Historiadores muito têm discutido sobre os tempos da ditadura militar a partir de 31 de março de 1964. Recentemente aconteceu o Lançamento da Revista ADUSP 44, sobre a ditadura militar e Mesa-redonda: “A Ditadura Militar morreu?”
Ao contestarem editorial da Folha de S. Paulo que qualificava o regime militar brasileiro como ditabranda, os professores Comparato e Maria Victoria foram alvo de ofensas do jornal. Ao atacar docentes de grande prestígio acadêmico e reconhecida dedicação à luta democrática, a Folha deu um mau passo que mais tarde tentou desfazer, ao admitir parcialmente seu erro, após manifestação de protesto à sua porta.
O professor Comparato é ativo protagonista desse movimento por justiça e verdade, entre outros motivos por atuar como um dos advogados da família de Luis Eduardo Merlino (jovem jornalista assassinado pelo DOI-CODI em 1971), em processo judicial para que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra seja declarado torturador.
Acabou a ditadura militar e começou uma mais terrível, a ditadura de partidos.
Para Muammar Al Qathafi ao escrever o Livro Verde, ” Nos nossos dias, os regimes políticos, no seu todo, são o resultado da luta travada por essas máquinas de governar para alcançar o poder, sendo ela uma luta de partidos políticos ou de indivíduos, ela salda-se sempre pelo sucesso de uma máquina e pela derrota do povo, logo pela derrota da verdadeira democracia”.
Nesta ditadura de partidos a tortura não é mais nos porões do DOI-CODI, mas na falta de perspectiva de melhores condições de vida, na tortura pela destruição de sonhos de um povo, nas mortes sem assistência médica, filas dos hospitais, nas filas do INSS para uma pericia, nas filas do SUS, na falta de segurança, de salário digno, de uma aposentadoria decente, de melhores oportunidades de trabalho. A ditadura de partidos leva o povo a uma derrocada onde o funcionalismo não a tem salários condizentes com a função e muitas vezes são massacrados pelos dito cargos comissionados (na grande maioria pessoas sem nenhum preparo). Pelas obras e serviços feitos por empresas de amigos e muitos superfaturados
Neste tipo de ditadura o campo para corrupção é vasto, por que as assembléias excluem as massas do poder e ao usurparem a soberania popular em seu proveito, tornam-se numa barreira legal entre o povo e o poder. Desta forma, de vez em quando se alternam os comandos das casas e entra em funcionamento um novo tipo de ditador parlamentar.
Esquecem estes ditadores filhotes da disputa partidária que na época dos militares, da tal ditadura é que tivemos a reestruturação dos portos de Rio Grande, Paranaguá, Itajai, São Francisco, Santos e Vitoria, construção da grandes usinas hidrelétrica, grandes rodovias, a Rede Ferroviária Federal AS (RFFSA), funcionava a plena capacidade para transporte de cargas e passageiros. Esquecem que a Previdência Social tinha sobra de caixa e o governo investia no mercado financeiro. Hoje dizem que a previdência social está quebrada.
Um setor hoje sucateado, o transporte rodoviário de cargas, no tempo dos militares, apesar do investimento equivocado no transporte mais caro do mundo, devido ao custo de manutenção com derivados de petróleo, a malha rodoviária tinha um período de vida útil maior, considerando que as balanças para coibir excesso de peso funcionavam em pontos estratégicos, a manutenção era controlada e não havia superfaturamentos em obras.
Hoje cerca de 20% da produção se perde nas rodovias por falta de manutenção, pistas esburacadas, custo de manutenção da frota rodante é alto,custo de combustíveis, custo de fretes e a vida útil da frota também deixa a desejar, visto que são inúmeros os veículos com mais de 10 anos em circulação. Esta situação causa certa apreensão por que com os atuais mandatários não se vislumbra melhoras num curto espaço de tempo.
Hoje a Previdência Social foi depredada pelo mandantes de plantão e alegam que uma correção de benefícios acima de R$ 545,00 quebra o sistema.
