Os últimos
acontecimentos trazem relatos estarrecedores de crimes de corrupção bem mais
graves que o mensalão que
levou para o presídio da Papuda
os lideres do partido que comanda o governo.
O advogado Luiz Francisco
Barbosa, que defende o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), disse que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia da existência do mensalão e
inclusive ordenou ações ilícitas presentes na denúncia da Procuradoria Geral da
República.
A
afirmação foi feita durante sessão do julgamento do mensalão no STF Supremo
Tribunal Federal no momento em que o defensor questionava a ausência de Lula na
denúncia. "Eu digo: o presidente Lula não só sabia como ordenou o
encadeamento de tudo isso que essa ação penal escrutina", afirmou.
“Deixaram o patrão fora. Deixaram não, o procurador-geral da República Roberto
Gurgel deixou”, disse Barbosa.
No início
do julgamento, a falar com jornalistas, Barbosa já tinha revelado o argumento
da defesa. Na ocasião, ele questionou a ausência de Lula entre os denunciados e
disse que, se ministros do governo compraram apoio de parlamentares no
Congresso, foi a mando de Lula, o maior interessado na aprovação de projetos do
Executivo.
A
argumentação do advogado conflita com a entrevista concedida por seu cliente ao jornal
"Folha de S.Paulo" em 2005, na qual Roberto Jefferson revelou a suposta
existência do mensalão. Na entrevista, ele afirmou (ouça trecho da entrevista
abaixo): “Eu disse ao presidente Lula: presidente, o Delúbio [Soares, ex-tesoureiro
do PT] vai botar uma dinamite na sua cabeça; ele continua dando mensalão. Ele
disse: ‘que mensalão?’ Aí eu contei ao presidente o que que era o mensalão. O
presidente Lula chorou. Ele falou, não é possível isso e chorou.”
Logo após as denúncias, em agosto de 2005, Lula fez
pronunciamento em rede nacional, no qual se disse "traído". Mais
tarde chegou a dizer que o episódio foi uma "invenção" e, em maio
deste ano, afirmou que o escândalo foi uma "tentativa de
golpe".
Procurada pelo UOL, a
assessoria de imprensa de Lula disse que o ex-presidente não vai se pronunciar
sobre as acusações.
Segundo o
advogado, a denúncia do Ministério Público Federal trata o ex-presidente como
um “pateta”. “A denúncia disse que entre quatro paredes do Palácio do Planalto
estavam sendo celebradas tenebrosas transações. É claro que a excelência não
pode afirmar que o presidente é um pateta, um deficiente, que sob sua barba
estivesse acontecendo isso e ele não soubesse de nada”, afirmou.
O ministro
Marco Aurélio usou uma expressão carioca para dizer que o presidente é safo.
Ele [o Lula] não é só safo, como doutor honoris causas. Mas é um pateta. Tudo
isso acontecendo nas suas barbas e nada”, disse o defensor O advogado citou uma
medida provisória do presidente Lula, em 2003, que incluiu o banco BMG no
mercado de crédito consignado. “Em dois meses, o BMG entrou no mercado e, em
seguida, o PT obteve empréstimos do Rural e do BMG.”
Pois bem,
não bastasse toda essa lambança que
resultou numa Ação Penal e na condenação
dos principais comandantes
do PT, eis que surge agora mais um
caos tenebroso e novamente
a presidência diz
que não sabia, que vai pedir para
PF investigar, que sempre deixou a PF
trabalhar e outros adjetivos mais.
O caso do
escândalo da Petrobras é de fazer virar de bruços nas covas idealistas
que no passado encamparam a “Campanha “O
petróleo é nosso” mobilizou o país no fim dos anos 40, quando
nacionalistas
defendiam a exploração do combustível por empresas brasileiras.
A
campanha do petróleo movimentou o Brasil a partir de 1947, com o fim da II
Guerra Mundial e a derrubada da ditadura do Estado Novo. A ela se opunham
setores liberais, chamados de "entreguistas" pelos grupos
nacionalistas. À frente da campanha, o escritor Monteiro Lobato e os generais
Leônidas Cardoso (pai do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) e Júlio
Caetano Horta Barbosa, entre outras figuras ilustres da época.
Para os
setores nacionalistas, a independência econômica deveria ser um complemento da
liberdade política trazida pelo movimento democratizante e isto só seria
possível com a exploração do petróleo brasileiro, um grito de guerra lançado na
década de 30 pelo escritor.
Não foi à
toa que a primeira prospecção brasileira foi realizada na cidade de Lobato, na
Bahia, ainda em 1938. Já nos anos
60 uma outra
campanha visava tirar o Brasil do
sufoco com o
povo indo para as filas
doar metais preciosos “Ouro para
o bem do Brasil”, quando só em
São Paulo mais de 400 quilos de ouro e cerca
de meio bilhão de cruzeiros foram doados ao Brasil pelo povo paulista e
autoridades civis e militares, dentro da campanha, promovida pelos Diários
Associados, “Ouro para o bem do Brasil”, como resultados das primeiras 2
semanas de vigília.
A campanha que é o primeiro grande movimento dos “Legionários da
Democracia” foi aberta com a presença do Senador Auro de Moura Andrade,
presidente do Congresso Nacional, que recebeu do Sr. Edmundo Monteiro,
diretor-presidente dos Associados paulistas, a chave do cofre em que seriam
colocados o ouro e doações em dinheiro, para entregá-las, posteriormente, ao Presidente
Humberto de Alencar Castello Branco. Inúmeras personalidades do Governo Federal
compareceram ao saguão dos Diários Associados, durante a vigília cívica de 72
horas, para emprestar o seu apoio e fazer suas doações para a campanha do ouro.
O Ministro do Trabalho, Sr. Arnaldo Sussekind, representante do General Amaury
Kruel e diversas outras autoridades prestigiaram o movimento
dos “Legionários da Democracia”.
O Governador Adhemar de Barros doou, de livre e espontânea vontade, os
seus vencimentos do mês de abril, num montante de 400 mil cruzeiros. Mais de
100 mil pessoas fizeram doações, que foram desde as mais modestas, até cheques
de 10 milhões, dados por firmas, carros fornecidos pela indústria
automobilística e inúmera outras doações de grande monta. Os populares que
doaram objetos de ouro de uso pessoal, tais como alianças, anéis e outros,
receberam em troca uma aliança de metal, com os dizeres: “Legionários da
Democracia”.
Para que
serviu tudo isso se hoje os lesa-pátria estão
mancomunados em torno de um
ideal que é encher os
próprios bolsos e os
caixas dos partidos e ainda se dão ao luxo de
chamar esse regime de
roubalheira de democracia.
A campanha
em evidencia agora não mais
“O Petróleo é nosso” e tampouco “Ouro para o Brasil mas deveria
ser denominada de “ Os maiores
roubos da nação brasileira”.
Neste bojo
seguem os escândalos nos
ministérios, nos Correios, caso BMG e Banco Rural,
Mensalão, Passadena e agora
Petrolão.
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