quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Romper com cenários anteriores, buscar e explorar vazios econômicos

Passamos tempos difíceis e eis que chega a  hora para decisões importantes, basta ver que os caminhos até trilhados nos mostraram desajustes graves como a   queda no setor da indústria da madeira com o  desaparecimento de empresas  que até pouco mais de 10 anos empregavam boa parcela da força de trabalho,  queda na produção  da maçã  com  produtos enfrentando   dificuldades  e  buscando  saída  e casos de produtores  que chegaram a  abandonar o cultivo.
Este tipo de entrave causa diferentes  tipos de movimentos na população e  podem ser definitivos ou temporários.
Na época de safras, a exemplo, período da extração da erva mate um grande  contingente da  força de trabalho de uma  área produtora  para outra e da mesma  forma no trabalho em pomares  de maçã.
Este  tipo de movimento  ainda  tem um problema sério que a  falta de condições  ideais de trabalho, descanso, alojamentos com  refeitórios e sanitários   onde o  elemento humano pouco ou nada  tem, chegando muitas  vezes despertar atenção dos fiscais  do ministério do trabalho para situações análogas a trabalho  escravo.
O êxodo  rural que até meados  dos anos 70 eram  na ordem de 35% hoje tende  a se agravar  ainda mais por que a produção de madeira e o grande número de serrarias na região era o motivo maior  de  fixação da população no interior, sendo  que pouco  dependiam da  cidade  por que havia  casos onde os empresários  mantinham, pequenos armazéns, escolas e  até  mesmo  capelas.
Não havendo preocupação com o futuro e esse estágio da economia com uma curva em declínio uma  grande parte  da população rural  deslocou-se para a área urbana causando um desequilíbrio no  que tange as  condições de moradia,  de trabalho, de assistência  médica, social e  educação. Com uma área urbana desestruturada tornou-se normal o surgimento das primeiras favelas, composta por uma força de trabalho sem qualificação  para buscar  outras alternativas.
A  situação da população agrava-se a  cada ano, basta  analisarmos dados do IPARDES e IBGE  que mostram que em média 10%  da população  mora em favelas e 12%  desta população sobrevive com até um  salário mínimo.
No passado, alertávamos  para a  necessidade buscar-se um levantamento de vazios  econômicos  e  a  partir  daí  estabelecer  convênios  com SENAI, SENAC  e  instituições de ensino  para preparo de mão de obra. O SENAI  e SENAC ai  estão, mas com projetos  próprios, todavia, prioritariamente o município  não  tem um  projeto  exclusivo para   qualificação de mão  de obra, como  por exemplo para a  área  rural  por que o município não  perdeu a  vocação  econômica voltada  para a agropecuária,  mas a tecnologia   avançou  e colocou  no  mercado máquinas  e  equipamentos que operadores   devem  ter um preparo mínimo.
Temos agora uma instituição  federal  de ensino que pode e  tem  potencial enorme  para contribuir com o  desenvolvimento não  só da Capital da Cultura, mas de toda a  região,  basta tão  somente uma  mente aberta e buscar  entendimento até  hoje relegado ao fundo do baú.
Por outro lado, é necessário uma corrida atrás de  caminhos alternativos para o futuro, sob  pena  de não o fazendo termos o  agravamento da concentração de rendas,  redução de privilégios  espaciais para próximo de 30%  da população, empobrecimento real ou  relativo de boa parcela desta população com o aumento do índices de cadastros em programas  sociais  do  governo  como o bolsa  família e ainda o  agravamento  da  renda  de uma parte  da população entre  ela os beneficiários  do INSS  hoje  extremamente comprometidos  com empréstimos de longo  prazo.
Nesta corrida por caminhos alternativos certamente os administradores públicos devem deveriam pautar  suas  administrações  na busca de resultados,  com uma administração profissional, com   competência em cada  setor,  a pessoa   certa   para o lugar   certo  ao invés da pessoa  errada para o lugar  certo.
Na região, as instituições de ensino  tem  cursos de administração onde se  preparam profissionais altamente  capacitados, conhecedores de linha de pensamento  de Taylor e Fayol,    e ainda,  A gestão da qualidade total (em língua inglesa "Total Quality Management" ou simplesmente "TQM") consiste numa estratégia de administração orientada a criar consciência da qualidade em todos os processos organizacionais.
Não  querendo  buscar em IES, bastaria recorrer  ao SEBRAE  que tem excelentes  cursos e consultores   para em pouco  tempo preparar e  repassar conhecimentos e  técnicas  para  evitar que  futuros administradores  façam voos  cegos.
Falando em voos  cegos como no  Consórcio CIRUSPAR responsavel pela implantação do SAMU, ainda que tenha ocorrido a  convocação de parte dos aprovados no   concurso  permanece a  dúvidas  quanto a montagem  das  equipes, treinamentos e  instalaçoes adequadas. Enquanto isso nao  ocorre as  ambulâncias estao  paradas.
Ao que parece falta empenho e   vontade política  em  alguns municipios  onde sequer  existe  instalações  adequadas  destinadas  a  esse   fim. 
Nas respostas que obtivemos  junto a coordenação  de SAMU em Brasilia os equipamentos  não  utilizados deverão  ser devolvidos  e o  prejuízo será da população. 
Interessante lembrar  que cada secretaria  ou diretoria  tem uma  missão  que deve nortear, dar direção e controle  ao  trabalho,  sendo esta  missão ampla o suficiente para basear  projetos voltados aos  interesses e bem público e  para evitar  a miopia dos trinta  dias  e fila  de caixa de bancos.

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