segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Conselhos populares, risco de poder paralelo ou papagaios de pirata


Severamente criticada  por parlamentares e juristas e até mesmo questionada por Michel  Temmer vice-presidente da República, o  Decreto  2 843 que estabelece a Política Nacional de Participação Social,  foi imposto  goela abaixo por Dilma Rousseff,  e enfrentando estas criticas parece  ter prazo  de vida útil  ameaçado.
São insistentes os ataques à proposição do  decreto  e  partem das oposições e de juristas, que procuram mostrar  uma tentativa do governo petista de implantar um novo regime no País, passando por  sobre o Congresso  Nacional,  rasgando  a Constituição  Federal,  sendo defendida com vigor pela presidente Dilma Rousseff, a recém-nascida Política Nacional de Participação Social, instituída via decreto 8.243, chega à sua segunda semana de vida ameaçada de não vingar.  

Quando dizemos que a  constituição  foi rasgada  o fazemos  para  lembrar que para se elaborar a Constituição   Federal de 5 de outubro de 1998   foram  convocadas   eleições para a uma Assembléia  Nacional  Constituinte, não sendo portanto  decisão de uma   só pessoa  e  uma só  canetada.

Outra  coisa importante a  ser  lembrada é que  todo  o  texto da   CF 1988 contempla   “Clausulas  Pétreas”  e  assim sendo  não  é por  um  simples  decreto do   executivo  que se pode  alterar   a  vida   do país,   e,  em havendo necessidade  de reformular algo que possa   atingir estas  clausulas   há  que se convocar novas  eleições para uma   Assembléia  Nacional  Constituinte  e quem  pode  e deve  cumprir  seu papel  neste  caso  é o Congresso Nacional.   Qualquer   coisa   fora   desses  passos s é puro  golpe de estado.

Por  outro  lado o então fisiologista presidente da Câmara, deputado Henrique Alves (PMDB-RN), solicita que o governo altere texto  do  decreto n.  8.243 para projeto de lei a ser debatido pelos parlamentares. Um bloco de dez partidos luta para derrubar o decreto no Supremo Tribunal Federal. A Ordem dos Advogados do Brasil também avalia contestá-lo nos tribunais. Aliados do Planalto silenciam e o próprio vice-presidente da República, Michel Temer, lança dúvidas sobre a maneira monocrática como a medida foi instituída.  Quando  dizemos que o presidente  da Câmara   é fisiologista  o  fazemos não  só por isso  mas também por que ele é oportunista,  está  na disputa  pelo governo de seu estado  para transformá-la  numa  capitania  hereditária, visto  que lá  muito  membros da família está  também na   disputa  por uma  fatia   do estado.
Divulgado no dia 26 de maio, o decreto se propõe, em seus 22 artigos, a instituir um complexo sistema de consultas no qual a “sociedade civil” tem papel central. São criados conselhos, comissões, conferências, ouvidorias, mesas de debate e fóruns, além de audiências e consultas públicas. Essas instâncias ajudariam na elaboração de políticas públicas e atuariam como fiscais, sob o argumento de “consolidar a participação social como método de governo”. Por fim, o decreto encarrega a Secretaria-Geral da Presidência de dar “suporte técnico e administrativo” ao sistema.
Pois bem!   Aqui começa os  nossos questionamentos,  até  que ponto  este  decreto  traria  benefícios para a população brasileira  e  o governo  afirma que  um  sistema  complexo de consultas para a sociedade civil   tem papel  central.    A nosso ver o governo impõe  além de  uma medida  ditatorial  uma    espécie  de Teoria  do Médico  Veterinário e o Touro”.
Explica-se: Um produtor rural tem uma  vaca  no  período fértil,  preocupado  ele   procura  o veterinário e o pede  para  fazer   inseminação artificial.   O técnico  faz o trabalho corretamente  e  o produtor  rural ainda não confiante resolve  levar  a  vaca  até  o curra para  um  touro  fazer a  cobertura.
Com o governo federal não  é muito diferente  e aproveitando que  o Congresso Nacional foi   transformado num  balcão  de negócios  onde congressistas buscam   tirar  vantagens das emendas  de orçamento e  com  loteamentos  de cargos em todos os setores,  com  um  faro de  hiena,   articula a  implantação  de um novo  regime de  governo  para neutralizar de vez  os  parlamentares.
O  governo federal simplesmente  omite a  verdade  e quais os reais motivos  de sua pretensão  quando  diz que via implantar um complexo sistema de  consultas no qual a “sociedade civil” tem papel central.
Uma pergunta  inicial:    este  sistema  não   exatamente o que não funciona hoje? Por exemplo, pretende-se alterar  uma lei de uso do solo e zoneamento e convocam-se as ditas audiências e consultas públicas.   A “sociedade civil” é convocada  as  pressas  e as pretensas alterações são debatidas e a “sociedade civil” simplesmente  é ignorada  prevalecendo a vontade particular  de um  especulador  imobiliário.
No caso do setor da cultura vemos  mais  aberrações,  visto que na maioria dos  municípios   inexistem e quando  existem no  papel são completamente  inoperantes,  sequer  sabem  como encaminhar  um projeto  com pedido de  recursos  se valendo  da Lei  Rouanet,   e  quem  tira  proveito  disso  e  neta de  Luiz Inácio  Lula  da Silva.  Enquanto  as  pessoas  envolvidas   com  este  importante setor não encaminham   projetos   os   donatários  da   capitania   hereditária  seguem se locupletando com   verbas  públicas.

