Por ocasião da elaboração do Plano Diretor em 1991 tivemos o prazer de acompanhar o excelente trabalho com referência do Uso do Solo e Zoneamento respeitando a legislação ambiental e procurando evitar brechas que permitissem abusos.
Desta forma, a lógica para o uso ou de apropriação dos fundos de vales mostrou algumas maneiras estranhas de utilização, vejamos:
Um projeto de lei equivocado permitindo o fracionamento e uso de fundos de vales dizendo ser de interesse social. Este tipo de situação fere a legislaçao federal além de que naoa pode se sobrepor a uma lei maior.
Um projeto de lei equivocado permitindo o fracionamento e uso de fundos de vales dizendo ser de interesse social. Este tipo de situação fere a legislaçao federal além de que naoa pode se sobrepor a uma lei maior.
Neste aterro antes era um banhado com quatro vertentes fortes e mais uma dezena de pequenas vertentes |
As áreas de fundos de vales encontravam-se totalmente abandonadas, não se incorporando ao processo de urbanização, sofreram intervenções arbitrárias, invasões, sem o mínimo de infra-estrutura e passaram a ser ocupadas por loteamentos irregulares ou clandestinos. Este processo de abandono continua até hoje muito embora tenhamos um setor responsável pela situação.
As áreas de fundos de vales foram transformadas em receptores de lixo, entulho e esgotos, entre outras formas de ocupação total e ambientalmente inadequadas. Essas áreas constam no PD como áreas onde não é permitido construções residências e industriais.
Via de regra as áreas de fundos de vales precisam ser preservadas e passar por um processo de revitalização e podem ter áreas verdes de lazer públicas. Para essa recuperação é necessário o reflorestamento das áreas.
Nos casos as áreas de fundos de vales podem entrar numa fase de incorporação ao processo de urbanização com a inclusão da função recreativa. Poderia haver uma adequação e implantar-se pistas de caminhadas, bosques com quiosques, gramados, etc.
Como sugestão, neste caso a pista de caminhadas poderia margear um lago artificial a ser construido. Um projeto desta natureza devolveria até parte da mata ciliar que foi devastada nos tempos em que o solo era coberto por residuos de uma serraria que funcionou no local.
Apesar de inúmeras vezes abordarmos à falta de atenção aos dos fundos de vales e ao processo de urbanização é bom lembrar que historicamente a política municipal do meio ambiente de Palmas nunca valorizou ou considerou os fundos de vale no processo de planejamento.
Como sugestão, neste caso a pista de caminhadas poderia margear um lago artificial a ser construido. Um projeto desta natureza devolveria até parte da mata ciliar que foi devastada nos tempos em que o solo era coberto por residuos de uma serraria que funcionou no local.
Apesar de inúmeras vezes abordarmos à falta de atenção aos dos fundos de vales e ao processo de urbanização é bom lembrar que historicamente a política municipal do meio ambiente de Palmas nunca valorizou ou considerou os fundos de vale no processo de planejamento.
Por essas razões passam a ser alvos de especulação imobiliária, inclusive o próprio agente público se autoriza a aterrar estas áreas e lançar a idéia de projetos de construções ou instalações de equipamentos sem respeitar a legislação ambiental.
No Plano Diretor constam ZEPs, sendo uma delas no Bairro Divino começando na rua Felipe Shel Loureiro, com delimitações pelas ruas Prof. Henrique Jose Berhost e pela rua Santos Dumont. Hoje esta área sofreu ocupação e recebeu construções familiares, de forma que alvarás foram concedidos. De quem é a falha neste processo. Das pessoas que compraram lotes e construíram ou do poder público.
Ainda é possível resgatar alguma coisa basta tão somente a vontade política. Se o poder público apelar para um aspecto legal e avocar o chamado interesse social em conjunto com Legislação Ambiental pode perfeitamente negociar com os proprietários destas áreas que estão dentro dos fundos de vales e transformá-los em Parques Ambientais.
Procedendo desta maneira certamente serão preservadas as fontes ali existentes iniciando um processo de salvação dos riachos que atravessam a cidade.
Destacamos aqui mais uma vez onde estão estes fundos de vales, aliás, todos eles prejudicados pela ação do homem.
