir uma  galeria 6m² (2x3) na avenida em frente ao Chico Puton  e  Colégio HBC?
2.   No Divino os três interessados, proprietários  e terrenos na área poderiam de comum  acordo com o setor  publico  desenvolver um projeto de Parque Ambiental, para implantar  ali  uma  pista de 400m, para caminhadas em forma oval com  quiosques, arborização  e aproveitando para fazer ali  um  piscinão (termo  bastante usado em cheias) para controlar a  vazão.  
3.   Lagoão na área  entre  a  Hípica e o  conjunto  habitacional  a  lagoa  ali  existente está  prejudicada  e pode ser  um  foco de infecções para as crianças que ali se banham  no  calor.   Neste local  também  pode ser implantada  uma  pista de caminhada, arborização e  quiosques.
Não seriam os primeiros projetos de Parques Ambientais a serem implantados na região ou no estado. Para isso basta tão somente uma coisa chamada vontade política.
A exemplo das parcerias firmadas em Ponta Grossa onde a UEPG e o Lions  lideraram os passos  iniciais, com adesão de outras instituições, aqui poderia  ocorrer uma  parceria do IFPR  que possui  laboratórios, O IAP através da Estação Experimental inclusive por que dentro própria área  eles  tem um problema de contaminação de águas  de tanques por esgotos provenientes das moradias vizinhas. Aliás, nas duas margens do Aeroporto Municipal a falta de rede apresenta problemas sérios de águas de esgotos despejadas  a  céu aberto.  No Lagoão temos dois casos  de águas que passam  por tanques decantadores  e são lançadas em pequenos córregos.

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