quinta-feira, 11 de setembro de 2014

A população brasileira deve escolher por qual bando quer ser roubada


Os últimos acontecimentos trazem relatos estarrecedores de crimes de corrupção bem mais graves que o  mensalão  que   levou para o  presídio da Papuda os lideres  do   partido que comanda  o governo.
O advogado Luiz Francisco Barbosa, que defende o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sabia da existência do mensalão e inclusive ordenou ações ilícitas presentes na denúncia da Procuradoria Geral da República.
A afirmação foi feita durante sessão do julgamento do mensalão no STF Supremo Tribunal Federal no momento em que o defensor questionava a ausência de Lula na denúncia. "Eu digo: o presidente Lula não só sabia como ordenou o encadeamento de tudo isso que essa ação penal escrutina", afirmou. “Deixaram o patrão fora. Deixaram não, o procurador-geral da República Roberto Gurgel deixou”, disse Barbosa.
No início do julgamento, a falar com jornalistas, Barbosa já tinha revelado o argumento da defesa. Na ocasião, ele questionou a ausência de Lula entre os denunciados e disse que, se ministros do governo compraram apoio de parlamentares no Congresso, foi a mando de Lula, o maior interessado na aprovação de projetos do Executivo.
A argumentação do advogado conflita com a entrevista concedida por seu cliente ao jornal "Folha de S.Paulo" em 2005, na qual Roberto Jefferson revelou a suposta existência do mensalão. Na entrevista, ele afirmou (ouça trecho da entrevista abaixo): “Eu disse ao presidente Lula: presidente, o Delúbio [Soares, ex-tesoureiro do PT] vai botar uma dinamite na sua cabeça; ele continua dando mensalão. Ele disse: ‘que mensalão?’ Aí eu contei ao presidente o que que era o mensalão. O presidente Lula chorou. Ele falou, não é possível isso e chorou.”
Logo após as denúncias, em agosto de 2005, Lula fez pronunciamento em rede nacional, no qual se disse "traído". Mais tarde chegou a dizer que o episódio foi uma "invenção" e, em maio deste ano, afirmou que o escândalo foi uma "tentativa de golpe". Procurada pelo UOL, a assessoria de imprensa de Lula disse que o ex-presidente não vai se pronunciar sobre as acusações. 
Segundo o advogado, a denúncia do Ministério Público Federal trata o ex-presidente como um “pateta”. “A denúncia disse que entre quatro paredes do Palácio do Planalto estavam sendo celebradas tenebrosas transações. É claro que a excelência não pode afirmar que o presidente é um pateta, um deficiente, que sob sua barba estivesse acontecendo isso e ele não soubesse de nada”, afirmou.
O ministro Marco Aurélio usou uma expressão carioca para dizer que o presidente é safo. Ele [o Lula] não é só safo, como doutor honoris causas. Mas é um pateta. Tudo isso acontecendo nas suas barbas e nada”, disse o defensor O advogado citou uma medida provisória do presidente Lula, em 2003, que incluiu o banco BMG no mercado de crédito consignado. “Em dois meses, o BMG entrou no mercado e, em seguida, o PT obteve empréstimos do Rural e do BMG.”
Pois bem, não bastasse toda essa lambança  que resultou numa  Ação Penal e na condenação dos   principais  comandantes   do PT,  eis  que surge agora   mais um  caos   tenebroso e  novamente  a  presidência  diz  que  não sabia, que vai pedir  para   PF investigar, que sempre deixou a PF   trabalhar  e  outros adjetivos  mais.  
O caso do escândalo da Petrobras é de fazer virar de bruços nas covas  idealistas  que no passado  encamparam  a “Campanha “O petróleo é nosso” mobilizou o país no fim dos anos 40,  quando  nacionalistas defendiam a exploração do combustível por empresas brasileiras.
A campanha do petróleo movimentou o Brasil a partir de 1947, com o fim da II Guerra Mundial e a derrubada da ditadura do Estado Novo. A ela se opunham setores liberais, chamados de "entreguistas" pelos grupos nacionalistas. À frente da campanha, o escritor Monteiro Lobato e os generais Leônidas Cardoso (pai do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) e Júlio Caetano Horta Barbosa, entre outras figuras ilustres da época.
Para os setores nacionalistas, a independência econômica deveria ser um complemento da liberdade política trazida pelo movimento democratizante e isto só seria possível com a exploração do petróleo brasileiro, um grito de guerra lançado na década de 30 pelo escritor.
Não foi à toa que a primeira prospecção brasileira foi realizada na cidade de Lobato, na Bahia, ainda em 1938. Já  nos anos  60   uma  outra   campanha visava  tirar o Brasil do sufoco  com  o   povo indo  para  as filas    doar  metais preciosos “Ouro para o bem do Brasil”,  quando  só   em São Paulo mais de 400 quilos de ouro e cerca de meio bilhão de cruzeiros foram doados ao Brasil pelo povo paulista e autoridades civis e militares, dentro da campanha, promovida pelos Diários Associados, “Ouro para o bem do Brasil”, como resultados das primeiras 2 semanas de vigília.
A campanha que é o primeiro grande movimento dos “Legionários da Democracia” foi aberta com a presença do Senador Auro de Moura Andrade, presidente do Congresso Nacional, que recebeu do Sr. Edmundo Monteiro, diretor-presidente dos Associados paulistas, a chave do cofre em que seriam colocados o ouro e doações em dinheiro, para entregá-las, posteriormente, ao Presidente Humberto de Alencar Castello Branco. Inúmeras personalidades do Governo Federal compareceram ao saguão dos Diários Associados, durante a vigília cívica de 72 horas, para emprestar o seu apoio e fazer suas doações para a campanha do ouro. O Ministro do Trabalho, Sr. Arnaldo Sussekind, representante do General Amaury Kruel e diversas outras autoridades prestigiaram o movimento dos “Legionários da Democracia”.
O Governador Adhemar de Barros doou, de livre e espontânea vontade, os seus vencimentos do mês de abril, num montante de 400 mil cruzeiros. Mais de 100 mil pessoas fizeram doações, que foram desde as mais modestas, até cheques de 10 milhões, dados por firmas, carros fornecidos pela indústria automobilística e inúmera outras doações de grande monta. Os populares que doaram objetos de ouro de uso pessoal, tais como alianças, anéis e outros, receberam em troca uma aliança de metal, com os dizeres: “Legionários da Democracia”.
Para  que  serviu tudo isso  se hoje  os lesa-pátria  estão  mancomunados  em torno  de um  ideal que é   encher os próprios  bolsos  e  os caixas dos partidos  e  ainda se dão ao luxo  de  chamar   esse   regime de  roubalheira de  democracia.
A  campanha  em evidencia agora   não mais “O  Petróleo é nosso” e  tampouco “Ouro para o Brasil  mas deveria  ser denominada de  “ Os maiores roubos da nação  brasileira”.
Neste  bojo  seguem os escândalos  nos ministérios,  nos  Correios, caso BMG e  Banco Rural,  Mensalão,  Passadena e  agora  Petrolão.






Nenhum comentário:

Postar um comentário