O primeiro – no bairro Divino sofre com depósito de entulhos e aterros pela rua Santos Dumont e deposito de pedra irregular e aterros pela rua Prof. Henrique Jose Berhost. Na rua Felipe Shel Loureiro esta totalmente tomada por moradias.
O segundo – campinho no Lagoao. Nos anos noventa ali foi destinado a um campo de futebol e outros equipamentos e acabou numa invasão. Resultado disso foi um projeto de desfavelamento que envolveu a compra de um terreno onde hoje é o conjunto Frei Galvão sem infra-estrutura ( pavimentos, rede de esgotos, centro social etc.).
O terceiro – Fundo de vale existente na Rua Bituruna, hoje quase total,ente aterrado pela prefeitura que pretende construir ali uma creche. Concordamos que existe a necessidade da construção de mais creches, todavia, devemos respeitar o meio ambiente não matando as fontes existentes
Como ser preservar as fontes e atender a demanda por creches. Basta usar essas máquinas que a prefeitura tem e dos empreiteiros, abrir as valas em forma de espinha de peixes, colocar ali pedra brita, um material que existe em estoque da prefeitura e deste modo construir drenos para não matar as nascentes. Do outro lado, na Rua Crescencio Oliveira Pontes também tem um espaço físico que pode ser feito um praça de lazer mas necessariamente deve ser feito drenagem.
O quarto - a lagoa da Hípica hoje foi transformada em ponto de atração turística de candidatos que lá vão seguidamente, tiram seus sapatos, arregaçam as calças entram na água, apanham um punhado de lixo, pegam um pouco de água numa garrafa, alguém os fotografa para a posteridade. Saem da lagoa e dizem para os moradores que irão fazer um projeto de parque ambiental, sem ao menos procurar estudar um pouco mais o problema. Não sabem eles que a lagoa é um foco de infestação e que para entrar nela é preciso um barco, botas de borracha, etc..
Pelo que soubemos e ouvimos de um morador daquele local a muitos anos, a cada campanha política candidatos voltam lá posar para fotos. Dizia-nos o cidadão (omitimos o nome para ele não sofrer retaliações), que a limpeza é feita por eles e após retirada de lixo, colocam em pacotes e os caminhões coletores não carregam e eles são obrigados a queimar todo o lixo coletado. Este morador nos disse que algumas pessoas lançam nas águas, animais mortos, fogões velhos, sofás e até mechas de cabelos são encontradas.
Enquanto isso, a garotada em época de calor banha-se em águas poluídas correndo o risco de contrair enfermidades graves.
Nas margens da lagoa, todo tipo de lixo é lançado por pessoas imprevidentes, Encontramos lá, material queimado e junto fibra de vidro, altamente poluente e segundo estudos, altamente nocivo.
“Trata-se do potencial cancerígeno das fibras de vidro, lã de rocha e de amianto(não é novidade).
No caso das fibras de vidro costumamos utilizar a designada "caneta de fibra de vidro" para a limpeza de metais, a qual é bastante conhecida na área de conservação.
Basicamente são fibras que pelo seu reduzido tamanho são absorvidas pelo nosso organismo, através da pele ou através da respiração. Tendem a ser rejeitadas pelo organismo, mas como a sua eliminação é difícil elas permancem por muitos anos. Alojam-se sobretudo nos pulmões e pela difícil degradação das mesmas podem originar acumulação de liquido e cancro nos pulmões, entre outras doenças.
Se quiserem ver a informação vejam o site da IARC - International Agency Research on Cancer”. http://www.sustainableenterprises.com/f ... etreat.htm
No caso das fibras de vidro costumamos utilizar a designada "caneta de fibra de vidro" para a limpeza de metais, a qual é bastante conhecida na área de conservação.
Basicamente são fibras que pelo seu reduzido tamanho são absorvidas pelo nosso organismo, através da pele ou através da respiração. Tendem a ser rejeitadas pelo organismo, mas como a sua eliminação é difícil elas permancem por muitos anos. Alojam-se sobretudo nos pulmões e pela difícil degradação das mesmas podem originar acumulação de liquido e cancro nos pulmões, entre outras doenças.
Se quiserem ver a informação vejam o site da IARC - International Agency Research on Cancer”. http://www.sustainableenterprises.com/f ... etreat.htm
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