Ainda os privilégios da Família Lula da Silva, a nova aristocracia brasileira, e os bocós que não sabem distinguir questão pública de vida privada

Há dezenas, centenas talvez, de protestos porque, com a festa dos 15 anos de Bia Lula, a neta do “Cara”, atriz — amadora, segundo se sabe — cujo grupo de  teatro conquistou o direito de captar R$ 300 mil pela Lei Rouanet. A Oi, a quem Lula prestou tão relevantes serviços, e a empresa sempre lhe soube ser grata, já se apresentou. A mamata foi garantida pelo Ministério da Cultura, cuja titular era Ana de Hollanda. É a velha aristocracia de esquerda garantindo benefícios à nova.
Muito bem! O apreço da agora ministra da cultura pela moda, no entanto, é mesmo inquebrantável. Acabo de ler na VEJA desta semana que o estilista Pedro Lourenço poderá captar até R$ 2,8 milhões por intermédio da Lei Rouanet para participar da Semana de Moda em Paris.
Como? Sim, sim, moda também é cultura e coisa e tal. Mas faz sentido a Lei Rouanet financiar um estilista? A  revisa VEJA fez uma entrevista com o rapaz. Leiam trechos, com comentários.
VEJA – Por que você resolveu desfilar com dinheiro da Lei Rouanet?
LOURENÇO – É o começo de uma nova percepção do governo. Tem muita empresa quebrando no Brasil. Se o Cristian Lacroix quebrasse, teria um superincentivo na França. Ele é o que Clô Orozco (morta em março) era aqui. Quando ela quebrou, ninguém olhou.
Para   podermos  criticar  esse  malfadado Decreto  8.243 façamos uma  reflexão caseira,  domestica, isso  mesmo.   O   governo do estado estava inadimplente  com fornecedores de  combustíveis  e  as  viatura das  policias   estavam  parando   nas ruas e  nos pátios  de quartéis.  E os Conselhos   Municipais de   Segurança se  reuniram  debatiam e qual  era o resultado?   Nada que pudesse sensibilizar o   governo   do estado  para a  gravidade  do  problema.
Ano  passado aconteceu em Guarapuava  a  Conferência Estadual da  Cultura,  e quantos  municípios   mandaram  suas  representações para  levar  as suas propostas  nas diferentes câmaras  de debates?   Por ai podemos ver que esta  falácia de  que  os  conselhos  serão  ouvidos, que a  sociedade  civil será  ouvida, podem  até  serem ouvidos   mas  a última   palavra será do  ditador  de  plantão, como a  exemplo de  Fidel  Castro  que  fazia  o que bem entendia a até  que entrou  numa  rotina de   doenças  que  não  contam a  verdade e  passou  o  bastão  para o irmão Raul.    
