quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A volta ao mundo em roçadeiras e a poluição dos rios


A imaginação humana é fértil, criativa e vez por outra nos prega agradáveis surpresas, mas também algumas coisas bastantes curiosas dignas de trabalho para pesquisadores.  
Vejamos: A cidade passou mais de oitenta dias sem que houvesse um trabalho de roçadas ou capinagem, bastaria ver que na pista de saída para o trevo principal o mato havia tomado conta das margens da mesma, dos canteiros nos trevos, na lagoa da hípica, transformada em depósito de lixo e de animais mortos.
Muito embora isto seja normal em final de gestão, esta paralisia dos serviços coincidiu com um alto consumo de gasolina para roçadeiras basta ver o controle feito através de vales para fornecimento de combustíveis que eram entregues ao posto fornecedor.  
Pelo volume consumido presume-se que usando um motor simples de consumo médio 15 km/litro daria para tentar uma volta ao mundo com este combustível e indo mais além pensamos que uma ou dez roçadeiras teriam que consumir também óleo dois tempos, por tratar-se motores com essa  característica.
Se você seguir a linha do Equador (maior diâmetro possível) a volta terá exatos 40.075,16 km.
“Da ficção de Júlio Verne à atualidade, a aventura de dar a volta ao mundo já foi realizada por muita gente. Agora, a preocupação é fazê-la com o menor impacto ambiental possível. Em 2008, Luis Palmer foi o primeiro a dirigir um carro movido a energia solar – o Solartaxi –, durante 534 dias, ao redor do planeta. A ideia era espalhar a mensagem de que as energias renováveiseram acessíveis, confiáveis e ecologicamente responsáveis”.

Só resta a nós vis mortais pagadores de impostos continuarmos nesta condenação de pagar, pagar e pagar  cada  vez mais e  ver o dinheiro público indo pelo ralo. Parece não existir solução para este tipo de coisas.

Hoje, apesar  de estarmos a  quase dois meses  com uma nova administração  ainda não vemos as tantas  roçadeiras  limpando as ruas as  para desobstruir os  rios  e limpar as margens. 
Que maravilha se esses  terrenos baldios fossem  roçados e  cobrados de seus proprietários os serviços e assim  como  a  construção de passeios onde no mínimo  na área  central  da  cidade. Esta é uma possível idéia que poderá ser tratada por um  desses  novos vereadores, quem  sabe num projeto de lei  se adequando ao plano diretor e  a lei.

E por falar em rios se o leitor fizer uma caminhada pelas margens dos córregos ficará assustado com o volume de lixo jogado nas águas o que certamente contribui para o agravamento da poluição e o comprometimento futuro  do fornecimento de águas para consumo da população.

Interessante lembrar  que devido a  este  tipo de coisas os administradores de Usinas Hidrelétricas,   colocam uma  tela de proteção nas proximidades das represas  para evitar  que o lixo  acumulado prejudique o sistema de geração de energia.

Por conta disso, em vista de que não existe manifestação do setor  público para salvação dos nossos rios, fazemos aqui um desafio  para a  sociedade organizada,  escolas, clubes de serviços, empresas  para que se organize um mutirão de salvação do Lajeado da Cidade e  Córrego Schel Loureiro. 

Em última instância se não  houver sensibilização da população para esta  jornada e que se continue o lançamento de lixo nos  córregos,   sugerimos que a exemplo das Hidrelétricas, que se coloque uma malha de aço sob a ponte da Rua Augusto Guimarães  para reter ali  o lixo  lançado desde as cabeceiras dos riachos,  fazendo que o Parque da Gruta passe a ser um local limpo  e  não se acumule lixo abaixo da Estação de Tratamento da Sanepar.

Alguém poderia dizer que a idéia é maluca, por que isto causaria alagamentos no centro e no São José.  Concordamos sim que causaria alagamentos se continuarem jogando o lixo nos  córregos, ao  contrário, se cada pessoa  assumir o compromisso de dar destino correto ao lixo,  não haveria o menor problema,  a não ser os casos de esgotos  que são lançados diretamente  nas águas.

Voltamos a abordar a questão da recuperação das áreas  degradadas como os fundos de vales, respeitando-se o Plano Diretor e o Art. 14 da lei 1795  de 20 de maio de 2008 nos incisos VI, VII,VIII, IX e X.   
A  Lagoa da Hípica que sofre  constantes agressões  deve ter um  cuidado especial e ser transformada em Parque ambiental  de acordo co a legislação, para ser tornar um local  aprazível, com  recantos, demais equipamentos, como pista de caminhada, quiosques etc.   Da mesma  forma o fundo de vale do Bairro Divino que pela  legislação  não  poderia de forma alguma  receber  lixos e entulhos. 

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