Ao pensar sobre o que
escrever lembramos-nos dos anos 60 e muitas aberrações que figuraram
no plano político como programas
de ajudas eivados de segundas intenções
e do famoso rabo preso, por
conta disso deixo aqui um desafio para aqueles que se dizem
conhecedores e que lutam para
defender os interesses da população.
Quantos desses defensores
pensam no próprio umbigo, na
própria conta bancária, na renda familiar?
Voltemos aos anos
60 para fazermos uma analise e comparar
com o quadro atual de reprodução da miséria e da ignorância. Preocupado com a possibilidade de avanço da
extinta URSS União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, surgida em de 1922.
Para tentar conter
o avanço soviético e ainda frear
a revolução cubana os EE UU
governado por John Kennedy e estender
bases militares por todo o mundo, esta é
a ideia de manutenção do poder sufocar lideranças, criaram um
programa de ajuda aos chamados
países em desenvolvimento o tal “ Aliança para o Progresso”, embutido
dentro do Plano Marshall.
Na realidade eles queriam
colocar seus marines onde fosse
possível como citado por Eduardo Galeano em As veias
abertas da America Latina que
diz: “Dentes de sabre
sobre a América”.
O
programa “Aliança para o Progresso”, disfarçado de ajuda trazia embutido apoio a programas
educacionais, assistência no trabalho de controle da natalidade, apoio às
medidas destinadas a elevar a produtividade rural. Como todos os programas
desse tipo foi
mais um que não alcançou resultados práticos com
relação a emancipação das
populações, mas simplesmente comprometeu mais.
Este plano carregado de paternalismo e populismo trazia
também a necessidade de se cadastrar populações carentes (favelas) que depois receberiam
cobertores, leite, em pó, queijo e óleo
comestível tudo estes alimentos
em embalagens de 18 litros ou
quilos. O povo favelado ficava a
espera que alguém passasse em
frente aos suas moradias
para receber a tal
ajuda. Isto quer dizer
que não houve emancipação
desta população mas que simplesmente se agravou este
quadro de miséria.
Dia desses ao conversar com o
prefeito ele perguntou se
comparado com outro município
da região quantos anos temos de atraso ao que respondi que no mínimo 50 anos e ainda pior
que nos anos 60 não
existia favelas por se
tratar de economia extrativista madeireira famílias inteiras moravam em pátios
de antigas serrarias no
interior e lá
tinha uma capela, uma escolinha, um
salão de festas, um pequeno
armazém e o patrão fornecia moradias.
Com a
queda da atividade extrativista esse
pessoal todo foi deslocado para as periferias das cidades e
passaram a viver em favelas, prato cheio
para maus intencionados
compradores de votos com um pacote de
comida. Iniciou-se então o êxodo rural.
Vejamos
agora em que avançamos com relação ao programa
Aliança para o Progresso:
“Apoio a programas educacionais, assistência
no trabalho de controle da natalidade,
apoio às medidas destinadas a elevar a produtividade rural”.
A começar pela educação este quadro só
vai melhorar quando os
profissionais de educação forem valorizados e as escolas
não forem usadas
como depósitos de crianças. De
nada adianta uma construção suntuosa com profissionais mal remunerados, cheias
de erros no projeto e falhas em sistemas
elétricos e sanitários.
Quanto
ao controle da natalidade deixo aqui
um questionamento para
nossas a autoridades. Qual é o IN índice de natalidade? IM índice
de mortalidade? E o CNV crescimento natural ou vegetativo da população.
Poderíamos
criar também outro índice para ver
quantas garotas menores de 14 anos deram a luz este ano ou no ano de 2012. Então este quadro mostraria que trabalho
de controle de da natalidade não
existe. Para muitos é interessante que a reprodução da miséria e
ignorância continue a passos largos em direção
ao abismo.
E agora
vamos ao setor rural que de
há muito sofre por falta de estradas, de preços básico de custeio, com
problemas climáticos, quebra de
safras. A quanto
tempo vemos isso?
Qual é o IDH
(Índice de Desenvolvimento Humano)
atual do Paraná, dos nossos municípios
em casos particulares de municípios que não
crescem, não tem orçamento necessário para cumprir programas de
desenvolvimento, mas foram criados
para satisfazer o ego no plano
político ou serem transformados em cabidão de empregos.
A região sudoeste nos anos 90
"tinha" quatro
municípios mergulhados nos bolsões de
miséria (...) onde mais de 15% da população sobrevivia com até um salário
mínimo.
Quantos são os
municípios que crianças são obrigadas a andar quilômetros para chegar
até um local onde passe um
veículo que as transportem para a escola? Quantas
crianças deixam de ir para a aula por que
em dias de chuvas e
frio não tem sequer um abrigo no
ponto para esperar a condução?
A população de modo
geral precisa de emancipação, ou seja, deixarmos de lado o paternalismo escravizador
e alienador, doador de cestas básicas,
dentaduras, bengalas e ensinar a pescar
e de quebra criar condições ou tempo favorável para pescaria
por que hoje o mar não está para peixe.
Não temos empresas que absorvam
a mão de obra disponível por que não
tem qualificação, sem melhorar a
renda das famílias não existe menor possibilidade de crescimento da
economia. Não existe desenvolvimento social e econômico quando parcela
da população sobrevive na miséria.
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