Em Gestão Estratégica  Municipal  são   inúmeros   conselhos   que fazem  parte deste   contexto, todavia,  poucos  ou nenhum   funciona.   Quando se convoca entidades  para  participar  de um  conselho eles simplesmente  se  omitem e  sequer participam  de  reuniões ou   audiências pública e  ai  que o mau   gestor  aposta  todas  suas  fichas, na  falta de participação,  na  omissão  de quem  poderia   ser beneficiado.   E  deste   forma,  conselhos  todos  que tem  relevantes  importância  morrem  no ovo, sem sequer   quebrar  a casca.   Ou se estivermos   errado por  favor  apontem  onde erramos.   Em  que  lugar  deste   pais que  os Conselhos  Municipais ou  Estaduais de Meio Ambiente   funciona?  E  os  conselhos de educação?  De esportes? 
É  portanto ancorado nesta  bagunça que a  presidente   Dilma empurrou  goela  abaixo  este  famigerado Decreto  8.243  que  enterra  de vez  o  Congresso Nacional   na  sua  atual   insignificância,  sem precisar decretar  um  novo AI 5.  Cometemos  exagero em dizer que o   congresso  é insignificante?  Não!  Basta  ver a   brincadeira que o executivo faz   com a  CPI da Petrobrás,   basta  ver o  que  aconteceu na caso  do mensalão,  primeiro rifaram  um  amontoados de  cargos   entre   parlamentares, entre  ministros  do STF  e depois  vem a  pressão,  se cuida  que demitimos  seus  amigos e  filhos.   Ou alguém  ainda   tem  duvidas disso?
Marianna Fux, 32, filha do ministro do STF Luiz Fux, é, para o governador do Rio, Sérgio Cabral, "respeitada e brilhante". Para Ophir Cavalcante, ex-presidente da OAB, o currículo de Letícia Mello, filha do ministro do STF Marco Aurélio de Mello, "impressiona". Luis Roberto Barroso, o mais novo ministro do STF, exaltou as qualidades da mesma em carta enviada a desembargadores do TRF da 2ª Região. A despeito de inexperientes, tendo poucos anos de advocacia, as duas são as mais cotadas para o preenchimento de vagas para o cargo de desembargador, no Rio de Janeiro, que inclui salário de mais de R$25.000,00 e regalias como gabinete de assessores, carro oficial, entre outros.
Agora  dá para  perceber por que os mensaleiros  não ficaram presos  como   os pobres,  pretos e  prostitutas?
E  para encerrar  não poderíamos demonstras  a  nossa  preocupãp   sobre como será aescolha dos integrantes da sociedade civil que vão participar. Estão aptos “cidadãos”, ou seja, qualquer pessoa, “coletivos”, grupos organizados nos quais se incluem centros de pesquisa, e “movimentos sociais” – os sem-terra, sem teto, pelo passe livre, etc.
Além  de ser anti constitucional, eivado  de vícios ele desperta insegurança. “Trata-se de um decreto autoritário. Todas as descritivas parecem ser democráticas, mas plano   demonstra que todas e  quaisquer proposta  serão levadas à apreciação  de uma  panelinha arbítrio da cúpula a participação social em assuntos administrativos”.,     e denota que  esta  participação da sociedade  civil  já  vem com uma chapa branca, que fale tipo   papagaio de  pirata por meio de instâncias sob controle oficial”.




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