O Brasil é campeão em postulados ou teses muitas vezes conflitantes ao ponto de discutirmos a privatização do prazer
e a socialização dos custos
ou prejuízos. O eleitor também
tem parte da
responsabilidade da destruição
dos sonhos do ser humano na medida em que deposita seu voto
de confiança em um
candidato que defende simplesmente a liberação
da maconha para uso recreativo.
Teriam esses eleitores refletidos sobre
o danos à saúde e ao ser humano. Teriam pensado que se abririam precedentes para
ampliação do crime
organizado, comercialização de
drogas ilícitas e o
risco da exploração.
Desde o governo FHC a PF e o general Alberto
Cardoso, da Secretaria de Segurança Institucional interpretavam de forma diferente a revisão de decreto que criou a secretaria
Nacional Antidroga, FHC mudou SENAD, mas polêmica segue. O presidente Fernando Henrique Cardoso
determinou a revisão do decreto de criação da SENAD (Secretaria Nacional Antidrogas) para tentar acabar com a
disputa entre a secretaria e a Polícia Federal. O problema aqui não é a disputa pura e simples, mas a necessidade de aparecer na foto ao lado de um traficante preso, como se um secretário corrupto tivesse prendido o mesmo. Para quem gosta de fotos basta ir a um grande premio em Cidade Jardim e pular na raia para pegar na rédea de um cavalo vencedor de um páreo.
Uma
dificuldade enorme no trato destas questões
ficam por conta da necessidade de algumas
pessoas satisfazerem o próprio ego.
Segundo o general Cardoso, quando a PF tiver de atuar sozinha como faz
na maioria dos casos-, a SENAD "não tem de entrar, não tem nada o que coordenar como nunca
fez e nem quis fazer". Ele faz uma exceção: "Só se a Polícia Federal
solicitar".
Caberia à secretaria antidrogas, segundo o general,
coordenar ações em que a PF esteja atuando com outros órgãos.
No dia 19 de outubro de
2014 em Audiência Pública no senado, presidida pelo Senador Cristovam Buarque,
ocorreu um longo pronunciamento do Senador Magno Magna que mencionou a criação
da Frente Parlamentar em Defesa da Família e Frente Parlamentar Contra Liberação
da Maconha.
Na ocasião o Senador
Magno Malta falou que esta frente tem 75 senadores e mais de 400 deputados todos
em defesa da família. Só uma frente
parlamentar poderá discutir com profundidade este tema
tão importante e
de viés tão
perigoso.
Interessante lembrar que
existem interesses econômicos por trás da tentativa de liberação da maconha e eles mesmos
são antagonistas visto que os que tem interesses econômicos
dizem que devem se afastar do
debate com o deputado Jean Willis. Dizem eles
que da forma como Jean Willis
defende a liberação do uso da
maconha como uso recreativo e dos
traficantes presos, nunca se dará a
liberação e que eles
devem insistir na tese
da liberação a para fins terapêuticos que parece
ser o caminho mais fácil por que
alguns médicos poderiam prescrever.
Lei nº 6.368 de 21 de Outubro de 1976
Art. 6º Compete privativamente ao Ministério
da Saúde, através de seus órgãos especializados, baixar instruções de caráter
geral ou especial sobre proibição, limitação, fiscalização e controle da
produção, do comércio e do uso de substâncias entorpecentes ou que determinem
dependência física ou psíquica e de especialidades farmacêuticas que as
contenham.
Parágrafo único. A competência fixada neste artigo, no que diz respeito à fiscalização
e ao controle, poderá ser delegada a Órgãos congêneres dos Estados, do Distrito
Federal e dos Territórios.
O senador Magno Malta (PR-ES) resolveu usar seu espaço
no Plenário para denunciar a decisão do Conselho Nacional de Políticas Sobre
Drogas (CONAD) que quer impedir centros de
recuperação de incluir religião no tratamento de usuários de drogas.
A decisão foi anunciada recentemente dizendo que os
centros coordenados por entidades religiosas não poderão converter os internos
para uma religião como condição para seguir o tratamento.
Magno Malta, que sustenta um centro de tratamento no
estado Espírito Santo há 35 anos, ficou inconformado com a resolução
principalmente quando o texto diz que o Governo Federal destina 85 milhões por
ano para auxiliar essas entidades.
“Os meus internos comem da minha música, dos meus
direitos autorais”, afirmou o senador que controla o projeto Bem Viver
recuperando milhares de usuários de drogas em mais de três décadas.
Na visão do parlamentar a medida, que se dirige
exclusivamente para entidades sustentadas por instituição religiosas, é uma
medida bolivariana do atual governo que já tentou aprovar o aborto através de
uma resolução e ainda aprovou a chamada lei da palmada.
Magno Malta desafiou que o governo mostrasse os usuários
de drogas que foram recuperados por eles, dizendo que os conselhos de
psicologia e medicina também não recuperam ninguém. “Sabe qual é o
remédio? É Deus de manhã, Jesus meio-dia
e o Espírito Santo de noite.”
O texto do CONAD, na visão do senador do PR, é uma forma
de impedir que o nome de Jesus seja pregado. “Olha que coisa sutil, que coisa
bolivariana, que coisa cubana!”, disse Magno Malta ao ler o trecho que fala
diretamente para entidades religiosas que são sustentadas por fiéis.
“É mantido por contribuição de fiéis e eles ainda querem
barrar!”. O senador não se conformou com o texto que afirma que incluir a
religião no tratamento fere a laicidade do Estado. “Não fere a laicidade do
Estado patrocinar a marcha gay, não? Não!”, falou.
O parlamentar aproveitou o momento para deixar o
documento em seu site e pedir para que o maior número de pessoas acesse para
entender o que querem fazer com as casas de recuperação de usuários de drogas,
sendo que muitas delas usam a religião para tratar os internos que saem de lá
“lavados no sangue de Jesus”.
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