sexta-feira, 16 de novembro de 2012

SAMU de Palmas, a inoperância que custa caro para o contribuinte.


Abordamos por diversas vezes a situação em que se encontra o SAMU e agora  voltamos para tentar entender  o porquê da inoperância.  Não se trata do atraso para o início dos trabalhos, mas sim para sabermos qual  justificativa se dará para que não se cumpra o cronograma anteriormente prescrito pela Coordenação Geral de Urgência e Emergência - CGUE/DAE/SAS/MS em Brasília, quando afirmava que a data para inicio do funcionamento era agosto/2012.

A informação é clara e concisa demonstra que a inoperância se dá em razão  de falta de vontade política,  respeito com a  coisa  pública, em especial com equipamentos doados  pelo governo  federal .

From:dany.silva@saude.gov.br To:l_m_dasilva@hotmail.com Subject: RES: RES: CONTINUA A POLÊMICA DEMORA DO FUNCIONAMENTO DO SAMU NO SUDOESTE Date: Tue, 24 Jul 2012 17:31:44 +0000Caro Luiz, o SAMU regional de Pato Branco esta sobre a gestão de todos os Municípios que fazem parte deste projeto. Quanto a competência para agilizar o processo não cabe ao Ministério da Saúde avaliá-la, pois todos os municípios do Brasil que recebeu recursos financeiros e ambulância do Governo Federal e que não colocou em funcionamento esta passando por um processo jurídico onde a Advocacia Geral da União tem a proposta de devolução dos bens doados, então não esta mais nas mão do Ministério da Saúde avaliar o pleito, a ultima manifestação feita foi dado para nos que a data para inicio do funcionamento era agosto/2012. Como os municípios são autônomos para decidir se quer ou não implantar o serviço, só nos cabe através da AGU solicitar que os bens sejam devolvidos, de modo que se isso acontecer a população ficará sem o serviço. Então o melhor meio de ver a real situação do SAMU e acionar o Ministério Publico Local onde o mesmo tem poderes para solicitar respostas e soluções. Dany Luiz da Silva
Coordenação Geral de Urgência e Emergência CGUE/DAE/SAS/MSEdifício Premium SAF SUL – Quadra 2 – Lotes 5/6Bloco II – 1º andar – Sala 106 - CEP: 70.070-600 - Brasília/DFTelefone: (61) 3315-9204    Fax: (61) 3306-8200

Pelo que vemos  na  resposta acima  caso o  SAMU  não  funcionar os município serão cobrados pela AGU (Advocacia Geral da União) para devolver recursos financeiros e ambulância do Governo Federal.
Diz Elson Munaretto (PMDB),  presidente interino do Consórcio Intermunicipal do Sudoeste do Paraná (Ciruspar
“Nós estamos precisando de um comprometimento maior das lideranças para fazer com que o SAMU saia à rua, preste um serviço eficiente, de qualidade e que dê a certeza à população de que o serviço será prestado dentro de uma recomendação do Ministério da Saúde”, disse ontem o prefeito de Bom Sucesso do Sul, Elson Munaretto (PMDB),  presidente interino do Consórcio Intermunicipal do Sudoeste do Paraná (Ciruspar), mantenedor do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), que mais uma vez teve seu início adiado de 15 setembro para a primeira quinzena de outubro”.
Com todas as recomendações da Coordenação Geral de Urgência e Emergência CGUE/DAE/SAS/MS e do presidente do CIRUSPAR para que o serviço fosse efetivamente  iniciado em 5 de novembro  ainda temos casos de atrasos que  podem complicar o andamento dos trabalhos.

Ambulância parada, sem placa e exposta ao  tempo


Em Palmas será necessário  também acomodações  adequadas  para as equipes, alojamento, sala com  sofás de TV com pequena biblioteca com  jornais, revistas, publicações  atualizadas sobre Urgência e  Emergência, primeiros socorros. 

Para que  as equipes estejam sempre  prontas  para o trabalho é necessário  dar  condições  adequadas.   As salas de recepção  também  ter condições mínimas necessárias  ao bom atendimento.  Precisa-se ter mesas  para computadores,  rádios,  cadeiras  e  sofá  para  o   usuário.

Nas  cidades onde o SAMU está funcionando as equipes trabalham  em escalas de plantões e as instalações dispõe de uma estrutura funcional,  confortável e não  existe a  preocupação em usar a  cozinha para preparar   refeições por que os socorristas não podem gastar  tempo em cozinha, que é instalada somente  para lanches  rápidos, ainda assim é possível verificarmos que em muito postos de SAMU tem até microondas.

Por outro  lado, dado a desorganização e  falta de vontade política vemos diariamente na imprensa que espocam confusões,  greves e manifestações com  relação ao SAMU.

Uma das mais graves situações  acontece  com o SAMU de Floriano está em estado de greve.


O Presidente do Sindicato dos Médicos de Floriano e médico do Serviço de Atendimento Móvel (SAMU), Dr. Osmundo Andrade, falou em entrevista a reportagem do Portal FlorianoNews neste domingo (04), sobre o estado que se encontra o SAMU de Floriano. De acordo com o médico a classe não deflagrou a greve ainda, mas está em estado de greve. 
Socorristass  do SAMU  Sao Luiz em estado de greve


“Na noite desta segunda-feira iremos fazer uma assembléia geral para mostrar aos administradores municipais os problemas que existem no SAMU, principalmente com relação ao salário que está defasado e a mais de três anos nós tivemos aumento, e em relação aos outros SAMU’s nós estamos totalmente defasados, além das condições de trabalho que são precárias, ou seja, está faltando uma série de materiais que dificulta o nosso trabalho. A assembléia geral acontece às 20h00 e nós vamos entrar em estado de greve, primeiro nós vamos fazer a reivindicação por escrito na Secretaria de Saúde, mostrar que houve aumento do repasse do SAMU e, no entanto, esse repasse não foi repassado aos trabalhadores do SAMU". 
O leitor pode verificar acima  que um dos motivos da greve é a não reposição salarial  por parte da prefeitura o que constituem um  grave erro  pelo fato da verba para isso ser repassada pelo governo federal e com um  equivoco pois  poderia ser repassada para um  consórcio  regional e  evitar este  transtorno causado por gerência pública municipal  quando  a verba é destinada aos cofres do município. Neste  caso cria-se uma pequena  confusão  misturando a  verba do SAMU,  com o do município e em  consequência o administrador age como se fosse verba  de seu próprio bolso.

Estas situações de greves do SAMU  em diferentes estados  servem de alerta  para o administrador regional para que não  tenhamos aqui a  reprodução dos mesmos erros, inclusive com a falta de equipamentos e outros materiais.



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