Hoje a Previdência Social está quebrada mas alguns partidos brigam para assumir esta pasta. Para refrescar a memória do leitor, nos últimos 30 anos esta pasta esta nas mãos de um partido que dizem ser o maior. A FUNASA, SUDAM, Teles, Furnas, Eletrosul, e outras estatais que hoje estão envolvidas em apagões, são ou já foram comandadas por gente do maior partido. Um partido criado em 1968 e que tem sua origem na ditadura junto com a Arena de Tancredo, Maluff e o próprio remanescente José Sarney que hoje fala em consulta (plebiscito) de desarmamento, coisas que só uma ditadura do proletariado pode criar.
Resta-nos tão somente perguntar: quais são as grandes obras feitas por essa gente depois das diretas já?
O que sabemos é sucatearam o material rodante da RFFSA e a malha ferroviária que sempre foi o transporte mais barato e mesmo privilegiando o transporte rodoviário por determinado período abandonaram as rodovias, venderam estatais e até o que foi arrecadado nos anos 60 na campanha “OURO PARA O BRASIL”, desapareceu.
Lembramos que um homem tinha na ponta a lingua o jargão " a Petrobrás é nossa", esse homem era o pai do ilustre FHC que bem mais tarde quando presidente queria vender todo o patrimônio de estatais numa campanha neo liberal onde diziam o estado não pode ser patrão. Essa gente ainda tem essa mentalidade e hoje a orientaçao é que corram atrás de sindicalistas para filiá-los ao PSDB para mais tarde usá-los contra o povo e suprimir direitos de trabalhadores.
Lembramos que um homem tinha na ponta a lingua o jargão " a Petrobrás é nossa", esse homem era o pai do ilustre FHC que bem mais tarde quando presidente queria vender todo o patrimônio de estatais numa campanha neo liberal onde diziam o estado não pode ser patrão. Essa gente ainda tem essa mentalidade e hoje a orientaçao é que corram atrás de sindicalistas para filiá-los ao PSDB para mais tarde usá-los contra o povo e suprimir direitos de trabalhadores.
Enfim para que de fato ocorra esta representação parlamentar que é uma impostura, os pretendentes tem a certeza de que é possível manipular e comprar os votos quando os mais pobres não podem estar no coração da lutas eleitorais; são sempre (e só) os ricos que ganham as eleições. As ditaduras mais tirânicas que o mundo tem conhecido foram estabelecidas à sombra de assembléias parlamentares.
Devemos prestar atenção no que diz Walter Kraft “A ditadura foi mais transparente”
O Chefe do arquivo da Assembléia reconhece que é deliberada a intenção de esconder os diários
16/03/2010 | 00:02 | Karlos Kohlbach, Katia Brembatti, James Alberti e Gabriel Tabatcheik
Na parede da sala do setor de arquivo da Assembléia Legislativa do Paraná está afixado um aviso informando aos visitantes que somente com autorização do diretor-geral, Abib Miguel, é possível consultar os diários oficiais da Casa. O motivo para o excesso de zelo quem explica é o chefe de expediente e arquivo da Assembléia, Walter Kraft. Sem saber que estava sendo gravado, ele revelou a metodologia adotada pela direção do Legislativo para evitar que a imprensa e a sociedade cheguem até os documentos.
“Se a imprensa for à biblioteca, pode ter acesso a algumas coisas. Então pode ser que esconderam [parte dos diários] com a desculpa de que ia encadernar (sic)”, disse Kraft. Ele ainda reconhece ironicamente a obscuridade da Assembléia. “Eu acho que a ditadura foi mais transparente.” Desde 2008, a encadernação dos diários é justificativa para a direção da Casa não apresentá-los à imprensa. Ao circular pelas dependências da Assembléia, a reportagem observou que nem mesmo o setor de arquivo da Casa armazena todos os diários publicados. Faltam algumas edições numeradas e muitas avulsas.
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