A maldição da corrupção está no DNA daqueles que pensam ou estão no congresso
Em 21 de abril de 1960 aconteceu a
inauguração da capital federal
com a mudança da sede de governo do Rio
para Brasília. Era a realização de
uma grande ideia sobre a qual assentou
a maior parte das esperanças de um novo
modelo de gestão, com uma nova política econômica, social no
Brasil. Brasília foi concebida para
que houvesse centralização do
poder e em consequência maior segurança. Por Brasília tudo
foi entregue e ninguém negou nada,
muitos deram o próprio sangue.
E agora o que esperar de Brasília?
Que continuem a tirar o sangue do
povo para que congressistas corruptos se locupletem?
Neste período inauguramos um novo
modelo de desvios de verbas e superfaturamento
em materiais de construções e percebia-se isso com facilidade por que acontecia uma prática nociva onde
um caminhão com
uma carga entrava num
canteiro de obras, o conferente
registrava a entrada e esse
caminhão saída por outro
portão e voltava a entrar
repetindo essa operação várias vezes.
Mudou-se a sede do governo e junto foram as ratazanas
que lá se multiplicaram e
transformaram a Bela Cap num feudo
ou numa capitânia hereditária. É lá
que se decide não dar salário justo
para trabalhadores ou reajuste digno para aposentados.
Hoje temos ratazanas descendentes das capitânias de Alagoas, Maranhão, Pernambuco, Amazonas,
Minas Gerais, São Paulo, e demais
estados da federação.
Para conferir como sugestão eu
diria para o leitor: apanhe um queijo, leva aos fundos do quintal e observe em quanto tempo os ratões chegarão até ao queijo.
Depois que o primeiro rato chegar
vem o bando e aquele queijo não sobra,
somente as fezes dos ratos. Assim
também em Brasília, eles chegam roem
tudo que podem e ainda ensinam
os filhotes.
O amigo leitor sabe por que o rato vive roendo? É para os dentes não crescerem e permanecerem num tamanho
regular, pois se os dentes
crescerem demais eles atravessarão a cabeça e o rato morre. Desta forma os
ratos têm a necessidade de roer, para gastar os dentes que crescem
incessantemente.
Assim é o político corrupto, se parar de roer
ele mais cedo ou mais
tarde ficará doente e morrerá.
Nos anos 60 aconteceram
algumas coisas até
certo ponto surpreendente
como a campanha “Ouro para o Brasil”
onde o exército brasileiro
colocava fuzis ensarilhados nas praças com um
capacete de aço onde o povo feliz fazia mais uma demonstração de amor
pela pátria, chorava ao ouvir o Hino Nacional
e depositava ouro, como alianças, anéis, dentes de ouros,
fivelas de ouro, etc.
Uma crise que
teve origem na construção de Brasília
quando na falta de moeda
girava-se a máquina de fazer
dinheiro e inundava-se o mercado. Resultado
dessa política foi entre o final de janeiro de 1961 e 31 de
março de 1964, o Brasil viveu um período de singular turbulência política,
assistiu a única experiência parlamentarista da era republicana, teve três
presidentes, cinco chefes de governo e seis ministros da Fazenda.
“A rotação no comando da política econômica contribuiu para a perda
progressiva do controle sobre a inflação e outras variáveis macroeconômicas.
Nesse contexto, a subdivisão do capítulo segue a sequencia de desenvolvimentos
políticos que marcou o período: a breve tentativa
de estabilização ortodoxa sob Quadros, as políticas econômicas do período parlamentarista,
e a fase presidencialista do governo Goulart, marcada pela implementação tentativa
do Plano Trienal. A última seção inclui uma discussão sobre as origens da desaceleração de 1963-1964 bem como uma
avaliação mais ampla das políticas do período em questão”.
Em 1964 uma crise política alicerçada por uma inflação devastadora,
contribuiu para a eclosão de um golpe de estado que levou o Exército a comandar
o país na figura do Marechal Humberto de Castelo Branco. Os cofres públicos
estavam vazios e o Brasil sem reservas cambiais que pudessem conter a alta
exorbitante do dólar.
Diante do quadro desolador, os Diários e Emissoras Associados - grupo
empresarial de mídia comandado por Assis Chateaubriand, popularizado como
“Chateau” na obra monumental do escritor Fernando Moraes - buscando quem sabe,
aproximação com os novos governantes, lança uma campanha na qual os brasileiros
doariam suas joias em ouro recebendo em troca alianças de latão e um diploma
com os dizeres: “Dei ouro para o bem do Brasil”.
Observe-se que ninguém me contou essa história,
nesta época eu já estava nos
banco escolares do Colégio Estadual General Osório na
Princesa dos Campos, onde aprendi princípios de cidadania até
hoje lembrados e preservados.
Ali eu já ouvia a conversa fiada de políticos safados que
diziam em seus discursos: Temos
que lutar por uma pátria livre para
nossos jovens e crianças , por eles
são o futuro do Brasil.
Passaram-se 53 anos e os
discursos ainda são os mesmos, não mudaram nem a virgula, o Brasil
e “viaver” (leia-se viável), o Brasil é um país do futuro e vai por ai.
Nenhum comentário:
Postar um comentário