quinta-feira, 12 de junho de 2014

Falta de vontade política ou desmandos e retaliações?


“Na maioria  dos  casos o governo é bom em uma coisa. São hábeis  e  especialista em quebrar as suas pernas apenas para depois lhe dar uma muleta e dizer: “Veja, se não fosse pelo governo, você não seria capaz de andar!”

http://www1.folha.uol.com.br/esporte/folhanacopa/2014/06/1468938-esqueleto-robo-de-r-33-milhoes-vai-dar-chute-inicial-da-copa.shtml

Isto serve de alerta  para quem  pensa  que  correr  atrás  de deputado, senador,  governador  vai resolver.
No passado  Requião  assinou um acordo  comprando o  Campus da UNICS -  FACEPAL e FAFI e  o estado  doou  para  o governo  federal para instalar   o IFPR.

Temos uma   cronologia  histórica  da  passagem do UNICS para  o Estado  e para  o  IFPR...  Em  2010 o governo Requiao indenizou o patrimônio e  o estado  assumiu.   Faltava   a concretização da  transação  que   deveria  ser feita por  Pessuti  e  não  ocorreu  devido ao período  eleitoral. Passou-se  para  2011   e  em maio governo Beto  Richa  aprovou a  lei   autorizando a  efetivação...  a partir  dai  a  questão   burocrática   parece ter  emperrado e  arrastou-se  até  24/25  mai0  de 2014  com a   escrituração do  patrimônio  para  a   federação.   

Todavia,  existem  empecilhos  de ordem  burocrática  e  perpetuam-se pela  falta de  vontade política   que  devem  ser sanados, afinal  existe   um  acordo  descrito  na  transferência de que  o IFPR  manteria  os cursos de graduação   herdados  do  UNICS.  A  transferência definitiva  para  IFPR  até  este  ano  estava emperrada   e  não tinha   registro  no  cartório  de imóveis,  coisas da burocracia  que só atrapalham já vi este  filme  de que  o deputado  tal vai   resolver ou secretário  tal  resolve. 

Lembro de um caso  de manifestação na PM  quando  alguns  policiais  foram excluídos e  um  prefeito (tido  como  amigo  pelos  mesmos )   ficou de conversar  com secretário de  segurança  em Curitiba (não citamos nomes). 

Esse  prefeito  com mais um  vereador até  encontraram  com  secretário de  segurança  e  um  dos  presentes  falou:   Vocês  não vão falar  do caso dos  PMs?   E o secretário   perguntou  o que  era,  ao  que responderam:  Deixa   prá lá,  são  uns bobos  não  sabem o que querem.

Mesma coisa está ocorrendo com IFPR,  formam-se comissões,  juntos   com  vereadores começam a correr  atrás de  políticos  para  lhes quebra as pernas  e  dar  muletas...

Outra coisa, hoje a rádio divulgou entrevista com Zeca Dirceu deputado do PT e perguntavam sobre a situação do Campus. Zeca parece estar mais perdido que cego em tiroteio e não conhece a história do ensino superior em Palmas Disse que esteve na instituição a cerca de 30 ou 35 dias e que depois  falou com Ministro da Educação que mandou ele procurar o secretario especial do MEC para resolver o caso.

Disse que falou com Gleysi Hofmann  e que esteve em Curitiba com prefeito para a falar com reitor. No final cometeu um pequeno deslize. "Espero que os acadêmicos não exagerem nas manifestações""" foi o que disse na rádio  que tem isso gravado.

O deputado antes de falar em exagero dos acadêmicos deveria estudar a história desse campus que nasceu de um sonho de 1968, sendo também um sonho de toda a região não pode morrer por falta de vontade política e muito menos por conversas falaciosas.

Diríamos aqui, de 1968 a 2011 são 43 anos de avanços do ensino superior e agora IFPR não pode morrer por que uma administração nova não tem intenção de manter cursos de graduação e muito menos pós-graduação. O deputado deveria se empenhar mais para abrir uma brecha e contratar e pagar melhor os professores, para acelerar as reformas necessárias depois do vendaval de dezembro, afinal tem brechas para tudo, até Embargo$ Infringente$ não é mesmo deputado?

No ano de 1968 aconteceu a instalação e autorização de funcionamento da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras-FAFI, pelo Decreto Federal 63583/68 – com quatro cursos: Filosofia, História, Pedagogia e Letras.Em 1972, em Assembléia Geral Extraordinária, o Diretor Presidente do CPEA propôs a criação da Universidade do Sudoeste do Paraná, com sede em Palmas, propugnando pela implantação de uma Universidade que unificasse e expandisse o Ensino Superior na região, projeto que acabou não se concretizando.
Entre 1979 e 1980 foram criadas e autorizadas as Faculdades Reunidas de Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas de Palmas – FACEPAL, instaladas com apoio do Poder Público Municipal – Lei Municipal nº 654/79 – Decreto Federal 84784/80 – Sob a Administração do CPEA e com os cursos iniciais: Administração, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas – depois Licenciatura em Educação Física e em 1985, Administração Rural e Licenciatura em Ciências – Habilitações: Matemática, Biologia e Química.
Em 1987 a administração do CPEA/Faculdades de Palmas voltou-se para a expansão das instalações físicas, com aquisição de uma área de 30 alqueires, com abertura dos primeiros caminhos no terreno e inicio da construção do Campus II na PRT 280.
 Em 1990 aconteceu novo esforço para instalação de uma Universidade Regional – inclusão do pleito no Artigo 59, das Disposições Transitórias da Constituição Estadual do Paraná – instituindo a Fundação Universidade Estadual do Vale do Iguaçu – UNIVALE - integrando as instituições FAFI e FACEPAL de Palmas, FAFI e FACE de União. da Vitória, FUNESP de Pato Branco e FACIBEL de Francisco Beltrão, todas localizadas no Sul e Sudoeste do Paraná.

falta  de vontade política vem  desde  o governo Álvaro Dias,  por incrível que pareça diz ser professor   e chegou até  mesmo a  mandar a  cavalaria  da PM   sobre   professores em greve  na capital.   Neste período  foi   criada  uma  comissão de representantes das instituições de ensino  superior  de  União da  Vitoria, Palmas  e Pato Branco  para   buscar  soluções  junto ao governo  do estado para a primeira tentativa  de criação de uma  universidade.   Neste  período a  Comissão de Fundação da UNIVALE   corria  atrás   do governador  por toda  a  parte  e  ele  sempre  fugia  pela  porta  dos fundos.
Já  nesta  época a falta de  vontade   política  era a  determinante   de atrasos  ou omissões   no que diz   respeito a  educação  superior na  região  e  instituições privadas  foram  criadas  para  suprir a  demanda.

Qualquer   coisa  que não  atenda  as  reivindicações  dos acadêmicos  hoje  no  Campus  Palmas  de  IFPR   não se trata  de exageros   como   diz  o deputado   é  resultado  de uma  luta  de   48  anos   em busca da  concretização de um  sonho.  

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